Brasil alcança quatro finais olímpicas no primeiro dia da ginástica

O Brasil conseguiu a classificação para quatro finais olímpicas no primeiro dia de disputas de ginástica artística masculina no Centro de Ginástica Ariake, em Tóquio. Arthur Zanetti, que luta para tentar se tornar o primeiro ginasta do mundo a conquistar medalhas nas argolas em três edições consecutivas da Olimpíada, foi para a final do aparelho na quinta colocação, com 14,900, atrás do grego Elefhterios Petrounias (15.333), do chinês Liu Yang (15.300), do francês Samir Ait Said (15.066) e do turco Ibrahim Colak (14.933). “Estamos felizes. Toda a equipe competiu bem”, disse o medalhista olímpico.

Francisco Barretto Júnior foi um dos mais regulares na equipe na disputa do individual geral. Foto: Ricardo Bufolin/CBG

“A saída é um momento chave, é o que define no final, muitas vezes. Acabei dando um puxão para trás. Erros acontecem, faz parte. Agora é treinar. Este ano ainda tem Mundial, e a próxima Olimpíada é daqui a três anos. Estamos aqui para aprender e estar melhor amanhã e ainda melhor depois de amanhã”

Arthur Nory, campeão mundial na barra e bronze olímpico no solo

Na disputa por equipes, a tática de apostar em preservar Arthur Nory para os aparelhos em que ele é especialistas esbarrou num dia em que campeão mundial da barra e medalhista de bronze no solo não esteve em seu melhor dia. Ele cometeu erros na barra e sofreuuma queda no solo. Com isso, o Brasil ficou em nono lugar, fora do grupo dos oito melhores que fazem a final.

“A saída é um momento chave, é o que define no final, muitas vezes. Acabei dando um puxão para trás. Erros acontecem, faz parte. Agora é treinar. Este ano ainda tem Mundial, e a próxima Olimpíada é daqui a três anos. Estamos aqui para aprender e estar melhor amanhã e ainda melhor depois de amanhã”, disse Nory.

Caio Souza foi o 18º no individual geral, com a nota 84.298, o que o coloca entre os 24 melhores generalistas do mundo, os finalistas. O ginasta também conseguiu vaga na final do salto – sua média foi 14.700, o que lhe deu a sétima colocação. “Passamos por muita coisa na pandemia. Treinos em casa, depois tive a sorte de participar da Missão Europa. Posteriormente o ginásio abria, fechava. Por isso, ao fim de tudo isso, tenho o sentimento do dever cumprido”, disse o ginasta, que foi finalista no salto no Mundial de Doha-2018.

O experiente Francisco Barretto contribuiu para os resultados do Brasil na disputa por equipes e somou mais de 80 pontos (80.699), apresentando regularidade.

100% integrados
Os sete integrantes da seleção de ginástica artística em Tóquio fazem parte do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. Seis deles pertencem à categoria Pódio, a principal do programa, voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades. No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a ginástica artística recebeu do Governo Federal investimento direto de R$ 7 milhões via Bolsa Atleta, recursos que propiciaram a concessão de 256 bolsas.

Promissor

O jovem Diogo Soares teve excelente performance. Com a personalidade de quem prata na barra fixa e bronze no individual geral nos Jogos Olímpicos da Juventude, foi o primeiro ginasta brasileiro a iniciar as séries em vários aparelhos. Não sofreu quedas e cravou várias saídas. O resultado é que somou 81.332 – 24ª posição no individual geral. Como há limite de dois ginastas por país na final, conseguiu uma vaga.

“Esta é a minha terceira competição adulta. Não tenho como explicar o que estou sentindo. Este sempre foi o meu sonho. Treinei bastante para isso, tentei fazer minhas séries, aparelho por aparelho. O resultado é consequência de tudo”, afirmou o ginasta piracicabano.

Rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Ginástica