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Canoagem

29/09/2018 16h46

CANOAGEM SLALOM

Ana Sátila avança no C1 e Pepê Gonçalves é eliminado na semifinal do K1

Brasileira chega à final com o terceiro melhor tempo e briga por medalha na manhã deste domingo (30)

Foi um sábado especial para a brasileira Ana Sátila. Depois de ter se tornado a melhor canoísta das Américas com o nono lugar no caiaque (K1), a mineira de Iturama marcou o terceiro melhor tempo do dia na prova da canoa (C1) e garantiu vaga na final deste domingo (30) no Campeonato Mundial de Canoagem Slalom, no Rio de Janeiro. Já na semifinal do K1 masculino, Pepê Gonçalves não fez uma boa descida e ficou de fora da final, terminando em 27 lugar.

Ana Sátila garantiu uma vaga na final da canoa (C1) com o terceiro melhor tempo do mundial, mesmo sofrendo quatro penalidades na descida. Ela cruzou a linha de chegada em 117s98. A britânica Bethan Forrow passou em primeiro, com 114s20, e a australiana Jessica Fox em segundo, com 116s55. A final está programada para às 10h deste domingo (30).

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Foto: Breno Barros/Rededoesporte.gov.br

"Eu sempre sonho com uma medalha. É sempre importante ter esse pensamento para não perder o foco nos objetivos. Vou continuar sonhando com o primeiro lugar. Eu queria ter ido melhor sem as penalidades [foram quatro] e fazer uma descida limpa. Agora é esquecer essa prova e amanhã entrar na água com força total porque o sonho de qualquer atleta é vencer em casa, principalmente no legado Olímpico do Rio de Janeiro, que tem muita história para contar. Esse mundial já considero uma vitória, porque já disputei uma final no K1 e mais uma vez consegui ficar entre as 10 melhores do mundo no C1", analisou Ana Sátila.

As primeiras remadas de Ana Sátila foram no caiaque K1. Nos últimos dois anos, ela ganhou destaque na canoa (C1), na melhor prova dela. No mundial de 2017, na França, ela conquistou a medalha de bronze e espera repetir no Rio. “Há dois anos comecei a participar das provas do C1, que é uma modalidade mais técnica do que a da K1. Nela, usar muita força não resolve muito, tem que ter muito treino e tempo de água para conseguir andar bem. Quero repetir o desempenho de 2017 e garantir mais um pódio”, revelou Ana.

Foto: Breno Barros/Rededoesporte.gov.br

No masculino, Pepê não avançou na prova do caiaque (K1) masculino. Ele cruzou a linha de chegada com 97s14. Os 10 primeiros tempos vão à final. Pepê teve problema no início da prova, na segunda porta, quando levou uma penalidade de 2s. O melhor tempo do dia foi registrado pelo suíço Martin Dougoud. Com uma descida limpa, ele marcou 96s27. Pepê disputa ainda a corrida radical do K1 Extremo Cross, a partir das 13h30, deste domingo (30).

Melhor das Américas

No período da manhã, Ana Sátila ficou de fora do pódio da prova de caiaque (K1). A canoísta foi a única atleta dos continentes americanos na final. O nono lugar geral foi histórico para o Brasil. Ela tocou três balizas e deixou de passar uma porta. As punições somaram 56 segundos, encerrando a participação com tempo de 162s99. Se o Mundial fosse classificatório para os Jogos de Tóquio 2020, ela estaria garantida na prova.

A medalha de ourou ficou com a australiana Jessica Fox, com o tempo de 102s06. A britânica Mallory Franklin garantiu a prata (104s34) e a alemã Ricarda Funk o bronze (105s32).  

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Foto: Breno Barros/Rededoesporte.gov.br

“Estava me sentindo muito bem e concentrada no início da pista. Essa foi uma experiência única na minha carreira esportiva depois dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. As Olimpíadas foram uma decepção para mim porque existia uma expectativa muito grande por estar em segundo lugar no ranking mundial, além da pressão da família e dos amigos que me abalaram bastante. Hoje, chegar aqui, em Deodoro, e disputar uma final e garantir um resultado entre as 10 melhores do mundo é realmente inédito. Queria a medalha, mas infelizmente não deu. Vou continuar batalhando cada dia ainda mais forte para que esse pódio chegue logo”, disse Ana Sátila.

Mesmo sem a medalha no pescoço, o desempenho no Rio de Janeiro mostra evolução e gerou confiança para a jovem buscar a vaga olímpica no próximo mundial, que será disputado em 2019 na Espanha.

“Ela estava bem focada, aquecida e preparada para entrar na final, mas a última descida é um jogo que a gente não sabe como vai terminar. Não conseguimos medalhas, mas ela está entre as 10 melhores do mundo do caiaque feminino, que nem é a prova principal dela. Agora é seguir o trabalho e se preparar para o próximo desafio na canoa feminina [C1]”, ressaltou o técnico Cássio Petry.

 Programação deste domingo (30):

10h - Final do C1 feminino (Ana Sátila)
13h30 em diante - Oitavas, quartas, semis e final do K1 Extremo masculino e feminino (Ana Sátila, Omira Maria, Pepê Gonçalves e Fábio Rodrigues)

Breno Barros, do Rio de Janeiro – rededoesporte.gov.br