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15/09/2016 19h09

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS

Inovação como qualidade de vida

Seminário mostra como tecnologias assistivas permitem incluir socialmente pessoas com deficiência

Inclusão, igualdade de direitos, desempenho esportivo. As tecnologias assistivas para pessoas com deficiência foram assunto de seminário nesta quinta-feira (15) na Casa Brasil, em que foram apresentados equipamentos como cadeiras de rodas e próteses inovadoras e discutidas ações e políticas públicas, com presença de autoridades e representantes de associações não governamentais. No evento também foi lançada a cartilha "Olimpíadas da diversidade, direitos humanos e sem discriminação", elaborada pelo Ministério da Justiça e Cidadania.

Foto: Rafael Azeredo / Casa Brasil

A mesma tecnologia que permite atletas paralímpicos executarem os movimentos esportivos é presente na rotina de quem não é atleta e de quem não tem limitações, como exemplifica a secretária especial de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Rosinha da Adefal. Ela explica que a vida diária de cada um é facilitada pela tecnologia.

"As tecnologias assistivas não são só para competição. Ajudam a minimizar os obstáculos que enfrentamos", declarou.

Foram exibidos equipamentos como uma cadeira de rodas controlada pelo movimento dos olhos. "O grande desafio é fazer com que os equipamentos sejam produzidos em massa e com custo acessível", disse Rosinha da Adefal.

Os debatedores fizeram questão de frisar que a tecnologia, no caso das pessoas com deficiência, é uma ferramenta de qualidade de vida ao permitir superar limites que a própria deficiência impõe. "Temos responsabilidade enorme. As pessoas com deficiência dão provas diuturnas de como ampliar o limite do possível", afirmou o secretário executivo do ministério, José Levi Mello do Amaral Júnior.

Cego, o judoca Willians Araújo, medalhista de prata nos Jogos Paralímpicos do Rio, exemplificou como a tecnologia assistiva pode facilitar atividades corriqueiras para a maioria das pessoas, mas nem sempre acessíveis a quem tem necessidades especiais.

"Eu vim de uma época em que, infelizmente, não tínhamos muito acesso a essas tecnologias. Eu tive telefones com que eu não tinha tanta facilidade como hoje. Acho que o Brasil evoluiu bastante quanto a isso", comentou.

Em palestra seguinte ao painel de abertura, o coordenador-geral de Acessibilidade da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Rodrigo Machado, apresentou os aspectos sociais da acessibilidade para a inclusão da pessoa com deficiência. "Todos somos beneficiários da acessibilidade, mas alguns dependem dela", apontou, demonstrando que atividades como empurrar um carrinho de bebê ou carregar uma mala de viagem podem ser facilitadas ou dificultadas de acordo com as condições oferecidas.

Equipe Casa Brasil