Com prova de duplas mistas, Brasil encerra participação nos saltos ornamentais

Foi realizada nesta quarta-feira (17.10) a última prova de saltos ornamentais dos Jogos Olímpicos da Juventude, com a disputa por duplas mistas. A brasileira Anna Lúcia dos Santos, que completa 17 anos nesta quarta-feira (17.10), saltou com o holandês Dylan Vork, 18 anos. Eles fecharam a prova com 241.35 pontos acumulados, na décima quarta e última posição.

O ouro ficou para a dupla formada pela chinesa Shan Lin e pelo colombiano Daniel Garcia (391.35). Já a prata ficou com a alemã Elena Wassen e o chinês Junjie Lian (390.10). A ucraniana Sofiia Lyskun e o russo Ruslan Ternovoi conquistaram o bronze (371.15).

Equipes mistas dos saltos ornamentais foram definidas por sorteio. Foto: Florian Eisele/OIS/IOC

As 14 equipes foram formadas por sorteio. Cada uma das duplas saltou seis vezes, com saltos tanto no trampolim de 3m, quanto na plataforma de 10m. Na primeira rodada, Anna Lúcia e Dylan Vork apostaram na plataforma de 10m e fecharam com 67 pontos, na penúltima colocação. Na segunda bateria, Vork manteve a plataforma de 10m, mas Anna Lúcia competiu no trampolim, fechando com 150,85, atrás dos demais competidores. Na última série, os dois saltaram no trampolim de 3m.

"Estar competindo no nível dos melhores países do mundo nos fortalece e nos mostra que estamos caminhando para o crescimento da modalidade"

Gabriel Serra, técnico

Para o treinador Gabriel Serra, mesmo longe do pódio, os Jogos vão trazer resultados positivos para a modalidade. "Ter a possibilidade de participar de um evento com esse tamanho foi importante para o Brasil. Estamos trabalhando muito forte com as categorias de base, principalmente no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais de Brasília", disse. "Estar competindo no nível dos melhores países do mundo nos fortalece e nos mostra que estamos caminhando para o crescimento da modalidade", completou.

O complexo, inaugurado em 2014, é considerada uma das melhores estruturas da América do Sul para o aperfeiçoamento técnico e a prática da modalidade. A unidade recebeu investimentos de R$ 1,9 milhão do Ministério do Esporte para implantação do espaço, compra de equipamentos e contratação de profissionais para a equipe multidisciplinar e manutenção. É um dos legados de infraestrutura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Anna Lúcia sofreu com lesões e dores durante a competição. Foto: Pedro Ramos/rededoesporte.gov.br

Campanha brasileira

A primeira prova de Anna na competição, no último sábado, foi realizada com sacrifício. A atleta, que lesionou o pescoço no treinamento em Buenos Aires, sentiu dores intensas durante toda a classificatória e ficou em último na final, com 250.20 pontos. O ouro ficou com a chinesa Shan Lin (466.50), a prata com a ucraniana Sofiia Lyskun (406.10) e o bronze com a mexicana Gabriela Belem Garcia (405.55).

Na segunda-feira, Anna Lúcia voltou a competir, desta vez no trampolim de 3 metros. Ela ficou na 14ª posição, com 353.45 pontos, na classificatória, e não avançou para a final. Novamente a chinesa Shan Lin conquistou o ouro (505.50). A russa Uliana Kliueva ficou com a prata (445.05) e a americana Bridget levou o bronze para casa (439.60).

"A Anna se apresentou bem, tivemos percalços pelo caminho, mas que fazem parte do esporte e temos que estar preparados. Cada competição é diferente e os aprendizados e experiências são os pontos fundamentais que devemos tirar e melhorar. Terminamos felizes e satisfeitos, sabendo que podemos mais e onde melhorar para as próximas", avaliou Serra.

A chinesa Shan Lin foi um dos destaques da competição na Argentina. Foto: Florian Eisele/OIS/IOC

Já o holandês Dylan Vork ficou com a última colocação final do trampolim de 3 metros, no domingo (14.10), com 457.75 pontos. O colombiano Daniel Garcia levou o ouro com 576.05 pontos, seguido do inglês Anthony Harding 559.50 e do russo Ruslan Ternovoi, com 551.20.

Cynthia Ribeiro, de Buenos Aires, na Argentina - rededoesporte.gov.br