Ginástica rítmica fecha participação com oito ouros e três pratas

Dança, encanto e técnica. Além da suavidade de movimentos e de apresentações que parecem arte para a plateia, a equipe brasileira de ginástica rítmica mostrou muita competência com arcos, bolas, maças e fitas nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia.

No encerramento da participação da seleção, o saldo foi de 11 medalhas: oito de ouro e três de prata. O destaque nas disputas individuais foi a experiente Natália Gaudio, responsável por quatro ouros nas cinco provas de que participou, entre elas a individual geral, no último dia de competição da modalidade, em que acumulou 63.25 pontos.

Natália Gaudio somou quatro ouros na competição. Foto: Cochabamba2018.bo

A jovem Bárbara Domingos também fez bonito. Levou ouro em uma das provas por aparelhos, a bola, e mais três pratas: arco, fita e individual geral, prova em que somou 57.80 pontos. Lina Orozco, da Colômbia, ficou com o bronze em um total de 50.1 pontos.

No primeiro dia das competições, Natália Gaudio teve o único vacilo na competição, na prova de bola. Um quarto lugar que serviu para que ela transformasse o tropeço em força mental. "Eu comecei muito bem. Conquistei o ouro no arco e terminei a classificação da bola em primeiro, mas na final tive um imprevisto. A primeira colocada na classificatória seria a primeira a se apresentar, aí não tive tempo nem para respirar. Cometi uma falha, o que baixou a nota e terminei em quarto. Mas acho que isso motiva a gente a chegar no outro dia e fazer melhor. Dá garra. Cheguei na triste por ter ido mal, mas não desanimei. Voltei com mais força ainda", disse.

A garra da atleta repercute além do esporte. Natália é estudante de Direito e empresária da marca que leva seu nome, especializada em artigos para ginástica rítmica. As aulas na faculdade são de manhã e os treinos, à tarde. A atleta de 25 anos está há 19 na ginástica rítmica. "Eu fazia balé, mas aos seis anos, quando vi as meninas com fitas e bolas, me encantei pelos movimentos", conta.

A classificação da modalidade para os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, será pelo Pré-Pan da modalidade, também em Lima. Para garantir vaga para o Brasil, é preciso que as atletas estejam entre os cinco primeiros países na competição.

Conjunto brasileiro em ação: ouro. Foto: cochabamba2018.bo

Conjunto de ouro

Nas provas de conjunto, o Brasil foi ouro na final de cinco arcos e na final de três bolas e duas cordas. A equipe é composta por Gabriela Paixão Ribeiro, Gabrielle Moraes da Silva, Jessica Sayonara Maier, Nicole Pircio Nunes Duarte, Deborah Medrado Barbosa e Alanis Popper Cassaniga Avila.

Cristiane Rosa, de Cochabamba, na Bolívia - rededoesporte.gov.br