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Geral

07/02/2022 09h04

Pequim 2022

Em 26º, Sabrina Cass é a melhor sul-americana da história em Jogos Olímpicos no moguls

Brasileira de 19 anos encerra participação do Brasil no esqui estilo livre e leva aprendizados de sua estreia olímpica

Neste domingo, 6.02, Sabrina Cass terminou a prova de moguls do esqui estilo livre em Pequim 2022 no 26º lugar (62.20 pontos), e não avançou às finais da competição. Mas a brasileira, de apenas 19 anos, tem motivos para celebrar. Seu desempenho foi o melhor da história de um atleta sul-americano na modalidade, superando o argentino Ignacio Bustamante, que ficou na 30ª colocação em Albertville 1992.

Alexandre Castello Branco/COB

Filha de pai norte-americano e de mãe brasileira, a esquiadora disse que a estreia em Jogos Olímpicos não foi da maneira que queria, mas comemorou o fato de poder ter representado o Brasil nos Jogos Olímpicos, algo que sempre sonhou. A própria atleta entrou em contato com a Confederação Brasileira de Desportos da Neve (CBDN) se oferecendo para defender o país.

“Estou triste com a prova hoje, mas feliz em poder estar aqui nos Jogos Olímpicos defendendo o Brasil. Pensei que ia conseguir melhorar o que tive dificuldade na primeira qualificatória. Nos treinos estava bem, mas na competição não consegui”, disse Sabrina, que cometeu um erro na saída do primeiro salto e acabou com 62.12. A nota foi descartada porque ela não conseguiu melhorar sua marca em relação à primeira classificação (62.20).

Sabrina é a primeira atleta do Brasil a se despedir de Pequim 2022. Na última quinta, 3.02, ela foi a 21ª na primeira classificatória, disputada no Parque de Neve de Genting, zona de Zhangjiakou. As dez primeiras avançaram diretamente para a final. Neste domingo, outros dez passariam para a terceira fase, e Sabrina acabou em 16º entre as 20 participantes. A campeã mundial júnior em 2019, quando ainda defendia os Estados Unidos, acredita que a experiência em Pequim a ajudará nos próximos desafios.

Investimento direto via Bolsa Atleta

Dos 11 atletas olímpicos brasileiros em Pequim, nove (81%) integram o Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Os nove patrocinados se dividem entre as categorias Pódio (1), Olímpica (6) e Internacional (2).

O investimento do Governo Federal via Bolsa Atleta nos esportes olímpicos e paralímpicos de inverno entre os Jogos de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018, e os de Pequim, em 2022, totaliza R$ 4,1 milhões.

O valor foi suficiente para conceder 159 bolsas a 92 atletas entre os olímpicos e outras 23 bolsas a 17 atletas entre os paralímpicos. Em um recorte que leva em conta apenas os investimentos nos selecionados para Pequim 2022 ao longo das carreiras dos atletas, o investimento acumula R$ 3,1 milhões.

“Levo muitas coisas de aprendizado. Acho que fiquei mais nervosa do que nas Copas do Mundo, mas era quase a mesma coisa, porque todas as melhores estão nas duas competições. Aprendi que não preciso ficar tão tensa. Já esquiei milhões de vezes, já fiz meus saltos muitas vezes. Então, vou levar isso comigo”.

Na prova de moguls, a descida tem que ser feita no menor tempo possível e com dois saltos com acrobacias. A pontuação final é composta pela técnica de esqui, as manobras aéreas e o tempo para completar o percurso. Antes dela, o Brasil só havia sido representado uma vez no esqui estilo livre, na prova de aéreos, em Sochi 2014, quando Josi Santos ficou na 22ª colocação.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil