Remo

História

No Brasil, o remo adaptado data da década de 1980, quando foi iniciado um programa de reabilitação no Rio de Janeiro para pessoas com deficiências. Mas foi apenas em 2001 que a Federação Internacional de Remo (Fisa) solicitou formalmente a inclusão da modalidade nos Jogos Paraolímpicos que seriam realizados dali a sete anos, em Pequim-2008. O Brasil possui apenas uma medalha na modalidade, de prata, conquistada em Pequim-2008.

O primeiro Mundial, em 2002, foi realizado na Espanha e contou com a participação de sete países. Naquele ano, foi assinado um protocolo em que as nações se comprometiam a desenvolver a modalidade. Dois anos depois, o Mundial teve 24 países representados.

CPB/DivulgaçãoCom provas em um percurso de 1.000 m, o remo adaptado recebe essa nomenclatura por ter alterações nos barcos para conferir segurança aos atletas com deficiências. Nas embarcações, podem competir uma, duas ou quatro pessoas, com diferentes tipos de limitação. A divisão por classes é feita de acordo com o membro utilizado pelo competidor para a propulsão.

Classificação

Membro utilizado para propulsão da embarcação

A1+
Somente braços. Barco single skiff, com assento fixo e encosto

TA 2x
Troncos e braços. Barco double skiff, com tripulação mista e assento fixo

LTA 4+
Pernas, tronco e braços. Barco four skiff, com timoneiro e tripulação mista (dois homens e duas mulheres). Assento deslizante

Curiosidades

Das tragédias ao pódio
Bronze em Londres-2012, a dupla dos Estados Unidos Oksana Masters e Rob Jones é conhecida como Team Bad Company (time má companhia). Os parceiros conquistaram a primeira medalha norte-americana na categoria TaMix2x ao completarem o percurso em 4:05.56. Mas o mais impressionante é a história de cada um antes de chegar ao remo adaptado.

Nascida na Ucrânia, Oksana Masters ainda estava no ventre da mãe quando ocorreu um vazamento nuclear em sua cidade, Khmelnytskyi, pouco depois do famoso acidente de Chernobyl. Em virtude da radiação, a garota, hoje com 24 anos, nasceu com diversas deficiências nas pernas, nos pés e nas mãos, e foi mandada para um orfanato.

Ainda criança, precisou ter as duas pernas amputadas. Em um segundo orfanato, chegou a sofrer violência e abusos, antes de ser adotada, aos sete anos, por uma mãe solteira norte-americana. O remo entrou na vida de Oksana aos treze anos, rendendo a ela notabilidade na mídia estrangeira e até um ensaio seminu. Em 2010, a atleta quebrou um recorde mundial durante uma competição em Boston.

Dividindo o barco com Oksana há outra história surpreendente. Em 2010, Rob Jones servia a marinha americana no Afeganistão, quando foi atingido por uma explosão. Com o acidente, precisou ter as duas pernas amputadas acima dos joelhos. A dupla foi formada menos de um ano antes dos Jogos Paraolímpicos de 2012 e chegou a pedir ajuda a amigos e à comunidade para irem a Londres, onde conquistaram o inédito pódio.

Acesse também

 

Confederação Brasileira de Remo (CBR)
Site:
 www.remobrasil.com
Federação Internacional de Remo (FISA): www.worldrowing.com

 

 

 

medalhas

OuroPrataBronzeTotal
0 0 1 1

A única medalha brasileira no remo em Jogos Paraolímpicos foi o bronze conquistado por Elton Santana e Josiene Lima. A dupla mista subiu ao pódio na edição de Pequim-2008 após completarem a prova com o tempo de 4min28seg36.