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08/06/2018 20h39

Cochabamba 2018

Brasil fecha os Jogos Sul-Americanos com 62 vagas para o Pan de Lima 2019

Com equipe jovem e enxuta, delegação nacional termina em segundo no quadro de medalhas, atrás apenas da Colômbia

Jogos Sul-Americanos Cochabamba 2018

 

Com uma delegação formada por 316 atletas, a sétima em quantidade entre os 14 países participantes, o Brasil terminou os Jogos Sul-Americanos de Cochabamba na segunda colocação. Mesmo com representantes em 35 das 48 modalidades do programa esportivo, o Brasil disputou a liderança do quadro de medalhas lado a lado com a Colômbia, que competiu com uma delegação experiente e mais numerosa (462 integrantes). Em uma definição no último dia de provas, o Brasil ficou com um total de 204 medalhas, sendo 90 de ouro, 58 de prata e 56 de bronze. A Colômbia somou 239 pódios (94 ouros, 74 pratas e 71 bronzes).

O handebol foi 100% nos Jogos de Cochabamba: o feminino e o masculino foram campeões e garantiram vaga no Pan de Lima, em 2019. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Na Bolívia, a delegação nacional garantiu 62 vagas antecipadas em oito modalidades para os Jogos Pan-americanos de Lima, em 2019, no Peru: boliche (equipe mista), handebol (masculino e feminino), karatê, pentatlo moderno, rúgbi (equipe feminina), tiro esportivo, triatlo (revezamento) e wrestling (ver lista abaixo). Além disso, proporcionou experiência para uma equipe formada em sua grande maioria por atletas sub-23 no primeiro evento multiesportivo do ciclo olímpico Tóquio 2020.

"A avaliação é extremamente positiva. O modelo proposto para a formação da delegação vai passar por um processo de avaliação no retorno ao Brasil, mas a delegação cumpriu com os objetivos definidos com muito êxito", disse o chefe da missão brasileira, Marco La Porta. "Mesmo com uma delegação bem enxuta, formada basicamente por jovens, conseguimos alcançar resultados muito interessantes, proporcionando que novos nomes surgissem no processo de maturação até os Jogos Olímpicos de Tóquio".

Múltiplos pódios

O Brasil liderou o quadro específico de várias modalidades, como atletismo (25 medalhas), ginástica artística (21), judô (14), natação (31) e tênis de mesa (8). Além disso, Cochabamba apresentou jovens atletas, como a maior medalhista dos Jogos, Gabrielle Roncatto, de 19 anos. A nadadora paulista conquistou cinco medalhas, sendo quatro de ouro e uma de prata. Gabrielle venceu os 200m livre, os 200m e 400m medley, e o revezamento 4 x 200m livre. De quebra, ficou com a prata nos 400m livre. "Eu não esperava todas essas conquistas porque a equipe não fez um trabalho específico para essa competição. Estou feliz com os meus resultados", disse Roncatto.

Além dela, na liderança, o Time Brasil teve seis atletas entre os dez principais medalhistas dos Jogos: Natália Gáudio (ginástica rítmica), Bruna Takahashi (tênis de mesa) e Ana Carolina Vieira (natação) ficaram empatadas em segundo com quatro ouros; Rafaela Raurich (natação) e Flávia Saraiva (ginástica artística) ficaram em oitavo, com três de ouro e uma de prata; e Vitor Iishiy (tênis de mesa) em décimo, com três de ouro e uma de bronze.

Gabrielle Roncatto: maior medalhista dos Jogos Sul-Americanos: quatro ouros e uma prata. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Medalhistas olímpicos

Apesar de formada por uma maioria de jovens, a delegação foi composta também por alguns destaques do cenário internacional, entre eles medalhistas olímpicos como Arthur Zanetti (ginástica artística), Isaquias Queiroz e Erlon Souza (canoagem) e Maicon Andrade (taekwondo), além de campeões mundiais como Douglas Brose (karatê) e Deonise Fachinello (handebol).

"Procuramos mesclar a experiência de alguns atletas nas modalidades que buscavam a vaga para o Pan com a juventude de atletas de talento, mas que ainda precisam de vivência em competições internacionais e multiesportivas", disse Marco La Porta, vice-presidente do COB.

Isaquias Queiroz, da canoagem, foi um dos medalhistas olímpicos que deu brilho à delegação brasileira na Bolívia. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br
"A avaliação é extremamente positiva. A delegação cumpriu com os objetivos definidos com muito êxito"
Marco La Porta, chefe de missão brasileira

Raio-x do evento

O Brasil teve representantes em Cochabamba em 35 modalidades: atletismo, badminton, boliche, boxe, canoagem, ciclismo BMX, ciclismo estrada, ciclismo MTB, ciclismo pista, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica trampolim, golfe, handebol, hipismo saltos, hóquei sobre grama, judô, karatê, levantamento de pesos, maratona aquática, nado artístico, natação, patinação artística, pentatlo moderno, remo, rúgbi, saltos ornamentais, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela e wrestling.

Por decisão conjunta do COB com as Confederações, o país não teve representantes no basquete, basquete 3x3, esqui aquático, futebol, futsal, patinação velocidade, pelota vasca, polo aquático, raquetebol, squash, vôlei, vôlei de praia e tênis.

Os XI Jogos Sul-Americanos contaram com 4.030 atletas de 14 países em disputas de 48 modalidades em 43 instalações esportivas. A próxima edição será em Assunção, no Paraguai, em 2022.

Confira as vagas conquistadas para Lima 2019 em Cochabamba:

Boliche: Equipe masculina (2 vagas)
Handebol: Equipe feminina (15 vagas) e Equipe masculina (15 vagas)
Karatê: 7 vagas
Lutas: 3 vagas
Pentatlo moderno: 2 vagas
Rúgbi: Equipe feminina (12 vagas)
Tiro Esportivo: 2 vagas
Triatlo: Revezamento (4 vagas)

 

Galeria de fotos dos Jogos Sul-Americanos. Imagens disponíveis para download (uso editorial gratuito)

Jogos Sul-Americanos Cochabamba 2018

 

Rededoesporte.gov.br, com informações do Comitê Olímpico do Brasil