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Geral

12/04/2016 17h48

Com espinha dorsal dos Jogos pronta, COI debate detalhes operacionais do Rio 2016

Reunião acerta planejamento, revê ajustes dos eventos-teste e alinha especificações técnicas

Depois de seis anos de reuniões de planejamento e monitoramento da preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, teve início nesta terça (12.04), no Rio de Janeiro, a décima e última reunião da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (Cocom) para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Durante o encontro, as autoridades debateram, principalmente, a compatibilização dos diferentes cronogramas, como obras, energia elétrica, segurança e transporte. Nesta fase, o comitê organizador começa a trabalhar os detalhes das operações.

"A infraestrutura, espinha dorsal dos Jogos, está pronta, mas é preciso operar o evento. Isso não é um desafio menor. A operação é tão desafiadora quanto a construção da estrutura. A operação vai dizer se os Jogos irão ser perfeitos", afirmou o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, durante intervalo da reunião.

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No encontro, que segue até quarta-feira (13.04), os gestores vão acertar o planejamento, rever ajustes identificados nos eventos-teste, alinhar especificações técnicas e analisar situações de logística.

"Como a presidente (da Comissão de Coordenação) Nawal El Moutawakel falou: 'são milhares de pequenas questões que precisam ser resolvidas, ajustadas no cronograma'. O que sobressai é essa necessidade de acertar os detalhes. Pode ser na energia, segurança ou transporte", completou Leyser.

No primeiro dia de reunião foi debatida a operação de transporte, atualização das instalações esportivas e segurança, tanto no Rio de Janeiro quanto nas cidades-sede do futebol. Experiência digital dos Jogos Olímpicos, gestão dos Parques Olímpicos (da Barra e de Deodoro), eventos-teste, sustentabilidade, além das operações de mídia, engajamento e comunicação também entraram na pauta. No último dia de reunião, será debatida a operação dos Jogos Paralímpicos e a experiência do público, entre outros assuntos.

Foto: Matthew Stockman/Getty Images

 

Confira os principais pontos da entrevista concedida pelo ministro Ricardo Leyser à imprensa:

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Ricardo Leyser. Foto: Francisco Medeiros/ME

A Reunião
O Cocom é mais para a compatibilização de cronogramas. Estamos na fase de encaixar as operações nas instalações. São centenas de questões que são levantadas na reunião. Exemplo: a obra tem que fazer uma parte elétrica e a Light (empresa fornecedora de energia) tem que fazer a outra parte. As duas operações têm que se encontrar, não só de cronograma, mas de especificação técnica. Então, a reunião trata dessas questões.

Relação com o COI
Sempre digo que os Jogos Pan-Americanos 2007, Jogos Mundiais Militares 2011 e a Copa do Mundo FIFA 2014 foram uma reintrodução do Brasil no grande mercado internacional de organização de eventos multiesportivos. É uma indústria ligada ao entretenimento, que gera muito emprego.

O Brasil tinha ficado mais de 40 anos de fora dessa indústria. Antes, tínhamos realizado a Universíade, em Porto Alegre, e o Pan-Americano em São Paulo, ambos em 1963. Depois disso não tivemos nenhum evento desse porte.

Assim, o Brasil voltou ao cenário internacional com estrutura defasada. Tivemos uma boa atualização para os Jogos Pan e Parapan-Americanos 2007, mas o grau de envolvimento e gestão do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos Olímpicos é uma coisa que transcende muito o nosso dia a dia da indústria brasileira de realização de eventos.

O Brasil se qualificou muito. Não só os governos, mas todos os profissionais que trabalharam no comitê organizador. Conheceram mais a fundo o que há de mais moderno em gestão esportiva.

Metrô
O cronograma está em ordem, o ritmo de obras é intenso. Nós estamos certos de que a obra estará concluída para os Jogos. Hoje foram tratadas as questões dos bilhetes, para ônibus e metrô, como vai funcionar. Mas não foi tocado especificamente na operação, o Estado do Rio de Janeiro que tem detalhes.

Situação Política
Nós recebemos vários elogios pelo aumento da presença do governo federal durante os últimos meses, apesar do contexto político. Em toda a nossa apresentação conseguimos resolver muitos problemas e ter uma presença no Rio de Janeiro muito mais forte em relação há três ou quatro anos. Assim, o COI percebeu o aumento da presença do governo e o engajamento na resolução do planejamento.

Breno Barros, do Rio de Janeiro - Ascom – Ministério do Esporte