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Atletismo

06/08/2021 21h15

Atletismo

Brasil tem três atletas na maratona dos Jogos Olímpicos de Tóquio

A prova fecha a partir das 19h deste sábado (7.08), no horário de Brasília, as competições do atletismo. Daniel Nascimento, Daniel Chaves e Paulo Roberto Paula enfrentarão os 42,195 km com previsão de muito calor

Os três representantes brasileiros estão prontos para a maratona dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a partir das 19h deste sábado (7.08) (horário de Brasília), na cidade de Sapporo, a cerca de 800 km da capital japonesa. Daniel Ferreira do Nascimento, Daniel Chaves da Silva e Paulo Roberto de Almeida Paula terão o desafio de completar os 42,195 km da prova, com previsão de calor acima dos 32 graus.

Os atletas fecharam a preparação em Sapporo, com treinamentos diários no Makomanai Park. Eles tiraram a sexta-feira (6.08) para descansar e acumular energias, cuidando da alimentação e da hidratação para a corrida, que fecha o programa de disputas do atletismo no Japão.

Daniel Chaves (E), Daniel Nascimento (D/acima) e Paulo Roberto: o trio de maratonistas brasileiros em Tóquio. Fotos: Wagner Carmo/CBAt

Daniel Nascimento e Daniel Chaves fizeram a principal fase de treinamento na altitude do Quênia, enquanto Paulo Roberto se preparou em Portugal, onde mora. Antes de seguirem para Sapporo, eles passaram por um período de aclimatação à mudança de fuso horário em Saitama, a 30 km de Tóquio.

“Desde o começo do ano, o Daniel Nascimento vem treinando muito bem. Passou 45 dias no Quênia, treinando na altitude da cidade de Kaptagat, junto com atletas de alto nível de outros países”, lembrou o treinador Neto Gonçalves. “Agora, a preocupação é se preparar mentalmente para a prova, que certamente será difícil pelo nível dos competidores e também pelo calor e pela umidade alta prevista.”

O atleta nascido em Paraguaçu Paulista (SP), de 23 anos, viajou para o Quênia logo depois de vencer a Maratona de Lima, no Peru, e obter a qualificação olímpica no dia 23 de maio, com 2h09min04s, e de conquistar a medalha de ouro nos 10.000 m do Campeonato Sul-Americano de Guayaquil, no Equador, com 29h18min06s, no dia 29 de maio.

Se Daniel conseguiu o índice há pouco mais de dois meses, Paulo Roberto, de 42 anos, garantiu a qualificação olímpica no dia 23 de fevereiro de 2020 ao completar a Maratona de Sevilha, na Espanha, com 2h10min08s. Com o início da pandemia, ele não pôde correr mais provas de longas distâncias. “Vai ser uma competição tática. Ninguém poderá sair muito forte por causa do calor. Outra preocupação é a hidratação”, comentou Luís Fernando de Almeida Paula, treinador e irmão gêmeo de Paulo Roberto, paulista de Pacaembu.

Em Tóquio, o país tem 52 representantes na modalidade, e 49 deles são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal Brasileiro. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, o atletismo recebeu quase R$ 43 milhões de repasses diretos via Bolsa Atleta, recursos que foram suficientes para a concessão de 1.935 bolsas.

Daniel Chaves, nascido em Petrópolis (RJ), treinou em Iten, cidade conhecida como “A Casa dos Campeões”, em referência à expressiva predominância dos quenianos nas corridas de rua em todo o mundo. “Disputar a maratona olímpica será a realização de um grande sonho”, disse o atleta de 33 anos, que não tem treinador atualmente. “A preparação mental será importante para a competição”, concluiu o corredor, que obteve o índice em Londres, na Grã-Bretanha, no dia 24 de abril de 2019, e assim como Paulo Roberto não disputou mais nenhuma maratona desde então.

O queniano Eliud Kipchoge, campeão olímpico no Rio-2016 e recordista mundial da maratona, com 2h01min39s, é a grande estrela da prova. Ele contará com a companhia de seus compatriotas Lawrence Cherono e Amos Korir. Outro nome forte é de Stephen Kiprotich, campeão olímpico de 2012 e mundial de 2013, que lidera o time de Uganda.

O Brasil tem uma ótima lembrança de uma das provas mais nobres da Olimpíada, quando Vanderlei Cordeiro de Lima conquistou a medalha de bronze nos Jogos de Atenas-2004, depois de ser sido empurrado por um manifestante quando liderava a prova. Vanderlei recebeu a exclusiva medalha Pierre de Coubertin dada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) pelo fair play.

Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo