Natacao paralímpica
Lima 2019
Daniel Dias chega ao 30º ouro em Jogos Parapan-Americanos
Daniel Dias chegou à incrível marca de 30 medalhas de ouro em Jogos Parapan-Americanos na última quarta-feira (28.08), em Lima. Com participação em quatro edições do evento, o nadador alcançou a 30ª medalha dourada ao vencer, com tranquilidade, os 100m livre da classe S5, em 1min11s88.
"É sempre incrível, estou super feliz. Agradeço à minha família. Obrigado a todos porque é uma conquista de todos nós. A gente trabalha duro para ter todas essas conquistas, não fiz isso sozinho. Clodoaldo SIlva, André Brasil, Edênia Garcia e tantos outros construíram essa história e todas as conquistas da natação paralímpica brasileira", disse Daniel Dias, paulista de Campinas, que nasceu com má formação congênita em três membros.
O multimedalhista chegou a Lima com 27 medalhas, todas de ouro, desde que estreou, 12 anos atrás, nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Em Lima, já garantiu ouro nos 50m costas e nos 50m livre. Até o sábado (31), último dia de disputas da natação, ele nada os 200m livre.
Phelipe Rodrigues também vem ampliando as conquistas em Lima. Nesta quarta, nadou mais duas das oito provas que fará na competição e saiu com o ouro nos 50m livre S10 (23s70) e no revezamento 4 x 100m medley 34 pontos, ao lado de Lucas Mozela, Andrey Garbe e Talisson Glock (4min30s79). Phelipe já levou também o ouro nos 100m livre S10 e nos 200m medley SM10, além do bronze nos 100m costas S10. O pernambucano ainda nada, até sábado (31), nos 100m borboleta, nos 400m livre e no revezamento 4 x 100m livre 34 pontos, e pode deixar Lima como o maior medalhista brasileiro da edição.
Douglas Matera foi o primeiro brasileiro a pisar no ponto mais alto do pódio da natação nesta quarta. Nos 100m costas da classe S13 (baixa visão), ele nadou para 1min07s06 e colocou mais de oito segundos de diferença para o rival colombiano Gabriel Duran.
Ruiter Silva e Vanilton Filho voltaram a dividir o pódio, desta vez nos 400m livre da junção das classes S8-S9. Em prova vencida pelo americano Matthew Torres (4min38s28), Ruiter bateu na borda um segundo depois, e Vanilton garantiu o bronze com 4min40s31. Eles já formaram um combo brasileiro nos 50m, na segunda-feira, quando tiveram a companhia de João Drummond, com a prata.
Outra dobradinha do dia veio na junção das classe S3/S4/S5 dos 100m, em que a potiguara Joana Neves, a Joaninha, foi campeã (1min27s21) e a mineira Patrícia Santos ficou com o bronze (1min35s30).
Os cegos da classe S11 encerraram a sequência de pódio duplo na noite da quarta-feira. Wendel Belarmino, do Distrito Federal, conquistou o ouro nos 200m medley com recorde do Parapan (2min32s66), 12 segundos à frente do carioca José Luiz Perdigão, medalhista de prata. Belarmino acumula três medalhas em sua primeira participação no evento continental: já levou também o ouro nos 100m livre e a prata nos 400m livre.
O Brasil alcançou 100% de aproveitamento nos 100m borboleta da classe S8. No masculino, o paulista Gabriel Cristiano obteve o ouro (1min07s20). No feminino, ouro para Cecília Araújo, com 1min21s69.
Felipe Caltran ficou com o bronze nos 100m borboleta S14. Mariana Gesteira pegou a prata nos 50m livre S10. Ela voltou à piscina no final da sessão para contribuir com a prata do time feminino do revezamento 4 x 100m medley 34 pontos, que ainda tinha Joaninha, Laila Suzigan e Cecília Araújo. Os Estados Unidos chegaram em primeiro, porém foram desclassificados. Assim, o México, que bateu em segundo, herdou o ouro, e o Brasil, a prata.