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03/08/2021 12h53

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Abner Teixeira se despede com bronze e Bia Ferreira garante mais uma medalha no boxe

Brasileiro perdeu a semifinal dos pesados para cubano e encerrou a participação no torneio. Beatriz venceu nas quartas e já tem pelo menos o bronze certo

Abner fez boa luta contra o cubano Julio César La Cruz, tetracampeão mundial, mas acabou superado e ficou com o bronze. Foto: Breno Barros/ rededoesporte.gov.br

O boxe brasileiro conquistou três medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Duas delas ainda não têm cor. Mas uma tomou forma nesta terça-feira (03.08), na Kokugikan Arena, com Abner Teixeira. Ele encarou um difícil adversário na semifinal dos pesados: o cubano Julio César La Cruz, tetracampeão mundial e atual campeão olímpico. Abner até foi para cima do cubano e tentou se impor, mas a experiência do oponente falou mais alto e o brasileiro acabou derrotado por decisão dos juízes.

Como no boxe olímpico não há definição do terceiro lugar – os dois atletas que perdem a semifinal ganham medalha de bronze, Abner garantiu o bronze para o Brasil. “É a realização de um sonho, medalhista olímpico não é todo dia que alguém pode falar isso. Estou orgulhoso de mim mesmo”, disse Abner após a luta.

Para ele, a participação olímpica foi uma experiência incrível e o boxe brasileiro mostrou sua força. “A gente mostrou que tá pronto para qualquer coisa. O Brasil é uma potência e vão ter que engolir a gente”.

Bia Ferreira passou com autoridade pelas quartas de final. Foto: Breno Barros/ rededoesporte.gov.br

Bia na semi

Quem também já garantiu uma medalha foi Beatriz Oliveira, a Bia. Ela enfrentou Raykhona Kodirova, do Uzbequistão, nas quartas de final dos pesos leve e não teve dificuldades para avançar: venceu por decisão unânime dos árbitros. Bia lutou tão bem que, para quem estava de fora, pareceu que foi fácil. O segredo? Concentração e diversão. “Eu estava concentrada, mas estava me divertindo o tempo todo. Eu e minha equipe estudamos a adversária e a gente conseguiu ter sucesso no jogo que a gente escolheu”.

Bia agora vai enfrentar na semifinal a finlandesa Mira Potkonen. A luta está marcada para a quinta-feira (05.08), a partir das 2h15, horário do Brasil. Mesmo com a medalha de bronze já garantida, Bia quer ir além: “A minha meta é ouvir o hino, no alto do pódio”. Outro motivo para conquistar o ouro é que a final da categoria está marcada para o domingo, Dia dos Pais no Brasil. E Beatriz já prepara um presente especial para o pai, Raimundo de Oliveira Ferreira, o Sergipe, ex-pugilista e treinador da filha. “Vai rolar um presente. O iene tá muito caro, então uma medalha olímpica acho que paga”, brincou Bia.

Boxe - Jogos Olímpicos de Tóquio

Derrota nas quartas

Outro brasileiro que lutou nesta terça na Kokugikan Arena foi Wanderson de Oliveira. Assim como Abner, ele também encarou um complicado adversário cubano. Neste caso, em luta válida pelas quartas de final dos pesos leve, o oponente foi Andy Cruz. O brasileiro perdeu em decisão dos juízes, mas saiu satisfeito com a participação nas Olimpíadas.

“Estou orgulhoso de estar participando das Olimpíadas e chegar aonde eu cheguei. Se o atleta se dedicar, se empenhar bastante, ele chega, sim. E, se tiver foco, conquista tudo o que quer”, disse o boxeador, nascido no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e que começou a lutar boxe em um projeto social.

Na próxima quinta (05.08), além da luta de Beatriz Ferreira, outro brasileiro vai brigar por um lugar na final de sua categoria. O baiano Hebert Conceição enfrenta o russo Gleb Bakshi na semifinal dos médios, em luta marcada para as 3h18 (de Brasília). Se perder, Hebert fica com a medalha de bronze.

Mateus Baeta, de Tóquio, no Japão – rededoesporte.gov.br