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Geral

29/10/2020 08h51

Tóquio 2021

A 300 dias dos Jogos Paralímpicos, Brasil tem vagas garantidas em 14 modalidades

Comitê Paralímpico Brasileiro aproveitou a data para fazer uma radiografia dos atletas nacionais que mais conquistaram medalhas na história
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Fotos: CPB

O Brasil chega à marca de 300 dias para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, que foram adiados para 2021 em função da pandemia da Covid-19, com vaga garantida para o megaevento em 14 modalidades: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, hipismo, futebol de 5, goalball (feminino e masculino), natação, remo, parataekwondo, tiro esportivo, tiro com arco, tênis de mesa e vôlei sentado (feminino e masculino).

A cerimônia de abertura está agendada para o dia 24 de agosto de 2021 e a estimativa é de que 230 atletas representem o Brasil, com cerca de 150 homens e 80 mulheres. O número só será inferior ao registrado em 2016 quando, por ser o anfitrião do evento, o país teve chance de inscrever 290 atletas.

Daniel Dias no topo 

O Brasil encerrou a última edição dos Jogos Paralímpicos, no Rio de Janeiro, em oitavo lugar e consagrou o maior nadador paralímpico masculino do mundo, Daniel Dias. Ao longo da participação brasileira em Jogos, outros multimedalhistas se destacaram e alguns continuam na briga por medalhas na capital japonesa.

De acordo com levantamento do departamento de Ciências do Esporte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), das 301 medalhas vencidas pelo Brasil na principal competição do esporte paralímpico, 113 (ou 37,5%) pertencem a 10 atletas, entre alguns já aposentados e outros ainda em atividade.

Maior referência atual da natação brasileira paralímpica, Daniel Dias (classe S5) é o atleta com mais pódios na história do Brasil, com 24 medalhas em três edições dos Jogos, sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. Apenas em Londres 2012, quando foi porta-bandeira da delegação, foram seis ouros nas seis provas individuais disputadas, o que também fez o nadador ser o atleta do país com maior quantidade de "pódios dourados".

A natação também conta com outros dois grandes nomes que marcaram época enquanto estavam em atividade. Os já aposentados André Brasil (S10) e Clodoaldo Silva (S5) são o segundo e terceiro maiores medalhistas do país em Jogos, respectivamente. Já o pernambucano Phelipe Rodrigues (S10) acumula sete medalhas, cinco de prata e duas de bronze, sendo um dos destaques da natação atual na busca por aumentar a coleção de pódios paralímpicos.

Ele e Daniel Dias são os únicos atletas, entre os 10 principais medalhistas do país na história dos Jogos, ainda em atividade. Em Tóquio, o Brasil pode ganhar novos nomes neste ranking. Os velocistas Felipe Gomes, com seis medalhas entre os Jogos de Londres 2012 e Rio 2016, sendo duas de ouro, três pratas e um bronze, e Lucas Prado, com três ouros e duas pratas, são alguns dos atletas com chances de conseguir, assim como o judoca Antônio Tenório, que acumula seis medalhas (quatro ouros, uma prata e um bronze) em Jogos.

Grupo dos "garimpeiros"

O Brasil também conta com atletas de outras modalidades que, apesar de não figurarem entre os 10 maiores do país na história dos Jogos, se destacam pelas conquistas de medalhas de ouro e, com isso, se tornaram referência no Movimento Paralímpico.

O judoca Antônio Tenório, com quatro ouros entre Atlanta 1996 e Pequim 2008, foi primeiro brasileiro a conquistar o primeiro lugar no pódio em uma modalidade diferente do atletismo e da natação. Também conquistou um bronze em Londres 2012 e uma prata no Rio 2016.

Com o mesmo número de medalhas douradas, Dirceu Pinto se destacou na bocha pela classe BC4, para atletas cadeirantes que não recebem assistência durante as partidas, ao ser campeão nas provas individuais e de duplas em Pequim 2008 e Londres 2012. No Rio 2016, voltou a subir ao pódio ao obter a prata nas duplas mistas. O atleta faleceu neste ano, vítima de problemas cardíacos.

Já o Futebol de 5, praticado por atletas deficientes visuais, colocou cinco jogadores na lista dos principais medalhistas de ouro. São eles: Damião Robson, Fábio Vasconcelos (ex-goleiro e atual técnico da Seleção), Jefinho, Ricardinho e Marquinhos. O Brasil é dono dos quatro ouros paralímpicos da história da modalidade, que começou a ser disputada em Atenas, 2004.

Por tipo de deficiência

Em relação aos tipos de deficiência, os atletas brasileiros com deficiência física são maioria nos pódios, com mais da metade (65%) das medalhas conquistadas pelo país na história dos Jogos Paralímpicos. Na sequência aparecem os deficientes visuais (34%).

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)