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Tenis de mesa paralímpico

10/08/2015 17h45

TORONTO 2015

Chuva de pódios no tênis de mesa: 24 medalhas no individual

A segunda-feira (10.08) foi tão produtiva no Canadá que teve direito até a três finais com brasileiros nos dois lados da mesa
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Claudiomiro Segatto, ouro na Classe 5 no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Israel Stroh, prata, e Paulo Salmin, ouro na Classe 7 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Joyce Oliveira conquistou o ouro na Classe 4 do tênis de mesa em Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Iranildo Espíndola, ouro na Classe 2 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Maria Luiza Passos, prata na Classe 5 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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David Freitas, ouro, e Welder Knaf, prata na Classe 3 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Joyce Oliveira, ouro na Classe 4 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Guilherme Costa, bronze na Classe 2 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Aloisio Lima, ouro na Classe 1 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Carlo di Franco, bronze na Classe 6 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Ronaldo Souza, prata na Classe 2 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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Iranildo Espíndola, ouro na Classe 2 do tênis de mesa no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB
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O terceiro dia de competições do tênis de mesa nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto foi marcado por um enorme sucesso dos brasileiros, que ocuparam 21 lugares em 14 cerimônias de premiação individual da modalidade. A supremacia foi tamanha que três finais – nas classes individuais 3, 7 e 10 masculinas – foram disputadas com brasileiros nos dois lados da mesa. Ao todo, o Brasil soma 24 medalhas, com 10 ouros, oito pratas e seis bronzes. Em quantidade, o país já iguala Guadalajara, no México, há quatro anos. Só que ainda há sete pódios em disputa nas competições por equipe. 

Na classe 10, Carlos Carbinato Júnior conquistou o ouro ao derrotar Cláudio Massad por 3 x 0 (11/4, 11/7 e 14/12). O mesmo placar marcou a vitória de David Freitas sobre Welder Knaf (11/6, 11/8 e 11/7). A decisão mais equilibrada envolvendo brasileiros foi na classe 7, entre Paulo Salmin e Israel Stroh. Foram necessários cinco sets para que Salmin vencesse, por 3 x 2, com parciais de 6/11, 13/11, 8/11, 11/5 e 11/5.

Os outros ouros vieram na classe 1, após Aloisio Lima derrotar o cubano Yunier Fernandez na final; na Classe 8, com a vitória de Luiz Guarnieri sobre o norte-americano Ming Chui na decisão; na Classe 5, com Claudimiro Segatto (leia abaixo); e na Classe 4, com Joyce Oliveira.

As demais pratas do dia foram arrebatadas por Ezequiel Babes (classe 4), Thais Fraga (classe 3) e Maria Pereira Passos (classe 5).

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Claudiomiro Segatto, ouro na Classe 5 no Parapan de Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB

Tri da classe 5

Na classe 5 (cadeirantes), o curitibano Claudimiro Segatto não sentiu a pressão do favoritismo e, nesta segunda-feira, sagrou-se, de forma invicta em Toronto, tricampeão dos Jogos Parapan-Americanos. Com isso, ele assegurou seu lugar nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

“Para mim esse é o principal evento da minha vida. Já estive em duas Paralimpíadas, fui campeão de dois Jogos Parapan-Americanos, mas poder me classificar para jogar em casa, contar com a minha família e os meus amigos torcendo e toda a torcida brasileira, vai ser show de bola”, comemorou Claudiomiro.

Número 16 do ranking mundial da Classe 5, Claudiomiro, que foi forçado a se afastar da Seleção Brasileira por um tempo devido a questões familiares, fez questão de agradecer ao comando técnico da Seleção. “Eu fui para Brasília fazer parte da Seleção permanente e levei minha família. Mas a minha filha tem problemas respiratórios e não se adaptou ao clima, então tive que voltar. No começo do ano, eles me deram oportunidade de novo de fazer parte (da Seleção), mas de uma outra forma, treinando na minha cidade. Estou feliz por isso e minha forma de agradecer é essa (com o titulo em Toronto)”, destacou Segatto, que atualmente mora em Curitiba.

A campanha do brasileiro no Canadá foi impecável: duas vitórias na fase de grupos, diante do canadense Muhammad Mudassar (3 x 0) e do argentino Elias Romero (3 x 1). Na sequência, mais dois triunfos sobre argentinos: Daniel Rodrigez na semifinal, por 3 x 1, e Mauro Depergola na decisão, por 3 x 0 (parciais de 11/7, 11/6 e 11/4).

“Eu entrei com uma estratégia pronta, porque ele é um atacante nato. Então o meu objetivo era neutralizar o ataque dele e graças a Deus deu certo. Puxei o jogo pra baixo, não deixei ele abrir e nos momentos que ele conseguiu abrir eu consegui contra atacar”, analisou o mesatenista.

Superação e ouro na Classe 4

Na classe 4 (também para cadeirantes), Joyce Oliveira (foto) teve de superar a dor para conquistar nesta segunda-feira o bicampeonato individual nos Jogos Parapan-Americanos. Há quatro meses, a paulista, de 25 anos, sofre por conta de um parafuso deslocado que está atingindo um nervo na região lombar. A cirurgia vinha sendo adiada por conta de um sonho que ela acaba de realizar: levar o título e garantir sua vaga nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

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Joyce Oliveira conquistou o ouro na Classe 4 do tênis de mesa em Toronto. Foto: Leandra Benjamin/MPix/CPB

A conquista de Joyce foi a quarta medalha de ouro da Seleção Brasileira em Toronto. No domingo (09.08), Danielle Rauen, Cátia Oliveira e Iranildo Espíndola já haviam garantido o topo do pódio.

Joyce chegou invicta à última rodada do grupo único, assim como a mexicana Martha Verdin. Na véspera da decisão, a dor preocupava a brasileira, que passou por uma sessão de fisioterapia durante a noite que lhe deixou 100% para a final.

“Ontem, estava nervosa para jogar com ela porque estou com dor. A dor estava na minha cabeça, mas treinei e sabia que podia ganhar. A fisioterapia me ajudou muito. Tenho que agradecer à (fisioterapeuta) Andressa, que me ajudou durante todos esses dias e me fez chegar bem hoje”, disse a campeã.

Na mesa, Joyce não deu chances à adversária. Impôs seu jogo de velocidade e dominou a partida do início ao fim, vencendo por 3 x 0, parciais de 11/8, 11/3 e 11/8. A última rodada coroou uma campanha impecável da brasileira, que já havia superado a norte-americana Jennifer Johnson e as venezuelanas Yoleidy Andrade e Maria Molero, todas por 3 x 0.

Tratamento

Disposta a buscar o segundo ouro individual no Parapan – já havia sido campeã em Guadalajara, no México, há quatro anos –, Joyce encarou a dor. Mas nem sempre ela resistiu. A mesatenista chegou a viajar para a disputa dos Abertos da Eslovênia e da Eslováquia, em maio, mas não teve condições de competir.

“Há quatro meses estou me tratando. Cheguei a viajar, mas não consegui jogar por causa da dor. Treinei um mês para vir para cá e deu certo. Lidei dia a dia com a dor, trabalhando o psicológico, porque queria estar aqui. Não tinha como não treinar para vir”, disse.

Sua prioridade no retorno ao Brasil será a cirurgia, para que possa iniciar o quanto antes a preparação para os Jogos Rio 2016. “Quero fazer a cirurgia para em dois meses já voltar a treinar e poder mostrar o meu melhor em 2016. É para isso que estou treinando”, avisou.

brasil2016.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa