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Canoagem

26/09/2018 11h56

CANOAGEM SLALOM

Conheça as regras e as diferenças entre as provas da canoagem slalom

Mundial da modalidade está sendo disputado no canal olímpico de Deodoro, no Rio de Janeiro

O Brasil é o anfitrião do Campeonato Mundial de Canoagem Slalom 2018, evento que segue até domingo (30.09) no Parque Radical, em Deodoro, no Rio de Janeiro (RJ). Ao todo, participam 300 atletas de 40 países, e 10 canoístas representam o Brasil, com destaque para Pedro Gonçalves, o Pepê, que nos Jogos Olímpicos Rio 2016 conquistou a 6º lugar na classificação geral do caiaque (K1), e Ana Sátila, que com apenas 22 anos, já participou de duas olimpíadas: Londres 2012 e Rio 2016. A última conquista da atleta foi a medalha de ouro na prova K1 Extremo Cross, no Mundial Sub23, na Itália, em julho deste ano.

Mas quais são as regras e diferenças entre as provas nessa modalidade? O primeiro ponto para desvendar o esporte é entender as características da canoa (C1) e do caiaque (K1 e K1 Extremo Cross). “Na canoa, o atleta se posiciona de joelhos com uma trava de velcro que tem a função de firmar as pernas, e o remo conta com apenas uma pá. No caiaque, são duas pás e o atleta fica sentado com um auxílio nos pés que serve de apoio no momento da transferência da carga da remada”, explica o fisioterapeuta da Seleção Brasileira de canoagem slalom, Diorgines Antunes.  

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Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br

Na canoagem slalom, os obstáculos são os mesmos, tanto para o caiaque quanto para a canoa. O atleta precisa passar obrigatoriamente pelas portas, formadas por dois canos suspensos. Nas verdes, o atleta atravessa a porta a favor da corrente (fazer frentes). Nas vermelhas, tem que voltar contra a corrente para depois retornar ao canal (remontas). Tudo isso no menor tempo possível, sem tocar nos obstáculos.

O canal artificial de Deodoro conta com blocos azuis, que simulam pedras. Eles têm a função de gerar correnteza, refluxo e marolas iguais às dos rios. As provas podem conter até 25 portas, o que varia de acordo com o peso da pista e o grau de dificuldade, como o número de remontas.

“Se o atleta encosta em alguma baliza, a penalidade é o acréscimo de dois segundos no tempo total de realização da prova. E se passar direto pela porta sem cumprir o desafio obrigatório indicado pelas cores verde e vermelha, o acréscimo é de 50 segundos, o que praticamente tira qualquer chance do competidor de conquistar uma boa colocação”, enfatiza.

Prova radical

O K1 extremo é a prova mais bruta e radical de todas, explica Antunes. Nela, quatro atletas largam juntos da rampa. As remontas e as frentes são mais largas e a prova, de forma geral, é de mais impacto. Na parte do canal em que água tem mais profundidade, o atleta precisa fazer um rolamento, um giro de 360 graus - uma rotação com a cabeça debaixo da água. A cada descida, os dois atletas com melhor tempo se classificam para a próxima disputa e segue assim até a final. Os que tiverem melhor tempo têm direito a escolher a melhor posição na próxima descida.

“Quem fica na direita, por exemplo, já larga com um bloco na frente. É o pior lugar”, explica. As classificatórias para o K1 Extremo Cross começam na quinta-feira (27.09). Os brasileiros que estão na disputa do feminino são Ana Sátila e Omira Maria. No masculino, encaram a prova os atletas Fábio Rodrigues e Pepê Gonçalves. A modalidade não faz parte do programa olímpico de Tóquio 2020.

Cristiane Rosa, do Rio de Janeiro - rededoesporte.gov.br