Danielle Rauen e Jennyfer Parinos jogam para garantir pódios no Mundial

O penúltimo dia do Mundial de Tênis de Mesa Paralímpico começou bem para o Brasil. Na manhã desta sexta-feira (19.10) na cidade de Celje, na Eslovênia, as brasileiras Danielle Rauen e Jennyfer Parinos venceram suas últimas partidas na fase de grupos da Classe 9 e, com isso, garantiram vagas nas quartas.

As duas mesatenistas venceram por 3 x 0, em jogos muito rápidos, que duraram 15 minutos. Danielle Rauen superou a japonesa Megumi Ishikawa com parciais de 11/2, 11/7 e 11/6, enquanto Jennyfer Parinos passou pela alemã Lena Kramm por 11/2, 11/4 e 12/10. A Classe 09 reúne atletas andantes com pequeno comprometimento de mobilidade.

Jennyfer Parinos. Foto: Roberto Castro/rededoesporte.gov.br

"Tento não me colocar essa pressão de saber que se ganhar eu garanto uma medalha e se perder eu perco a medalha. Penso só em dar o meu melhor, até para não criar expectativas"
Jennyfer Parinos, mesatenista

Por se tratar de uma chave curta, com 12 atletas divididas em quatro grupos de três, as duas melhores de cada chave avançam diretamente para as quartas de final. E, como no Mundial não existem disputas de terceiro lugar, as jogadoras que chegarem às semifinais já asseguram, no mínimo, as medalhas de bronze.

Até hoje, o Brasil conquistou apenas uma medalha individual em Mundiais de tênis de mesa paralímpico, com Bruna Alexandre, bronze em 2014, em Pequim. Agora, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos voltam a jogar nesta sexta, às 15h, no horário de Celje (10h de Brasília), para, no mínimo, igualarem o feito de Bruna.

"O estilo de jogo dela é o que eu mais gosto de jogar", disse Jennyfer, referindo-se à Lena Kramm. "A Dani e o Paulinho (Paulo Salmin, que joga hoje pelas oitavas de final da classe 07, para atletas andantes com comprometimento nas pernas) jogam parecido e como eu treino com eles todos os dias a partida foi favorável para mim", continuou Parinos.

Danielle Rauen. Foto: Roberto Castro/rededoesporte.gov.br

"Costumo não pensar que é um jogo da medalha. Tenho que jogar para me sentir bem e consequentemente o resultado vai aparecer"
Danielle Rauen, mesatenista

Para ela, o mais importante agora é controlar a ansiedade. "Eu tento não me colocar essa pressão de saber que se ganhar eu garanto uma medalha e se perder eu perco a medalha. Isso só atrapalha. Penso só em dar o meu melhor, até para não criar expectativas", explicou a mesatenista.

Danielle, Jennyfer e Bruna foram campeãs mundiais por equipe ano passado, em Bratislava, na Eslováquia. Talvez por isso, a afinidade entre elas seja tão grande que Danielle responde quase igual a Jennyfer ao ser indagada sobre o que fazer para se preparar para o próximo desafio. "Primeiramente, costumo não pensar que é um jogo da medalha. Tenho que jogar para me sentir bem e consequentemente o resultado vai aparecer".

As duas ainda não sabem quem serão as rivais nas quartas de final. A chave da próxima rodada só será definida quando os jogos de todas as classes estiverem finalizados pela chaves de grupos.

Galeria de fotos do Mundial de Tênis de Mesa Paralímpico da Eslovênia 2018

Ainda nesta sexta-feira, o Brasil disputa, além das partidas de Danielle e Jennyfer, mais quatro jogos, dos quais outros dois valem no mínimo as medalhas de bronze. No masculino, pelas oitavas de final da classe 07, Paulo Salmin enfrenta o tcheco Daniel Horut e Israel Stroh mede forças com o espanhol Jordi Morales. As partidas estão marcadas para às 7h, no horário de Brasília.

Pela Classe 02, para atletas cadeirantes com baixa mobilidade, Catia Oliveira enfrenta a russa Nadejda Pushpasheva, às 6h15 de Brasília, pelas quartas de final. Por último, às 13h de Brasília (18h em Celje), Bruna Alexandre, também pelas quartas de final, duela contra a vencedora do confronto entre a romena Monica Tepelea e a representante de Taiwan Shiau Wen Tian.

Luiz Roberto Magalhães, de Celje, na Eslovênia - rededoesporte.gov.br