Destaque nas lutas, Brasil fatura prata no taekwondo e fecha o judô com sete pódios na Universíade

Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o brasileiro Maicon Siqueira Andrade confirmou a boa fase e ficou com a prata na categoria até 87 kg do taekwondo na Universíade, disputada em Taiwan. A quinta-feira também serviu para selar a melhor campanha do judô na história da competição. Com o bronze conquistado pela equipe masculina, o Brasil voltará de Taipei com sete pódios nos tatames.

Maicon Siqueira com a prata conquistada na Universíade: lesão impediu disputa da decisão do ouro. Foto: CBDU/Be Nice Films

"O ponto que deu a ele a vitória na semifinal foi o que esgotou totalmente a possibilidade de ele continuar"

Reginaldo dos Santos, técnico da equipe brasileira 

Maicon fez campanha consistente e invicta. Iniciou o dia contra o coreano Minkwang Cho, e venceu por 11 x 3. Na segunda luta, enfrentou o francês Alexandre Miangue, e terminou o duelo em 26 x 11. Já na semifinal, um duelo equilibrado diante do norte-americano Daniel Healy, vencido no quarto round. Maicon acertou um chute na cabeça que valeu ao atleta três pontos decisivos.

O brasileiro iria para a final contra o russo Rafail Aiukaev. No entanto, uma forte lesão nas costas agravada na semifinal o tirou da competição. Assim, ficou com a prata sem disputar a última luta. "Ele terminou o segundo round da semifinal sentindo dor e no terceiro continuou na base do esforço. O ponto que deu a ele a vitória foi o que esgotou totalmente a possibilidade de ele continuar", explicou Reginaldo dos Santos, técnico da equipe brasileira na modalidade.

“Os médicos da organização avaliaram ele após a luta. Não é nada que gere uma evolução agravante, mas o nível de dor é muito forte, o que impossibilita ele de competir. Vimos que realmente ele não tinha mais condições”, explicou o fisioterapeuta da delegação brasileira, Gustavo Sperandio. 

Judô

No judô, a medalha de bronze veio com a equipe masculina, composta por Vinicius Panini, Ruan Isquierdo, Gustavo Assis, Lincoln Keiti e Marcelo Fuzita. Depois de passar por Estados Unidos, França e Coreia do Sul, os brasileiros perderam para a Rússia na semifinal. Assim, foram para a disputa do bronze com a Polônia. O time brasileiro venceu por 5x0.

O resultado sela a melhor campanha do país em Universíades no judô, de acordo com o chefe de equipe, Irã Candido. Os atletas levam para casa sete medalhas: um ouro, com Bárbara Timo; duas pratas, com Gabriela Chibana e Eleudis Valentin; e quatro bronzes, com Tamires Crude, Ruan Isquierdo, Vinícius Panini e a equipe masculina.

Quadro de medalhas

No quadro de medalhas, o Brasil ocupa a 22ª posição, com nove pódios: um ouro, três pratas e cinco bronzes. A liderança permanece com a Coreia do Sul, que soma 56 medalhas (23 ouros, 14 pratas e 19 ouros). O Japão, sede dos próximos Jogos Olímpicos, em 2020, aparece em segundo, com 48 medalhas (18 ouros, 11 pratas e 19 bronzes), seguido pelos anfitriões, da China Taipei, com 37 pódios (13 ouros, 16 pratas e oito bronzes). 

A delegação brasileira conta com 183 esportistas, 45% deles bolsistas do Ministério do Esporte. Eles estão inscritos em 14 das 21 modalidades previstas no programa do evento, que reúne, ao todo, 7,7 mil atletas de 170 países. As competições seguem até 30 de agosto.

Leonardo Dalla, rededoesporte.gov.br