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Tenis de mesa

26/04/2019 12h59

Budapeste 2019

Dupla mista da China leva o primeiro ouro do Campeonato Mundial de tênis de mesa

Xu Xin e Liu Shiwen venceram na decisão a parceria japonesa que defendia o título, formada por Maharu Yoshimura e Kasumi Ishikawa

Mundial de Tênis de Mesa 2019

Incluída no programa dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, a categoria de duplas mistas ganhou importância estratégica nas competições internacionais, e uma visibilidade extra no Mundial de Budapeste, na Hungria. Aposta dos japoneses para conseguir "roubar" um ouro dos chineses nas Olimpíadas do Japão, a categoria teve uma final na Hungria exatamente entre os dois países.

Na decisão, Maharu Yoshimura (50º), eliminado pelo brasileiro Hugo Calderano na segunda rodada de simples, e Kasumi Ishikawa (6ª) tentavam repetir o título obtido em 2017, na Alemanha. Do outro lado, contudo, estava a parceria entre Xu Xin, atual número dois do mundo, e Liu Shiwen (5ª).

Xu Xin e Liu Shiwen impediram o segundo ouro seguido da dupla japonesa. Foto: ITTF

Os chineses já vinham de uma performance contundente na semifinal. Haviam eliminado a parceria entre dois números 1 do mundo: Ding Ning e Fan Zhendong. Shiwen, aliás, tem sido uma pedra no sapato de Ding Ning em Budapeste. A chinesa já protagonizara nesta manhã a mais impressionante performance da chave individual feminina, ao superar na semifinal a bicampeã mundial por 4 sets a 2, com direito a parciais de 11/0 e 11/3 nos dois últimos sets. Xu Xin investiu forte nas duplas, principalmente depois da eliminação precoce dele na chave individual, diante do francês Simon Gauzy, nas oitavas de final.

Com essa motivação extra, ficou difícil para o Japão. Com um jogo muito sólido perto da mesa, Xu Xin e Liu Shiwen levaram a arte das duplas a um patamar muito elevado. Ishikawa e Yoshimura até esboçaram reação e venceram a terceira parcial, mas os chineses mantiveram a intensidade em alta para fechar os dois sets seguintes: 4 sets 1, com 11/5, 11/8, 9/11, 11/9 e 11/4, em 46 minutos de partida. As medalhas de bronze ficaram com Fan Zhendong e Ding Ning e Patrick Franziska e Petrissa Solja, da Alemanha.

Além de baterem a parceria japonesa na decisão e os dois números 1 na semifinal, Xu Xin e Liu Shiwen deixaram para trás, no longo caminho até o ouro, Luka Mladenovic e Xia Lian Ni, de Luxemburgo (4 a 0, Tomas Polansky e Hana Matelova, da República Tcheca (4 a 0), os russos Alexander Shibaev e Polina Mikhailova (4 a 0) e a parceria sul-coreana formada por Lee Sangu e Jeon Jihee (4 a 3).

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Ma Long, atual bicampeão mundial, já chegou à semifinal em Budapeste. Foto: Abelardo Mendes Jr./ rededoesporte.gov.br

Ma Long em frente

Depois de eliminar o brasileiro Hugo Calderano nas oitavas de final, o atual bicampeão mundial (2015 e 2017) e ouro nos Jogos olímpicos Rio 2016, Ma Long, seguiu sua trajetória de vitórias. Nas quartas de final, o chinês não tomou conhecimento de seu compatriota, Lin Gaoyuan, número três do mundo, e venceu por impressionantes 4 sets a 0, com parciais de 11/8, 11/9, 11/8 e 11/4, em 41 minutos de jogo.

Na semifinal, Ma Long terá pela frente outro compatriota, Liang Jingkun, que passou pelo japonês Koki Niwa numa batalha com jeito de maratona, resolvida apenas após sete parciais: 4 sets a 3 (12/10, 10/12, 11/8, 11/4, 9/11, 7/11 e 11/5), em 59 minutos de partida.

O outro lado da tabela ainda depende de partidas que serão disputadas na noite desta quinta-feira (26.04), em Budapeste. Os sul-coreanos An Jaehyun e Jang Woojin decidem quem representará o país na semifinal, enquanto o sueco Mattias Falck mede forças com o francês Simon Gauzy.

No feminino, a final 100% chinesa desenhada desde a semifinal está definida. Além da já citada Liu Shiwen, que eliminou a bicampeã mundial Ding Ning, a outra finalista é Cheng Meng (3ª do ranking mundial), que derrotou Wan Manyu (4ª), sem deixar brechas para dúvidas, por 4 sets a 0: 11/5, 11/7/11/5 e 11/8, em 38 minutos. Cheng Meng tem boas recordações de Budapeste, já que foi campeã do Aberto da Hungria recentemente, em janeiro.

Mesmo eliminada com requintes de crueldade nos dois sets finais, Ding Ning não perdeu a majestade de bicampeã ao comentar a performance de Liu Shiwen. "Ela demorou um pouco a entrar no ritmo da partida, mas depois fez uma porção de pontos de grande qualidade, numa alternância forte entre ataque e defesa. A velocidade dela estava impressionante, e me pôs sob grande pressão. Eu realmente não consegui achar solução para contrapor a velocidade dela", disse Ding Ning.

Galeria de fotos (imagens disponíveis para download em alta resolução e uso editorial gratuito. Crédito: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br)

Mundial de Tênis de Mesa 2019

Gustavo Cunha, de Budapeste, na Hungria - rededoesporte.gov.br