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Canoagem

30/09/2018 11h25

CANOAGEM SLALOM

Ana Sátila fica em sexto lugar na canoa (C1) no Mundial de Canoagem Slalom

Medalha de ouro ficou com a australiana Jessica Fox, o segundo dela no torneio do Rio

A medalha brasileira ainda não veio no Mundial de Canoagem Slalom no Rio de Janeiro. Entretanto, Ana Sátila mostrou mais uma vez que o talento, habilidade e técnica apurada a garantem entre as melhores do mundo. Com apenas 22 anos, ela mostrou neste domingo (30.09) que tem condições de elevar ainda mais o nível técnico da canoagem slalom brasileira. Depois de ter ficado em nono na prova de caiaque (K1), no sábado (29), a mineira de Iturama terminou em sexto na prova da canoa (C1), com 117s41. A australiana Jessica Fox reinou no Rio e garantiu o segundo ouro, com 109s07. Ela venceu também no K1 feminino.

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Foto: Breno Barros/Rededosporte.gov.br

Sátila é o principal nome da canoagem slalom do Brasil. De promessa como atleta mais jovem da delegação nacional nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a atleta se tornou referência nacional no ciclo de Tóquio 2020. No Canal Olímpico de Deodoro, Ana Sátila não conseguiu repetir o resultado do último Mundial, quando ficou com a medalha de bronze na C1 no evento disputado na França, mas mostrou regularidade no cenário internacional.

Na final deste domingo, ela fez uma descida com dificuldade. Na semifinal, teve quatro penalizações que somaram oito segundos, quando fez o terceiro melhor tempo. Lenta no início da descida final, passou a nona porta com quatro segundos atrás das adversárias, mas o cuidado não surtiu efeito. Na porta 16 teve uma penalidade que acrescentou dois segundos à sua descida, encerrando a participação com 117s41, se tornando a sexta melhor do mundo em 2018.  

A medalha de prata ficou com a britânica Mallory Frankin. Ela cruzou a linha de chegada com 113s85. O bronze foi conquistado por Tereza Fiserova, da República Tcheca, com o tempo de 116s74.

A constância de bons resultados internacionais de Ana Sátila é resultado de uma combinação de esforços, como bolsas para os canoístas, contratação de treinadores estrangeiros nos últimos anos, participação nos melhores campeonatos e ter à disposição dois circuitos de padrão internacional como base para treinamento da seleção permanente: o Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu, e o Parque Radical, em Deodoro. Instalações que integram a Rede Nacional de Treinamento.

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Foto: Breno Barros/Rededoesporte.gov.br

Trajetória 

A história dela com a canoagem slalom começou em Primavera do Leste (MT), quando tinha nove anos. Aos poucos, a performance dentro d'água chamou a atenção dos técnicos. Em 2012, mudou-se para Foz do Iguaçu para ingressar na seleção permanente que treinava no Canal de Itaipu. Em poucos meses, teve a primeira experiência olímpica, durante os Jogos de Londres 2012.

A experiência de Londres foi o divisor de águas. O esporte virou profissão. No ano de 2013, Ana Sátila foi medalha de bronze no Mundial Júnior em Liptovsky Mikulas, na Eslováquia, pela categoria C1 Feminino. No ano seguinte mostrou porque era considerada uma promessa e faturou a medalha de ouro no Mundial Júnior realizado em Penrith, na Austrália.

Em 2015, passou a disputar o Mundial Sub-23. Durante o evento em casa garantiu uma medalha de prata em Foz do Iguaçu. Em Toronto, nos Jogos Pan-americanos de 2015, ouro e prata pelo C1 e K1 feminino. Para finalizar a temporada: bronze no C1 feminino na primeira etapa da Copa do Mundo de Canoagem Slalom, na República Tcheca.

Em 2017, obteve o bronze no Mundial na prova do C1 e o ouro na K1 Extremo Cross, na França. Na temporada 2018, esteve entre as melhores em quatro etapas da Copa do Mundo. Na primeira, na Eslováquia, foi prata no K1 Extremo Cross, prova não olímpica. Na Polônia, faturou o bronze no C1 Feminino e, na Alemanha, foi ouro K1 Extremo Cross e bronze no C1. Além disso, foi ouro no K1 Extremo Cross no Mundial Sub-23, disputado em julho, na Itália.

No início do ano, Ana Sátila passou um período de quatro meses de treinos no Rio de Janeiro. Hospedada com a seleção na região da Barra, a jovem fez a parte técnica e tática nas corredeiras do Canal de Deodoro e a parte física na academia do Time Brasil no Centro Aquático Maria Lenk, no Parque Olímpico da Barra.

Breno Barros, do Rio de Janeiro – rededoesporte.gov.br