Atletismo
Universíade
Dois pódios no judô, eliminações no futebol e no vôlei e recorde na natação
“Hoje fiz quatro lutas e fui numa crescente. Queria ser campeã. Meus treinos eram para isso. Agora é rever os erros e buscar melhorar para ser campeã na próxima Universíade”
Gabriela Chibana
No penúltimo dia de competições do judô, o Brasil faturou mais duas medalhas: uma prata e um bronze, e totalizou seis conquistadas pela modalidade na Universíade, em Taiwan. O dia também foi de quebra de recorde brasileiro nos 1.500m livre e de um sétimo lugar na final do arremesso de peso. No futebol masculino e no vôlei feminino, o país caiu na fase de grupos e deixou para trás a chance de pódio.
A prata veio com Gabriela Chibana, na categoria Open do Judô. Ela teve bons desempenhos em todas as lutas, e só foi vencida pelo cansaço no Golden Score da final. Na primeira batalha, ao enfrentar Aswathy Puliyellumpurath, da Indonésia, venceu por dois wazari. Depois, contra a portuguesa Catarina Costa, ippon. Na semifinal, com a russa Mariia Persidskaia, dois wazari. Ao tentar o ouro, perdeu para a japonesa Mai Umekita por imobilização no tempo extra.
“Hoje fiz quatro lutas e fui numa crescente, melhorando a cada uma. Queria ser campeã. Meu objetivo e meus treinos eram para isso. Valeu a pena para rever meus erros e buscar melhorar para ser campeã na próxima Universíade”, disse a atleta.
Também no judô, o bronze veio com Ruan Isquierdo, que venceu na disputa por medalha da categoria Open o croata Marko Kumric por ippon, depois de imobilização. “Estou feliz, pois no primeiro dia não consegui medalha e hoje tive a oportunidade de lutar novamente e conquistar uma para o Brasil. Saio muito feliz”, declarou Isquierdo. O ouro ficou com o japonês Hyoga Ota, que superou na final Juhan Mettis, da Estônia, por ippon.
"Fazia tempo que não nadava em prova de piscina. Estou satisfeita com o resultado"
Viviane Jungblut
Natação
A quebra de recorde brasileiro nos 1.500m livre foi muito celebrada, ainda que não tenha sido suficiente para Viviane Jungblut chegar ao pódio. Ele terminou em sétimo lugar, com 16min22s41. O recorde nacional anterior era da veterana Joanna Maranhão, com 16min26s63. “Estou bem feliz. Fazia tempo que não nadava em prova de piscina. Estou satisfeita com o resultado”, declarou a atleta, que tem priorizado as maratonas aquáticas em águas abertas. O pódio foi composto pela italiana Simona Quadarella, que estabeleceu o novo recorde da competição, com 15min57s90. A prata ficou com a alemã Sarah Koehler, com 15min59s85, e o bronze com a norte-americana Hannah Moore (16min11s68)
Leonardo de Deus, que fez a final dos 200m borboleta, bateu na trave e terminou em quarto lugar, com o tempo de 1min56s29. Nao Horomura, do Japão, Daiya Seto, também do Japão, e Bence Biczo, da Hungria, conquistaram ouro, prata e bronze, respectivamente.
Na prova masculina dos 100m livre, Gabriel da Silva Santos e Pedro Henrique Spajari se classificaram para a final, que ocorrerá nesta quinta (24.08), a partir das 8h, no horário de Brasília. Gabriel fez 48s71 e Pedro Henrique terminou a prova com 49s09.
Nos 100m borboleta feminino, Daiene Marçal também conquistou vaga na final com o tempo de 59s04. A prova será realizada nesta quinta, a partir das 8h. No revezamento 4 x 200m feminino, Maria Paula Mangabeira, Larissa Martins, Manuella Lyrio e Viviane Jungblut finalizaram em oitavo, com 8min05s37. “Conseguimos baixar bastante o tempo que fizemos pela manhã, Já sabíamos que a briga pela medalha seria difícil, mas a gente acreditou até o final, e isso é o importante”, disse Larissa. O ouro ficou com o time da Rússia (7min55s28), a prata com os Estados Unidos (7min55s32) e o bronze, com o Japão (7min59s59).
Já na estreia do atletismo, o Brasil chegou à final do arremesso de peso. Willian Denilso Dourado terminou na sétima colocação, com sua melhor marca em 19,25m. O ouro ficou com o português Francisco Belo, com 20,86, seguido por Konrad Bukowiecki, da Polônia (20,16m), e pelo romeno Marius Andrei (20,12m).
Coletivos
No último jogo da fase de grupos no futebol masculino, a Seleção Brasileira entrou em campo com a obrigação de vencer ou empatar com a Itália. A partida, no Estádio da Universidade Católica de Fu Jen, em Taipei, era definitiva para a classificação da equipe para as quartas de final. O time havia sido derrotado pela Rússia e vencido os Estados Unidos. Os italianos porém, foram mais competentes nas finalizações na etapa complementar e saíram de campo com a vitória por 2 x 0.
O técnico brasileiro, Silvio Nicoladelli, avaliou que o Brasil jogou melhor no primeiro tempo, mas não conseguiu manter a consistência. “A Itália foi melhor na segunda etapa e conseguiu nos encurralar com a ajuda do vento. Faltou qualidade para a gente recuperar essa bola, colocar no chão, jogar e colocar o time no campo de ataque”, disse Silvio.
O capitão do time, João Vitor Ladeia, afirmou que faltou ao time a confiança para “achar o caminho do gol no segundo tempo”. Tommaso Taviani e Vittorio Favo marcaram para os europeus, que seguem para a próxima fase. Nas quartas de final, a Itália, que acabou ficando em segundo no grupo, vai pegar o Japão. A Rússia, que venceu os três duelos, enfrenta o Uruguai. Os outros dois confrontos reúnem França x Argentina e México x Ucrânia.
A eliminação também chegou de forma precoce para o vôlei feminino. Na disputa da vaga nas quartas de final contra a Rússia, o Brasil venceu o primeiro set por 25/21, mas as adversárias viraram em 25/15, 25/21 e 25/21. A equipe nacional sai da disputa com uma vitória, diante do México e duas derrotas (Rússia e Finlândia). Nas quartas de final do torneio em Taiwan, os confrontos serão entre a equipe anfitriã e a Argentina, além de Finlândia x Japão, Rússia x Tailândia e França x Ucrânia.
Coreia do Sul à frente
No quadro geral de medalhas do evento, o Brasil ocupa a 21ª posição, com sete medalhas conquistadas até agora (um ouro, duas pratas e quatro bronzes). A Coreia do Sul lidera, com 45 pódios (17 ouros, 11 pratas e 17 bronzes), seguida pelo Japão, com 43 (15 ouros, 11 pratas e 17 bronzes) e pela equipe anfitriã, China Taipei, com 31 conquistas (12 ouros, 13 pratas e seis bronzes). A Universíade segue até 30 de novembro.
Leonardo Dalla, de Taipei, rededoesporte.gov.br