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08/03/2021 11h25

Esporte paralímpico

Dia Internacional da Mulher: Conheça dez atletas que marcaram a história no Movimento Paralímpico

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) separou a história de atletas que ficaram marcadas de alguma maneira no Movimento Paralímpico nacional. Confira:

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Foto: CPB

Ádria Santos
Dona de 13 medalhas paralímpicas, sendo quatro ouros, oito pratas e um bronze, a velocista Ádria Santos (classe T11) é a maior medalhista mulher do Brasil.

Natural de Nanuque, Minas Gerais, Ádria perdeu a visão aos poucos por causa de uma retinose pigmentar, doença degenerativa que a deixaria completamente cega aos 20 anos. Sua primeira participação em Jogos Paralímpicos foi em Seul 1988, com duas medalhas de prata, nos 100m e 400m (T11). Em 2008, nos Jogos de Pequim, fez sua última atuação paralímpica, quando faturou um bronze nos 100m.

 

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Foto: Cleber Mendes/MPIX/CPB

Alana Maldonado
A judoca Alana Maldonado foi a responsável por conquistar a primeira medalha de ouro do Brasil na história em Campeonatos Mundiais do judô. O feito ocorreu na edição de 2019 da competição em Lisboa, Portugal.

Natural de Tupã (SP), Alana tem baixa visão devido à doença de Stargardt e compete na categoria até 70kg. A paulista tem no currículo também a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

 

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Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Aline Rocha
A participação da paranaense Aline Rocha nos Jogos Paralímpicos de inverno de PyeongChang 2018 entrou para história do paradesporto nacional. A atleta do esqui cross-country foi a primeira mulher brasileira a disputar uma edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno. A melhor colocação da brasileira na competição foi o 12º lugar na prova de 5km.

Nascida em Pinhão, Aline sofreu um acidente de carro, aos 15 anos, que lhe causou uma lesão medular e a perda dos movimentos das pernas.

 

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Foto: Ale Cabral/CPB

Carol Santiago
A nadadora pernambucana Carol Santiago, da classe S12, entrou para a história da natação nacional ao chegar no lugar mais alto do pódio no Campeonato Mundial de Londres 2019 nos 50m livre, sendo a primeira nadadora brasileira baixa visão a se tornar campeã mundial em provas de velocidade. Também em 2019, Carol debutou em Jogos Parapan-Americanos, em Lima, e faturou quatro ouros.

Carol praticava natação convencional em Recife. Por ter nascido com Síndrome de Morning Glory (alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão), no fim de 2018, ela migrou para a natação paralímpica.

 

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Foto: Roberto Castro/rededoesporte.gov.br

Cátia Oliveira
A mesa-tenista Cátia Oliveira foi a primeira representante brasileira em uma final de um Campeonato Mundial de tênis de mesa. Na Eslovênia, em 2018, a atleta natural de Cerqueira César, São Paulo, ficou com a medalha de prata na classe 2.

Ex-praticante de futebol, Cátia sofreu um acidente automobilístico em 2007 e ficou paraplégica. Após a recuperação, conheceu a modalidade paralímpica por convite de uma amiga.

 

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Foto: Daniel Zappe/EXEMPLUS/CPB

Debora Menezes
Principal nome do parataekwondo nacional, Débora Menezes conquistou o ouro no Campeonato Mundial na Turquia em 2019, a primeira medalha dourada brasileira na modalidade em Mundiais. Com este resultado, ela se classificou para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Já nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, Débora conquistou a prata.

A paulista tem má-formação congênita no braço direito e começou no parataekwondo em 2013, por meio da faculdade em que estudava, e luta na classe K44 (amputados de membro superior), na categoria acima de 58kg.

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Foto: Ale Cabral/CPB

Edênia Garcia
Um dos principais nomes da natação feminina nacional, Edênia Garcia é tetracampeã mundial nos 50m costas (Mar del Plata 2002, Durban 2006, Eindhoven 2010 e Londres 2019) e pentacampeã parapan-americana (Mar del Plata 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019) na mesma prova.
Edênia também tem no currículo três medalhas paralímpicas: prata nos 50m costas em Atenas 2004, bronze nos 50m livre em Pequim 2008 e prata nos 50m costas em Londres 2012.

Natural de Crato, Ceará, Edênia nasceu com a doença de Charcot-Marie-Tooth, também conhecida como atrofia fibular muscular e atualmente compete na classe S3.

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Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Jane Karla
A goiana Jane Karla, 45 anos, é o principal nome do tiro com arco brasileiro. Jane começou na modalidade em 2015 e, logo na sua primeira grande competição, os Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, sagrou-se campeã. A arqueira foi a responsável por conquistar a vaga brasileira na modalidade nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

O começo da trajetória da atleta no paradesporto se deu pelo tênis de mesa, em 2003. Jane teve poliomielite aos três anos, o que prejudicou seus movimentos das pernas. 

 

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Foto: Daniel Zappe/Exemplus/CPB

Jerusa Geber
A velocista Jerusa Geber, da classe T11 (para cegos) consagrou-se campeã parapan-americana nos 100m e nos 200m. Alguns meses após o Parapan de Lima 2019, ela repetiu a medalha dourada na prova mais rápida do atletismo no Mundial de Dubai e tornou-se a primeira atleta cega a correr os 100m em menos de 12s.

A acreana nasceu totalmente cega. Fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos, voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também com deficiência visual.

Jerusa também coleciona três medalhas paralímpicas: as pratas dos 100m e dos 200m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012 e o bronze dos 100m em Pequim 2008.  

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Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

Márcia Menezes
A halterofilista Márcia Menezes foi a responsável pela primeira medalha do Brasil no halterofilismo em Campeonatos Mundiais, em Dubai 2014. Naquela ocasião, a paranaense, que tem sequelas nas pernas de poliomielite e compete no halterofilismo desde 2009, faturou a medalha de bronze. Nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto em 2015, Márcia conquistou a medalha de bronze.

 

 

 

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro