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Ginastica artística

01/11/2018 20h45

Doha 2018

Com ótimas apresentações no solo e no salto, Flávia Saraiva fica em oitavo no individual geral

Jade Barbosa também disputou a final. Ela obteve a 15ª colocação. Ouro, mais uma vez, é da americana Simone Biles

Com séries memoráveis no solo e no salto, a brasileira Flávia Saraiva terminou na oitava posição a final do individual geral do Mundial de Ginástica Artística Doha 2018, que está sendo disputado no Aspire Dome, no Qatar. Esta foi a melhor colocação de uma ginasta do Brasil desde o Mundial de Stuttgart, em 2007, quando Jade Barbosa conquistou o Brasil. A própria Jade também esteve na final desta quinta-feira (01.11) e obteve a 15ª colocação.

Barras assimétricas, solo, trave e salto: quatro momentos de Flávia Saraiva na final do individual geral em Doha. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

A medalha de ouro não poderia ser pendurada em outro pescoço senão o da americana Simone Biles. Mesmo com quedas no salto e na trave, ela obteve 57,491 pontos e deixou a disputa da prata entre a japonesa Mai Murakami (55,798) e a americana Morgan Hurd (55,732). Biles, que conquistou quatro ouros nos Jogos Olímpicos Rio 2016, se tornou a primeira tetracampeã mundial do individual geral de ginástica artística.

Simone Biles, Mai Murakami e Morgan Hurd. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Flávia iniciou suas séries nas barras assimétricas e conseguiu a nota de 13,000 redondos. A principal falha da brasileira na tarde desta quinta foi na trave, onde teve uma queda. A nota também foi 13,000. Em seguida, a especialidade de Flávia: no solo, ela atraiu todos os olhares e, com o público acompanhando com aplausos o ritmo da trilha sonora, ela tirou 13,833. O último aparelho foi o salto, onde Flávia obteve 14,533, a segunda melhor nota da final do individual geral.

O oitavo lugar foi muito comemorado. "Mesmo com essa queda na trave, estou muito contente com a competição. Talvez tivesse uma classificação melhor sem esse erro, mas o 'se' não pode ser levado em conta. Estou orgulhosa e, para os próximos anos, espero evoluir mais", contou a ginasta, destaque da equipe feminina brasileira nos Jogos Rio 2016, quando ficou com o quinto lugar na trave e oitavo na equipe.

Jade nos quatro aparelhos. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Jade Barbosa começou a disputa na trave, com um erro, e obteve 12,933. No solo, fez 12,100 pontos e demonstrou insatisfação ainda no local da competição. No salto, se destacou e alcançou 14,500 no salto, sua melhor nota na noite. Finalizou com 13,333 nas barras assimétricas.

"Evoluí em quase todos os aparelhos, menos no solo. É a primeira competição boa nesse ciclo olímpico e acho que fui bem. Vou tentar aumentar as notas de partida e pretendo voltar a fazer dois saltos. Faço um balanço bem positivo da minha participação aqui em Doha", disse Jade, ginasta com a melhor colocação brasileira na história do individual geral em Mundiais. Ela foi bronze em Stuttgart, em 2007, quando tinha apenas 16 anos.

Galeria de fotos em alta resolução da final individual feminina. Disponíveis gratuitamente para uso editorial. Crédito obrigatório: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Final individual geral - Feminino - Mundial de Ginástica Artística 2018

 

Evolução com lenda da ginástica

As atletas destacaram a evolução trazida pelo cazaque naturalizado americano Valeri Liukin. Campeão olímpico como atleta e como treinador de sua filha Nastia Liukin, Valeri atua como consultor técnico da seleção brasileira feminina desde agosto. "Tivemos pouco tempo com ele, mas foi importantíssimo. Ele nos mostra que temos capacidade, que precisamos entrar nas competições olhando de igual para igual para as ginastas de outros países", afirmou Jade.

Flávia faz coro com a companheira. "Os treinos estão diferentes e estamos nos adaptando. Se conseguimos evoluir esse tanto em apenas quatro meses, imagina durante dois anos. Vamos chegar melhor em Tóquio, com certeza. É só treinar mais e manter a mesma evolução", acrescentou Flávia.

Liukin (ao centro) começou o trabalho com a seleção brasileira em agosto. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Flickr do Ministério do Esporte: galeria de fotos em alta resolução, disponíveis gratuitamente para uso editorial. Crédito obrigatório: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Ginástica Artística - Mundial 2018 - Doha, no Qatar

 

Outras finais

» Mundial de Ginástica Artística Doha 2018: acompanhe a cobertura completa da Rede do Esporte

Nesta sexta (02.11) serão disputadas as finais de cinco aparelhos, a partir de 10h. A principal esperança de medalha do Brasil em Doha vem dos músculos de Arthur Zanetti, que chegou a final das argolas com a seguna melhor nota. No solo masculino, os destaques vão para os russos Artur Dalaloyan (campeão do individual geral) e Nikita Nagornyy e para o japonês Kenzo Shirai. Em seguida, haverá a disputa do salto feminino, com favoritismo da americana Simone Biles - na classificatória, ela ficou mais de um ponto na frente da canadense Shallon Olsen e da sul-coreana Yeo Seojeong. Às 11h20, os ginastas tentam desbancar no cavalo com alças o britânico Max Whitlock, campeão olímpico e detentor da melhor nota na classificatória. Às 17h50, a final feminina das barras assimétricas traz novamente Simone Biles na disputa, mas com uma adversária à altura: a belga Nina Derwael fez 15,066 pontos na classificatória, contra 14,866 da americana.

O Brasil ainda está na final do salto com Caio Souza e no solo com Flávia Saraiva. Os dois disputarão as medalhas nos aparelhos a partir de 10h deste sábado (03.11)

Abelardo Mendes Jr, de Doha, no Qatar - rededoesporte.gov.br

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