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Beltrame pedirá ajuda ao Ministério da Defesa na operação do Rio 2016
O secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, confirmou, nesta quarta-feira (1.6), que solicitará ao Ministério de Defesa ajuda na operação dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O pedido será feito oficialmente até a semana que vem e, segundo Beltrame, tem como objetivo liberar a Polícia Militar para “cuidar da cidade, do cidadão, das ruas e dos índices de criminalidade”. O foco da solicitação serão as vias expressas da cidade, para que não haja necessidade de policiamento extra.
"Nós não pedimos ao governo federal homens. Vamos entregar um pedido com relação a áreas. Por exemplo: a avenida Brasil. Vamos dar a extensão e eles determinam quantos homens e os equipamentos. É um planejamento deles. Estamos ultimando com a PM e com o próprio Ministério da Justiça as áreas que vamos passar”, explicou Beltrame, após a trigésima reunião da Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016 (COESRIO2016), fórum que reúne mais de 20 instituições federais, estaduais e municipais.
Protocolos
Na mesma reunião, foram validados os protocolos operacionais integrados. São documentos que contêm o detalhamento de cada operação, determinando as atribuições das entidades. O trabalho de Segurança e Defesa dos Jogos envolverá mais de 85 mil profissionais, dos três níveis de governo.
Os protocolos relacionam-se a vistorias e contramedidas de bombas e explosivos; segurança das cerimônias; comunicação social; coordenação, comunicação e comando; credenciamento, defesa civil; segurança de dignatários, atletas e medalhas; operações especiais; segurança dos portos; proteção às marcas e enfrentamento ao terrorismo.
“Tudo aqui aquilo que permeia a operação de segurança dos Jogos está pronto, documentado, validado pelo comando das instituições e construído de maneira conjunta e integrada. O Brasil mais uma vez dá uma demonstração de maturidade no planejamento de segurança de grandes eventos e cumpre mais uma etapa importante do processo”, disse Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (Sesge-MJ).
José Mariano Beltrame acrescentou que o legado físico que fica para o Rio Janeiro, como a aquisição de novos equipamentos e veículos, começou a virar realidade em 2007, com a realização dos Jogos Pan-Americanos. Mas ele considera que o legado intangível é o maior ganho para a segurança.
“É o legado da integração, que é uma coisa difícil na segurança pública. Ninguém no país tem a construção destes protocolos. Qualquer evento grande, ou de menor monta, que você quiser fazer e precisar do conceito de forças integradas o Rio de Janeiro vai ter os protocolos”, disse. O próprio Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), edifício construído para a Copa de 2014, já é um das principais heranças dos megaeventos para o Rio.
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br