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Atletismo

04/10/2019 23h00

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Caio Bonfim termina marcha atlética 20 km em 13º no Mundial de Doha

Atleta, que foi bronze no Mundial de Londres em 2017, estava em boa forma e preparado para as severas condições clímáticas local, mas foi prejudicado por um pit lane e uma parada de dois minutos

Uma das boas esperanças do Brasil no Mundial de Atletismo em Doha, no Catar, o brasileiro Caio Bonfim terminou em 13º na marcha atlética 20km, nesta sexta-feira (4/10). O brasiliense fechou com 1h31min32s, numa prova duríssima que encerrou o oitavo dia de competições. A disputa foi realizada em circuito montado na região turística de Corniche. Caio, bronze no Mundial de Londres-2017, teve de lutar com as condições climáticas e ainda cumprir um pit stop de 2 minutos por punições da arbitragem. O ouro ficou com o japonês Toshikazu Yamanish, que liderou a partir do km 8 e até o fim, com 1h26min34s.

Caio Bonfim durante a prova exaustiva disputada em Doha. Foto: Wagner Carmo/CBAt

A prata foi conquistada pelo russo Vasiliy Mizinov, que competiu como atleta neutro autorizado, com 1min26s49, e o bronze pelo sueco Perseus Karlström, com 1min27s00. O brasileiro Moacir Zimmerman, que também cumpriu dois minutos de espera no pit lane, terminou em 39º lugar (1min44s16).

Os atletas enfrentaram a temperatura de 32 graus e umidade do ar de 80%, condições registradas no momento da largada, às 23h30 de Doha, munidos de coletes de gelo ou toalhas frias, recheadas de gelo, penduradas no pescoço. A temperatura ainda aumentou durante o percurso e a sensação era de 43 graus.

Caio Bonfim ficou bem atrás no pelotão no início. Passou em 27º nos primeiros 5 quilômetros (22min32s) e em 16º no km 10 (44min41s) - nessa passagem o japonês Toshikazu Yamanish já dominava a prova, na liderança, com 17 segundos de vantagem em relação ao segundo colocado, o sueco Perseus Karlström.

No Km 15 a liderança mantinha-se com o japonês Yamanish em primeiro (1h05min28) e o sueco Karlström ainda em segundo (1h05min43). O brasileiro Caio Bonfim passou na 17ª posição (1h08min46s), a 3min18s do líder. Mas logo em seguida Caio teve de fazer uma parada de 2 minutos no pit lane por tomar duas punições da arbitragem. O brasileiro voltou, fez uma prova de recuperação e terminou em 13º.

"Eu estava num crescendo, com a segunda metade mais rápida do que a primeira. Ia dar 1h28min. E eu estava bem preparado para a prova, mesmo com essas condições climáticas", disse Caio, revelando que foi a primeira vez desde que a regra foi criada que teve de cumprir punição no pit lane. "Parece que a arbitragem estava assim com todo mundo. Estranho. Tomei um cartão logo no começo da prova, quando estava cheio, no meio do pelotão..."

Caio disse que se preparou como nunca e deu o seu máximo. "O calor interfere no tempo, mas a gente ajusta no ritmo. Eu estava chegando, fazendo 4min20s, 4min18s (por quilômetro), tanto que estava chegando no inglês quando tomei o pit lane."

Infográfico - Mundial de Atletismo Doha 2019

Protesto negado

No fim da noite de sexta-feira em Doha, o Brasil recebeu a resposta ao seu protesto e o revezamento 4 x 100m feminino foi mantido fora da decisão deste sábado. Na qualificação, o Brasil fez 42s68 com Bruna Farias, Vitória Rosa, Lorraine Martins e Rosângela Santos. Se qualificou por tempo, mas acabou desqualificado pela regra 163.3 - por invasão da raia do lado pela atleta Bruna Farias.

Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo