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Ginastica artística

27/10/2018 03h17

Doha 2018

Brasil vai a quatro finais no Mundial de Ginástica Artística: equipes, argolas, salto e individual geral

Além do sexto lugar na disputa por equipes, seleção brasileira garante vagas nas decisões com Arthur Zanetti e Caio Souza

A equipe masculina do Brasil alcançou seu principal objetivo no Mundial de Ginástica Artística 2018. Nesta sexta (26.10), terminou em sexto lugar na classificatória em Doha, no Qatar, e garantiu vaga na final por equipes - além do bilhete de ida para o Pré-Olímpico de 2019, em Stuttgart, onde 24 países buscarão a classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. De quebra, três finais individuais: Arthur Zanetti confirmou seu favoritismo e ranqueou em segundo nas argolas; Caio Souza surpreendeu no salto e ainda entrou na final do individual geral. Arthur Nory, Lucas Bitencourt e Francisco Barretto foram importantes para a média geral do país.

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Caio Souza classificou-se em nono para o individual geral. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Em Mundiais, foi a melhor classificatória já feita pela equipe brasileira. No Qatar, o Brasil ficou apenas atrás dos cinco países que dominam há tempos a modalidade. Rússia, Japão, China, Estados Unidos e Grã-Bretanha são os favoritos para as três vagas diretas para Tóquio que o Mundial de Doha oferece. Holanda e Suíça ficaram em sétimo e oito e completam a final por equipes, que será na segunda-feira (29.10), a partir de 10h.

"Ficar entre os três primeiros aqui em Doha e, consequentemente, conseguir vaga direta para Tóquio ainda não é realidade. Estamos crescendo de pouco em pouco, mostrando evolução a cada competição. Mas ainda precisamos evoluir mais para chegar ao patamar onde estão Rússia, China e Japão", explica Arthur Zanetti, medalha de ouro em Londres 2012 e de prata no Rio 2016 - ambas nas argolas.

Em Nanning 2014, o Brasil terminou a classificatória em sétimo - e conseguiu o sexto lugar na final. No Mundial seguinte, em Glasgow, também foi sétimo na classificatória, mas terminou em oitavo. Em 2016 não houve mundial, mas nos Jogos Olímpicos Rio 2016, a equipe foi sexto lugar tanto na classificatória quanto na competição. Em Montreal 2017, foram disputadas apenas provas individuais.

» Acompanhe a cobertura completa da Rede do Esporte para o Mundial de Ginástica Artística Doha 2018

"Conseguimos nosso objetivo. A meta inicial era a classificação para o Mundial de Stuttgart, em 2019, quando vamos batalhar por uma vaga em Tóquio. A segunda meta, era a final. E conseguimos estamos. As finais individuais, a minha e as do Caio, foram consequência disso", conta Zanetti.

"Começamos no cavalo, que é um aparelho bem complicado para se iniciar. Tivemos duas quedas, mas fomos recuperando durante a competição e mostramos que somos uma equipe muito forte. Sempre apoiamos um ao outro", acrescenta Zanetti. "Individualmente falando, a final de equipes vai me ajudar aqui em Doha também. Vou poder competir de novo nas argolas e sentir mais uma vez todo o ambiente de competição, quando poderei ajustar detalhes para tirar a melhor nota possível. É uma experiência a mais para a prova individual".

Flickr do Ministério do Esporte: galeria de fotos em alta resolução, disponíveis gratuitamente para uso editorial. Crédito obrigatório: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Ginástica Artística - Mundial 2018 - Doha, no Qatar

Caio teve um início difícil e explica que não perdeu a concentração nem mesmo com uma queda em sua primeira apresentação. "Sofri uma queda logo no primeiro aparelho, o cavalo com alças. Mas isso não me desanimou. Acabou me dando um gás a mais para ir buscar aparelho por aparelho, ponto por ponto, décimo por décimo", conta o atleta.

"Antes de tudo, a equipe brasileira está de parabéns. Poderíamos ter ido melhor, principalmente no cavalo. Mas conseguimos o que queríamos", explica Caio. Quanto à participação individual, melhor impossível. "Não consigo explicar a felicidade que estou sentindo ao chegar final de salto. Estar entre os oito melhores do mundo no salto é muito mais que gratificante. E disputar uma final do geral também é incrível", diz o ginasta.

O momento alto de seu dia estava guardado para o salto. Foram duas tentativas: na primeira, com uma tripla pirueta, conseguiu 14,633 pontos; na segunda, um duplo mortal grupado com meia volta, batizado de Dragulescu, rendeu 14,533. Na média, obteve 14,583, e se posicionou em sexto ele foi o sexto colocado. "Treinei muito para isso e, por incrível que pareça, só comecei a acertar o Dragulescu aqui em Doha, na aclimatação anterior ao Mundial", explica Caio.

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Caio executou, pela primeira vez em competições, o salto Draculescu, batizado em homenagem ao ginasta romeno Marian Dragulescu. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Veja o resultado final da classificatória. Na ordem, as notas mostradas equivalem ao solo, cavalo com alças, argolas, salto, barras paralelas, barra fixa e o total da equipe.

Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Equipe feminina

A classificatória feminina está marcada para 7h30 de domingo (28.10). O Brasil está na Subdivisão 9, juntamente com Rússia, Grã-Bretanha, Turquia e Dinamarca. Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Rebeca Andrade e Thaís Fidélis se apresentarão, pela ordem no salto, barras assimétricas, trave e solo. Anna Júlia Reis é a reserva da equipe.

Os oito países nas somas de todos os aparelhos voltam para a final por equipes, no dia 29 (masculino) e no dia 30 de outubro no feminino. Os 24 melhores atletas com notas somadas nas classificatórias disputam o pódio do individual geral no dia 31 (masculino) e 1º de novembro (feminino). As finais de cada aparelho separadamente serão no dia 2 e 3 de novembro, com os competidores que alcançaram as oito melhores notas da especialidade.

A 48ª edição do Mundial de Ginástica Artística é a primeira a ser realizada em um país do Oriente Médio. Recebeu inscrições de 542 atletas (287 homens e 255 mulheres) de 76 países. Com 22 campeões olímpicos de 13 modalidades diferentes, há 42 medalhas em disputa. 

Mundial de Doha - Classificatória Masculina

 

Equipes classificadas para a final

No total, 14 conjuntos de medalhas estão em disputa em Doha: equipes, individual geral, solo, barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças, argolas e salto (masculino); e equipes, individual geral, trave, solo, barras assimétricas e salto (feminino).

1) Rússia
2) China
3) Japão
4) Estados Unidos
5) Grã-Bretanha
6) Brasil
7) Holanda
8) Suíça

Individual geral (os 24 primeiros se classificam para a final, com o máximo de dois atletas por país)

1) Ruoteng Xiao (China)
2) Nikita Nagornyy (Rússia)
3) Samuel Mikulak (Estados Unidos)
4) Artur Dalaloyan (Rússia)
5) Wei Su (China
6) Kenzo Shirai (Japão)
7) James Hall (Grã-Bretanha)
8) Kazuma Kaya (Japão)
9) Caio Souza (Brasil)
10) Nestor Abad (Espanha)
11) Brinn Bevan (Grã-Bretanha)
12) Carlos Edriel Yulo (Filipinas)
13) Ahmet Onder (Turquia)
14) Pablo Braegger (Suíça)
15) Lukas Dauser (Alemanha)
16) Oleg Nerniaiev (Ucrânia)
17) Yul Moldauer (Estados Unidos)
18) Oliver Hegi (Suíça)
19) Andrei Vasile Muntean (Romênia)
20) Minsoo Park (Coreia do Sul)
21) Rene Cournoyer (Canadá)
22) Marcel Nguyen (Alemanha)
23) Ferhat African (Turquia)
24) Marios Georgiou (Chipre)
65) Lucas Bitencourt (Brasil)

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Lucas Bitencourt fez apresentações em todos os aparelhos. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Solo (os oito primeiros se classificam para a final do aparelho)

1) Artur Dalaloyan (Rússia)
2) Kenzo Shirai (Japão)
3) Nikita Nagornyy (Rússia)
4) Yulo Carlos Edriel (Filipinas)
5) Ahmet Onder (Turquia)
6) Yul Moldauer (Estados Unidos
7) Artem Dolgopyat (Israel)
8) Kazuma Kaya (Japão) e Samuel Mikulak (Estados Unidos)
27) Arthur Nory Mariano (Brasil)
65) Caio Souza (Brasil)
88) Lucas Bitencourt (Brasil)
106) Arthur Zanetti (Brasil)

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Arthur Nory, bronze no solo nas Olimpíadas de 2016, recuperou-se de lesão recente e focou na disputa por equipes. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Cavalo com alças (os oito primeiros se classificam para a final do aparelho)

1) Max Whitlock (Grã-Bretanha)
2) Ruoteng Xiao (China)
3) Nariman Kurbanov (Cazaquistão)
4) Cyril Tommasone (França)
5) Samuel Mikulak (Estados Unidos)
6) Nikita Nagornyy (Rússia)
7) David Belyavski (Rússia)
8) Lee Chi Kai (Taipei)
11) Francisco Barretto (Brasil)
48) Arthur Nory (Brasil)
107) Caio Souza (Brasil)
128) Lucas Bitencourt (Brasil)

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Francisco Barretto terminou a prova do cavalo com alças na 11ª colocação, a melhor do Brasil na história. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Argolas (os oito primeiros se classificam para a final do aparelho)

1) Eleftherios Petrounias (Grécia)
2) Arthur Zanetti (Brasil)
3) Artur Tovmasyan (Armênia)
4) Igor Radivilov (Ucrânia)
5) Vahagn Davtyan (Armênia)
6) Marco Lodadio (Itália)
7) Nikita Simonov (Azerbaijão)
8) Dennis Goossens (Bélgica)
11) Caio Souza (Brasil)
99) Francisco Barretto (Brasil)
106) Lucas Bitencourt (Brasil)

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Assim como nos Jogos Olímpicos de 2016, Arthur Zanetti duelará pela medalha com o grego Eleftherios Petrounias. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Salto (apenas os atletas que realizaram dois saltos puderam se classificar para a final. Os oito primeiros se classificam)

1) Ri Se Gwang (Coreia do Norte)
2) Artur Dalaloyan (Rússia)
3) ARtur Davtyan (Armênia)
4) Nikita Nagornyy (Rússia)
5) Dominick Cunningham (Grã-Bretanha)
6) Caio Souza (Brasil)
7) Kenzo Shirai (Japão)
8) Shek Wai Hung (Hong Kong)

Barras paralelas (os oito primeiros se classificam para a final do aparelho)

1) Jinguyan Zou (China)
2) Oleg Verniaiev (Ucrânia)
3) Lin Chaopan (China)
4) Jossimar Calvo Moreno (Colômbia)
5) Artur Dalaloyan (Rússia)
6) David Belyakskiy (Rússia) e Samuel Mikulak (Estados Unidos)
8) Xiao Ruoteng (China)
15) Caio Souza (Brasil)
46) Arthur Nory Mariano (Brasil)
69) Lucas Bitencourt (Brasil)
75) Francisco Barretto (Brasil)

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Destaque no mundo da ginástica nos últimos anos, o japonês Kohei Uchimura se recupera de lesão e não buscou qualificação no individual geral. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Barra fixa (os oito primeiros se classificam para a final do aparelho)

1) Kohei Uchimura (Japão)
2) Samuel Mikulak (Estados Unidos)
3) Ruoteng Xiao (China)
4) Epke Zonderland (Holanda)
5) Tin Srbic (Croácia)
6) Shudi Deng (China)
7) Tang Chia-Hung (Taipei)
8) Manrique Larduet (Cuba)
15) Francisco Barretto (Brasil)
23) Caio Souza (Brasil)
35) Arhur Nory Mariano (Brasil)
170) Lucas Bitencourt (Brasil)


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Programação do Mundial de Ginástica Artística Doha 2018 (horários de Brasília)

Sábado (27.10) - Classificatória feminina

3h - Subdivisão 1 (Argentina, Polônia, Bélgica e dois grupos mistos)
5h - Subdivisão 2 (Japão, Coreia do Sul, Costa Rica, Austrália e um grupo misto)
7h30 - Subdivisão 3 (Alemanha, Portugal, Hungria, Coreia do Norte e Ucrânia)
9h30 - Subdivisão 4 (Holanda, Áustria, Colômbia e dois grupos mistos)
12h - Subdivisão 5 (Estados Unidos, Eslováquia, Nova Zelândia e dois grupos mistos)
14h - Subdivisão 6 (Itália, Islândia, Noruega, Jamaica e um grupo misto)

Domingo (28.10) - Classificatória feminina

3h - Subdivisão 7 (China, Romênia, Finlândia, África do Sul e um grupo misto)
5h - Subdivisão 8 (França, Canadá, Bulgária e dois grupos mistos)
7h30 - Subdivisão 9 (BRASIL, Rússia, Grã-Bretanha, Turquia e Dinamarca)
9h30 - Subdivisão 10 (Espanha, Suíça, México, Egito e um grupo misto)
12h - Subdivisão 11 (Eslovênia, Taipei, Grécia, República Tcheca e um grupo misto)

Segunda-feira (29.10)

10h às 13h - Final por equipes masculinas

Terça-feira (30.10)

10h às 12h10 - Final por equipes femininas

Quarta-feira (31.10)

10h às 12h50- Final individual geral masculina

Quinta-feira (1.11)

10h às 12h10 - Final individual geral feminina

Sexta-feira (2.11)

10h às 13h30 - Finais por aparelhos
Masculino: solo, cavalo com alças e argolas
Feminino: salto e barras assimétricas

Sábado (3.11)

10h às 13h30 - Finais por aparelhos
Masculino: salto, barra fixa e salto
Feminino: trave e solo
13h30 - Cerimônia de encerramento 

 

Abelardo Mendes Jr, de Doha, no Qatar - rededoesporte.gov.br