Hipismo
Hipismo
Com prova de adestramento, evento-teste em Deodoro recebe elogios
O primeiro dia de competição do Aquece Rio: Concurso Internacional Completo, o evento teste do hipismo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, contou com a disputa da primeira parte do Concurso Completo de Equitação (CCE) – o adestramento – e com boa avaliação geral. Na pista principal do Centro Nacional de Hipismo, em Deodoro, Marcelo Tosi e Márcio Jorge se destacaram. Fora dela, atletas, dirigentes e organizadores do evento aprovaram a experiência.
"Este é um teste major, temos 26 departamentos do Rio 2016 testando suas operações de limpeza, tecnologia, segurança. Mas o foco é sempre na competição esportiva, na gestão da competição e no sistema de resultados. Ocorreu tudo perfeitamente. Começou e terminou na hora. A Federação Internacional de Hipismo (FEI, em inglês) nos deu um feedback positivo. Estão todos muito satisfeitos com a instalação", declarou Gustavo Nascimento, diretor de gestão de instalações do Comitê Organizador Rio 2016.
Nascimentou elogiou também a presença dos voluntários no evento. Embora seja fechado ao público, o evento-teste do hipismo já testa a atuação deles. "Estamos impressionados com o nível de engajamento. Não se faz um evento sem eles e estamos muito satisfeitos", destacou. "A retenção dos voluntários para o ano que vem é fundamental, a gente investe muito nisso, num plano de trabalho bem elaborado para que eles não saiam daqui exaustos", afirmou o diretor do Rio 2016, ressaltando também a integração dos governos. "Temos a capacidade de trabalhar como se fôssemos um time só."
Trabalho a ser feito
Atenta à competição e ao funcionamento de todos os processos ao longo do evento-teste, a Federação Internacional de Hipismo também elogiou a organização da competição após o primeiro dia. Diretor de competições da FEI, Tim Hadaway destacou a evolução do local desde sua última visita, mais de um mês atrás.
"A instalação está ótima. Estive aqui seis semanas atrás e, quando entrei na segunda-feira, tive uma surpresa agradável. Não só pelo que o local oferece aos atletas, mas também pela aparência. A atmosfera é ótima para os cavalos, há boas áreas de treinamento, os estábulos estão bons. Quando você tiver milhares de pessoas na torcida, será ótimo", observou.
Acompanhando a delegação da federação, o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Luiz Roberto Giugni reforçou os elogios feitos pela entidade ao Centro Nacional de Hipismo. "A avaliação é muito boa. Eles adoraram o que viram. Foi importante chegar até aqui, porque agora estamos adiantados, não estamos mais atrasados. O feedback foi muito bom", comentou Giugni.
De acordo com Hadaway, a estimativa é de que o Centro Nacional de Hipismo esteja 50% pronto para receber os Jogos Olímpicos no ano que vem. Portanto, há ainda muito trabalho a ser feito. "É preciso manter os esforços após o evento-teste para concluir os outros elementos do local. Por exemplo, há duas arenas de treino prontas, mas há ainda mais duas e uma menor a serem construídas. Ainda é preciso construir um terço dos estábulos, além de concluir a clínica veterinária", citou.
Experiência
Atleta da seleção brasileira de hipismo, Ruy Fonseca, medalha de bronze individual e de prata por equipes no Concurso Completo de Equitação (CCE) no Pan de Toronto, esteve em Deodoro para observar o primeiro dia de atividades. O brasileiro acompanhou as provas e conversou com membros de outras delegações que estão no Rio. As impressões também foram de otimismo.
"A avaliação, não só minha, como de todos os países presentes, é fantástica. Todas as instalações estão de nível mundial: os pisos, os obstáculos do cross country, as cocheiras, o hospital veterinário, a logística do evento, os voluntários. Até o momento, estou impressionado com tudo", revelou Fonseca.
Embora não esteja competindo no Aquece Rio, o medalhista no Pan de Toronto falou sobre a oportunidade de competir em casa nos Jogos Olímpicos no ano que vem. Para ele, a possibilidade de uma medalha para o país no CCE é concreta.
"Temos um grupo de sete ou oito cavalos que podem chegar com força total para ganhar uma medalha olímpica. Isso foi mostrado no Pan, onde estávamos competindo com equipes grandes", afirmou o atleta, lembrando que a equipe brasileira superou o Canadá e ficou atrás apenas dos Estado Unidos em Toronto. "Sabemos que temos que acrescentar outros países tradicionais (na disputa), mas temos uma chance real de buscar uma medalha, que é o que mais queremos."
Encontramos o cavaleiro @RuyFonseca no evento-teste de hipismo, em Deodoro. No @Rio2016 vai ter ouro!!! #aquecerio pic.twitter.com/70aLGrNk5b
— Brasil 2016 (@Brasil2016) August 7, 2015
Marcelo Tosi e Márcio Jorge na liderança
A disputa do adestramento foi dominada por dois cavaleiros nesta sexta-feira (07.08): Marcelo Tosi e Márcio Jorge. Tosi terminou na liderança com notas de 75.63, 73.75 e 75.42 com o cavalo Briefing DB Z. A vice-liderança é de Jorge, que conseguiu 70.83, 72.50 e 67,71 com Coronel MCJ. Tosi ainda aparece na terceira posição com Glenfly, e Jorge na quarta com Winner.
Neste sábado (08.08), os atletas disputam a prova de cross country, a segunda do Concurso Completo de Equitação. A definição do campeão será no domingo (09.08), com a realização da prova de saltos.
Segundo Tim Hadaway, diretor de competições da FEI, o mais importante para a avaliação neste sábado será a operação da prova. "Esperamos uma operação eficiente, para que tudo ocorra de acordo com o planejado, especialmente para as pessoas: voluntários e árbitros. Há muita gente envolvida, então é muito importante que eles trabalhem juntos, se conheçam e entendam seus trabalhos, para que não seja uma grande surpresa no ano que vem", comentou Hadaway.
Vagner Vargas – brasil2016.gov.br