Canoagem
Canoagem Slalom
Conheça as cidades brasileiras que são celeiros da canoagem slalom
Ao todo, dez nomes compõem a Seleção Brasileira de Canoagem Slalom para o Mundial Rio 2018. São quatro canoístas no time feminino e seis no masculino. Em comum, além da paixão pelo esporte, a maioria tem o mesmo endereço: quatro municípios brasileiros são considerados verdadeiros celeiros de atletas da canoagem slalom do Brasil: Piraju (SP), Primavera do Leste (MT), Três Coroas (RS) e Foz do Iguaçu (PR).
Das quatro integrantes da seleção feminina, três são de Primavera do Leste, no interior do Mato Grosso, berço adotivo de Ana Sátila, 22 anos, principal nome da canoagem slalom do Brasil; Omira Estácia Neta, 18 anos, irmã de Ana e também primaverense de coração – as duas nasceram em Iturama (MG), mas foram morar ainda criança no município mato-grossense.
A canoísta Marina Souza Costa, de 22 anos, também integra o trio primaverense na seleção feminina de slalom, modalidade que conheceu por acaso. "Eu estudava com a Ana (Sátila) e um dia ela me chamou para assistir ao treino. Chegando lá, o pai dela (Cláudio Vargas) entendeu que eu queria treinar também e arrumou um caiaque para mim. Fiquei morrendo de medo, porque não sabia nem nadar na época", revela.
Diferentemente de Ana e Omira, Marina nasceu no município mato-grossense e viu, com os passar do tempo, o medo inicial virar paixão. Os treinos, antes feitos no Rio das Mortes, passaram a ser feitos em pista controlada em Foz do Iguaçu, centro atual de treinamento da Seleção Brasileira.
Para fechar o quarteto feminino, não podia ser diferente, Beatriz de Paula Simões da Motta, 18 anos, não é de Primavera do Leste, mas também nasceu em outro celeiro, Piraju. "Desde pequena, só de ver os meninos brincando no Rio Paranapanema, eu já comecei a gostar da canoagem, mas minha mãe não deixava, na época, brincar com eles. Achava muito perigoso", recorda.
Porém, em 2011, ela teve a oportunidade, por meio do programa social do programa Projeto Navegar do Ministério do Esporte, conhecer a canoagem slalom. "Peguei a ficha na escola e minha mãe, desta vez, deixou porque era mais seguro", diz. Três anos depois, Beatriz já integrava a categoria júnior da Seleção e, agora, sonha em conquistar o pódio no Mundial do Rio 2018.
Projeto Navegar
Foi também por meio do Projeto Navegar que o Brasil conheceu o talento de Pepê Gonçalves, 25 anos, que conseguiu o melhor resultado olímpico nesta modalidade nos Jogos do Rio 2016, quando ficou em sexto lugar, melhor resultado do Brasil na modalidade. Natural de Ipaussu, município vizinho de Piraju, onde foi criado e conheceu a canoagem, Pepê é heptacampeão brasileiro na canoagem slalom.
Outro nome de Piraju que integra a Seleção Brasileira de Canoagem Slalom é Charles Correa, de 26 anos. Em 2012, ele conquistou o 2° lugar (C2) e 1º lugar por Equipe (C1) no Campeonato Pan-Americano e seletiva olímpica, realizado em Foz do Iguaçu. Também é campeão brasileiro na categoria C2.
Três Coroas e Foz do Iguaçu
Outro município conhecido por revelar canoístas é Três Coroas, no Rio Grande do Sul. Um dos exemplos revelados pelas águas do Rio Paranhana é o atual técnico da Seleção Brasileira de Slalom, Cássio Ramon Petry, que foi atleta por 25 anos até assumir o comando da equipe, em 2016.
Gustavo Selbach Júnior é outro trescoroense que se rendeu à canoagem. Ele é filho de Gustavo Sebalch, que também foi canoísta e colecionou 19 títulos de campeão brasileiro entre 1989 a 2010. Nascido em Americana (SP), Guilherme Mapelli, 24 anos, completa a equipe gaúcha. Ele é atleta da Associação Trescoroense de Canoagem (Asteca).
E de Foz do Iguaçu, que abriga o atual centro de treinamento da Seleção Brasileira de Canoagem Slalom, vem Felipe Borges, que conheceu a canoagem por meio do projeto Meninos do Lago, desenvolvido pela Itaipu Binacional, e Fábio Scchena Rodrigues, nascido em Ibaiti (PR), mas morador de Foz, endereço da família há anos.
Fonte: Mundial Slalom 2018