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02/06/2020 17h48

Olimpíadas de Inverno

Aos 40 anos, Edson Bindilatti segue na preparação para seus quintos Jogos Olímpicos de Inverno

Piloto de bobsled treina atualmente no estacionamento do condomínio onde mora em Camamu, cidade localizada 200 quilômetros ao sul de Salvador

O piloto da equipe brasileira de bobsled em quatro Jogos Olímpicos de Inverno, Edson Bindilatti, conversou nesta segunda-feira (01.06) com fãs e contou um pouco de sua vida de atleta, entre o calor de Camamu, cidade localizada 200 quilômetros ao sul de Salvador (BA), e o gelo das competições na neve. Aos 40 anos, o atleta segue em atividade e vem adaptando seus treinamentos no estacionamento do condomínio onde mora rumo a sua quinta participação olímpica, em Pequim 2022.

Edson Bindilatti foi o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, na Coreia do Sul. Foto: Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br

"Vamos tentar irmos fortes para a quinta Olimpíada. A ideia é ir com condições de fazer um resultado expressivo, histórico. Se eu chegar próximo e achar que não tenho condições físicas, não vou tirar a vaga de ninguém. Vou ajudar quem tenha mais condições de disputar os Jogos Olímpicos", afirmou Bindilatti, que apontou o jovem Marley Linhares como seu sucessor no comando do trenó brasileiro.

Edson Bindilatti iniciou sua carreira esportiva no atletismo, tendo conquistado títulos brasileiros, sul-americanos e até ibero-americano no decatlo. Em 2000, descobriu o bobsled e passou a se dedicar à modalidade. Disputou quatro edições de Jogos Olímpicos – Salt Lake City 2002, Turim 2006, Sochi 2014 e Pyeongchang 2018 –, tendo sido porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno de 2018.

"Fiquei muito feliz com essa homenagem do COB. A maioria dos atletas treinam pensando em chegar nos Jogos Olímpicos. Ser convidado para porta-bandeira me fez ver que todo o esforço valeu a pena. Foi uma emoção muito grande", relembrou o baiano de Camamu.

Um dos pioneiros do esporte de inverno no Brasil, Bindilatti contou que só começou no esporte após ver o filme Jamaica Abaixo de Zero, inspirado na história da equipe jamaicana que participou dos Jogos Olímpicos de Inverno de Calgary 1988. O carinho do público demonstrado aos jamaicanos no filme é o mesmo que os brasileiros recebem.

"A gente faz bastante sucesso. Os países que sediam os Jogos sempre tratam a gente muito bem. Brasileiro é querido em qualquer lugar. Na Rússia (Nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014), bateram muitas palmas pra gente antes da descida. Aquilo entrou em nós, nos motivou tanto que acabamos fazendo o melhor tempo de push de todos," recordou Edson Bindatti.

Edson Bindilatti espera que a pandemia do coronavírus o permita retornar em breve para a base brasileira em Lake Placid (EUA) em novembro, para o início da preparação visando o Campeonato Mundial que ocorrerá na cidade em fevereiro de 2021. Para chegar a sua quinta participação olímpica, o piloto terá que dirigir o time para ficar entre os 30 melhores do mundo.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil