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Ginastica artística

03/11/2022 17h17

Ginástica artística

Brasil repete resultado da classificatória e termina em sétimo na final masculina

Equipe projeta boas chances de obter uma vaga olímpica no Mundial da Antuérpia, em 2023

A Seleção Brasileira de Ginástica Artística Masculina repetiu, na final da competição por equipes do Mundial de Liverpool, a sétima colocação da fase classificatória, o que sinaliza que o país tem boas perspectivas de obter uma das nove vagas olímpicas que estarão em jogo no Mundial da Antuérpia, em 2023. As três vagas em disputa na Liverpool Arena ficaram com China, Japão e Grã-Bretanha.

"Atingimos o nosso principal objetivo nesta competição por equipes e voltamos a ser finalistas, o que não acontecia desde 2018", destacou o coordenador da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Masculina, Marcos Goto.

A equipe brasileira, formada por Caio Souza, Diogo Soares, Arthur Nory, Lucas Bitencourt, Yuri Guimarães e Patrick Sampaio, estava entre as três primeiras até o penúltimo aparelho, o cavalo com alças. Nesse momento, algumas falhas acabaram comprometendo o resultado.

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Foto: CBG

"Estamos muito orgulhosos do que fizemos. Somos a sétima melhor equipe do mundo. A gente viu que dá", disse Arthur Nory, que disputará no domingo a final da barra fixa, aparelho em que foi o campeão mundial em 2019.

Caio Souza, o melhor generalista do Brasil, também expressou satisfação pela campanha da equipe brasileira em Liverpool. "Primeiro quero parabenizar os atletas, os treinadores e todos os componentes da equipe multidisciplinar. O que fizemos foi muito importante. Desde 2018 a gente não participava de uma final por equipes. Para os mais novos, isso trouxe muita experiência", disse o ginasta, que disputará a final do individual geral na sexta-feira e a do salto no último dia da competição.

Os dois ginastas destacaram a rápida reação da equipe, que não se permitiu abater após a queda de Nory na barra fixa. No aparelho seguinte, o jovem Yuri Guimarães, de apenas 17 anos, fez a equipe vibrar ao conseguir uma excelente nota (14.366) no solo.

"Assim que ele fez o salto, que não foi do nível que ele costuma fazer, o Yuri prometeu que ia tirar a melhor nota da equipe no solo. Eu disse 'é isso aí', e ele foi lá e fez", disse Nory. "Os mais novos mostraram que têm uma cabeça muito boa para essa competição", destacou Caio.

O desempenho no cavalo com alças foi marcante. Antes do Brasil, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos já tinham ido mal nesse aparelho.

"Quando saiu a definição da ordem dos aparelhos, já previmos que iríamos bem nos primeiros aparelhos, porque temos boas notas no salto, nas paralelas, na barra e no solo. Sabíamos também que poderíamos ter problemas no cavalo. Agora é voltar para casa e trabalhar, para que isso não se repita na próxima competição", disse Caio.

Nory, que ficou fora da final da barra nos Jogos Olímpicos, falou sobre a satisfação em ver o seu progresso e também o da equipe brasileira. "O ano passado foi bem difícil. Chegar agora a uma final por equipes, ajudar a minha equipe novamente nos aparelhos e chegar à final da barra pra mim significa muito. Estou muito feliz. É um passo de cada vez e sabia que seria muito difícil chegar a uma final. Agora é focar em fazer uma série limpa na final, o que na classificatória não foi. Ainda tem muita margem pra melhorar. Viemos com um objetivo para a equipe, que alcançamos, e agora vamos para a final da barra"

Goto fez um balanço da participação brasileira na competição por equipes. "Competimos muito bem em cinco aparelhos. No cavalo com alças nossa performance não foi boa. Depois que voltarmos para casa, vamos dar uma maior atenção a esse aparelho. Alcançamos nosso primeiro objetivo, que era chegar à final. Tínhamos como perspectiva ficar entre os seis melhores na final, o que não conseguimos. Ainda teremos dois finalistas no individual geral (Caio e Diogo), o Caio no salto e o Nory na barra".

RESULTADOS

1) China – 257.858
2) Japão – 253.395
3) Grã-Bretanha – 247.229
4) Itália – 245.995
5) EUA – 245.692
6) Espanha – 244.027
7) BRASIL - 241.362
8) Coreia do Sul – 232.828

Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica