Judô
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Daniel Cargnin conquista primeiro pódio na nova categoria em Zagreb
O medalhista olímpico Daniel Cargnin voltou a sentir o gostinho de conquistar uma medalha no Circuito Mundial IJF, neste sábado, 16.07, um ano após seu feito em Tóquio. Daniel foi bronze no Grand Prix de Zagreb, na Croácia, vencendo cinco das seis lutas que fez. A única derrota foi para Manuel Lombardo, da Itália, na semifinal. O bronze veio com ippon sobre o compatriota Pedro Medeiros, outro destaque do Brasil no dia.
A medalha em Zagreb tem valor especial para Cargnin, pois foi a primeira que ele conquistou no peso Leve (73kg), sua nova categoria. No ciclo para Tóquio, Daniel lutou no meio-leve (66kg) e, em 2022, subiu para o 73kg e recomeçou do zero a corrida por uma vaga em Paris. Adaptou-se rapidamente ao novo peso e, em menos de um ano competindo entre os leves, conquistou o bronze no Grand Prix croata, última competição antes do Mundial do Uzbequistão, que será em outubro.
- Daniel Cargnin celebra o primeiro pódio na nova categoria. Foto: IJF
“Ainda estou nessa adaptação para o 73kg. Estou feliz pelo progresso, por estar desempenhando bem. Sei que tem muita coisa para melhorar, mas é passo a passo. E sigo buscando Paris 2024, minha segunda medalha”, comemorou Daniel.
O ouro do 73kg foi para Lombardo que, assim como Daniel, subiu do 66kg para o 73kg. O último encontro dos dois foi em Tóquio, com vitória do brasileiro. A rivalidade entre os dois vem desde as competições Sub-21 e deve render novos capítulos até Paris.
- Ketleyn Quadros no pódio em Zagreb: consistência. Foto: IJF
Ketleyn mantém consistência
Aos 34 anos e em seu quinto ciclo olímpico, Ketleyn Quadros continua lutando no mais alto nível e, em Zagreb, deu mais um passo rumo à sonhada primeira medalha em Mundiais. Atual número 4 do mundo no 63kg, Ketleyn venceu duas lutas nas preliminares e só caiu na semifinal para a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, que ficou com o ouro após desistência de Anriquelis Barrios, lesionada.
Na disputa pelo bronze, a brasileira dominou Gili Sharir, de Israel, marcando um waza-ari no início da luta e administrando a vantagem até o fim para levar a segunda medalha em 2022. Em Tbilisi, na Georgia, ela foi prata.
"Acho que isso é sinal de caminho certo, de cada dia estar melhor, se superando. Espero que sirva de motivação e estímulo, já que essa é a última competição antes do Mundial. O trabalho continuará forte. Agora, é voltar, corrigir os detalhes para que os próximos resultados sejam melhores e ao nosso favor", projetou Ketleyn.
- Pedro Medeiros projeta o campeão mundial e olímpico, Lasha Shavdatuashvili. Foto: Gabriela Sabau/IJF
Estreia em grande estilo
Um dos maiores destaques do dia foi, sem dúvida, o novato Pedro Medeiros, de 21 anos, que estreou em competições internacionais na classe adulta chocando o mundo do judô. Logo na primeira luta, despachou Wictor Mrowkzysk, da Polônia. Nas oitavas, projetou Lasha Shavdatuashvili, da Geórgia, duas vezes (waza-ari) e eliminou o favorito da chave.
Para entender o feito do brasileiro, basta olhar para o currículo do Georgiano: três medalhas olímpicas (ouro, prata e bronze), e o título mundial do ano passado. Nas quartas, porém, Pedro foi derrotado pelo cubano Magdiel Estrada. Ele conseguiu a recuperação na repescagem, vencendo o francês Kilian Leblouch, e caiu para Cargnin na disputa de bronze.
Tamires Crude (63kg), Luana Carvalho (70kg), Maria Portela (70kg) e Vinícius Panini (81kg) também lutaram neste sábado. Maria ficou em 7º lugar e os demais pararam ainda nas primeiras rodadas.
Mais sete em ação
Neste domingo, o Brasil contará com Mayra Aguiar (78kg), Giovanna Santos (+78kg), Rafael Macedo (90kg), Luanh Rodrigues (90kg), André Humberto (100kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva “Baby” (+100kg) no tatame do Grand Prix de Zagreb.
Fonte: Confederação Brasileira de Judô