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12/08/2018 15h13

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Brasil perde por 3 sets a 1 o primeiro de quatro amistosos contra os Estados Unidos

Duelo foi disputado no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Série de partidas serve como preparação para o Mundial do Japão, a partir de 29 de setembro

O primeiro dos quatro amistosos contra os Estados Unidos como preparação para o Campeonato Mundial deu indicadores de que a seleção brasileira de vôlei feminino ainda tem um bom caminho a percorrer até chegar ajustada ao Japão. Diante das atuais campeãs da Liga das Nações, a equipe treinada pelo técnico José Roberto Guimarães teve uma apresentação inconstante e acabou derrotada por 3 sets a 1, com parciais de 25/19, 25/18, 26/28 e 25/16. A partida foi disputada no ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF), diante de um público oficial de 7.411 torcedores.

José Roberto observa as atletas brasileiras no primeiro dos quatro amistosos contra as americanas. Foto: Ricardo Botelho/Inovafoto/CBV

"Esse parâmetro que a gente tem contra a seleção americana é importante para o Mundial. É um time que joga com uma velocidade diferente. Eles estão numa relação de bloqueio e defesa bem posicionada, além de uma transição no contra-ataque com muita velocidade", avaliou o técnico da Seleção Brasileira, José Roberto Guimarães. "Hoje perdemos muitos contra-ataques. Tomamos pontos de saques que normalmente não costumamos tomar. É uma questão de ajuste, de entender onde a gente precisa melhorar, o caminho a seguir, a velocidade do jogo que temos de buscar", completou o treinador.

"Esse parâmetro que a gente tem contra a seleção americana é importante para o Mundial. É um time que joga com uma velocidade diferente. Eles estão numa relação de bloqueio e defesa bem posicionada, além de uma transição no contra-ataque com muita velocidade"
José Roberto Guimarães

No lado americano, o técnico Karch Kiraly, campeão olímpico como atleta na quadra e na areia, gostou de ver na prática alguns dos ajustes que tem treinado com seu elenco.
"Eu acho que nosso time hoje fez algumas coisas muito boas que temos trabalhado na preparação, em especial o posicionamento de bloqueio e o controle de bola no primeiro e no segundo contato", avaliou.

A sequência contra as norte-americanas seguirá nos próximos dias 14 e 16, em Uberaba (MG), e no dia 18, no Rio de Janeiro. O Campeonato Mundial é realizado a cada quatro anos. Em 2018, será de 29 de setembro a 20 de outubro. A equipe dos Estados Unidos é a atual campeã.

O Brasil, embora bicampeão olímpico (2008 e 2012) e 12 vezes vencedor do Grand Prix, nunca conquistou um título mundial. Na última edição, em 2014, caiu na semifinal diante da própria equipe americana. Em 2010 e 2006, bateu na trave: chegou à final, mas nas duas ocasiões terminou com a prata, derrotada pela Rússia por 3 sets a 2. Rússia, aliás, que é a maior vencedora do torneio. São sete títulos, levando em conta também o período como União Soviética.

"A gente tem um desafio muito grande pela frente. O Mundial é o único título que o Brasil não tem. A gente tem de se esforçar mais ainda e ver nesses quatro amistosos o que a gente tem de melhorar", afirmou a oposto Tandara, natural de Brasília, que festejou o fato de atuar ao lado da família no dia dos pais, mas não curtiu muito a própria atuação.

"Eu particularmente odiei o meu jogo hoje. Eu me sinto muito uma válvula de escape para a Roberta (levantadora) em questão de aproveitamento. Mas hoje estive muito abaixo. Até brinquei com as meninas: 'Nunca ataquei tanto para fora'. Mas é isso. Tenho de trabalhar mais, crescer mais. Não fui bem, tomei decisões erradas, enfim, isso mostra que tenho de trabalhar e crescer mais", afirmou a atacante.

No Mundial de 2018, o Brasil está no Grupo D, ao lado de Sérvia, República Dominicana, Cazaquistão, Porto Rico e Quênia. A primeira fase da chave será integralmente disputada na cidade de Hamamatsu. A equipe do técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães (duas vezes com o feminino e uma vez com o masculino, em 1992) estreia em 29 de setembro, contra Porto Rico. A segunda fase será em Nagoya. Se chegar às semifinais e à decisão, o Brasil jogará em Yokohama.

O jogo

A história das duas primeiras parciais foi similar. A equipe brasileira conseguiu segurar o ímpeto das norte-americanas durante os 15 primeiros pontos, mas as adversárias souberam escapar na fase final. No terceiro set, as americanas chegaram a abrir 22 x 19, mas a seleção nacional soube controlar os nervos, empatar a partida e salvar três match points antes de fechar em 28 x 26. No quarto set, contudo, a equipe desandou. Errou um pouco de cada fundamento e viu as americanas abrirem 16 x 9 no segundo tempo técnico do período. As americanas fecharam com tranquilidade a parcial e o jogo em 25 x 16.

Gustavo Cunha, rededoesporte.gov.br