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Natacao paralímpica

25/04/2016 02h21

Evento-teste

Com acessibilidade aprovada, climatização é o desafio do estádio aquático

Brasil terminou o Open de Natação Paralímpica com 66 medalhas, sendo 30 de ouro, 23 de prata e 13 de bronze

Assim como no evento-teste da natação olímpica, os nadadores e as equipes de trabalho apontaram o calor como principal adversário no Open de Natação paralímpica, realizado nos últimos dias no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, no Parque Olímpico da Barra.

"Dentro da piscina está maravilhoso, mas nas instalações internas falta um pouco na questão da climatização, ar condicionado. Isso aqui vira um forno nos horários de pico (13h e 14h e 17h), principalmente nos banheiros", afirmou Camille Rodrigues.

Como a nadadora, outros ressaltaram a beleza e qualidade da piscina, e emendavam na  questão da temperatura. "Esse é um dos maiores estádios que vi para os Jogos. É amplo e com acessibilidade. Só gostaria que tivesse mais ventilação. Está muito calor", disse o jornalista mexicano Lester Guantanamera.

Em relação aos fluxos e à acessibilidade, o super medalhista paralímpico Clodoaldo Silva disse que não tem dúvidas de que os quesitos estão aprovados. Só deixou claro que o desafio do país e da cidade olímpica transcende os Jogos. "Não tenho o que reclamar. Mas não é aqui que me preocupa ou no Parque Olímpico. O que me preocupa é a cidade do Rio de Janeiro, o estado. A dificuldade é você sair de um lugar distante e chegar até aqui".


Já o multicampeão Daniel Dias fez questão de ressaltar o privilégio de se competir no Rio. "A piscina de soltura está espetacular. Ainda mais com essa vista que a gente tem aqui e o pessoal não tem lá fora. Eles já sentiram a torcida. Brasileiro vibra mesmo e vai ser muito legal", animou-se.

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, minimizou as preocupações dizendo que em setembro a cidade estará com temperatura mais amena." Os atletas expressaram satisfação. Há uma preocupação com o calor, e muitos perguntando se setembro estará mais fresco, mas a avaliação foi muito positiva", disse.

O Brasil tem direito a 32 vagas nas Paralimpíadas. Todos os medalhistas de ouro e prata do Mundial de Glasgow, no ano passado, já estão dentro. A partir do evento-teste, começou a contar o critério do CPB: o índice A (referente ao 3º tempo do mundo em 2015) e o índice B (6º tempo do mundo em 2015). Os atletas têm chances de atingir as marcas em duas etapas do nacional, em junho e julho, além de competições internacionais. Após essas competições, a equipe será confirmada.

Domingo

A cereja do bolo foi guardada para o domingo (24.04) no Open Internacional de Natação, realizado no Estádio Aquático. Foram as provas de 50 metros livre das classes S5 e S10. Na primeira categoria, Daniel Dias ficou com o ouro tendo marcado 33s22. Na S10, André Brasil chegou em primeiro com 23"51. Colado em André, Phelipe Rodrigues ficou com a prata.

Durante essas duas provas, a torcida estava animada. "A gente sabia que podia ter uma torcida grande por ser domingo, mas, mesmo assim, foi surpreendente. Quando entrei na prova, estava lotado. A gente fica feliz sendo evento-teste. Imagina nas Paralimpíadas?", disse Daniel.

O Brasil terminou a competição com 66 medalhas, sendo 30 de ouro, 23 de prata e 13 de bronze. O Open contou com a presença de 212 atletas de 19 países. Confira as medalhas de domingo:

Ouro
- Andre Brasil, nos 50m livre S10
- Daniel Dias, nos 50m livre S5
- Felipe Souza, nos 100m peito SB9

Prata
- Camille Rodrigues, nos 400m livre S9
- Roberto Alcalde, nos 100m peito SB5
- Phelipe Rodrigues, nos 50m livre S10
- Lucas Mozela, nos 100m peito SB9

Bronze
- Victor Nogueira, nos 400m livre S9
- Carlos Alberto Maciel, nos 100m peito SB8
- Arthur Pereira, nos 100m peito SB9
- Marcio Santos, nos 100m peito SB11
- Adriano Lima, nos 100m peito SB5
- Ronystony Cordeiro, nos 50m peito SB3

Andrea Lopes - Brasil2016.gov.br