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Casa Brasil
Feira de produtos típicos chega ao último dia da Casa Brasil
A exposição de produtos da agricultura familiar e sustentável de diversas regiões do país está fazendo sucesso na Casa Brasil. A Feira dos Povos e da Biodiversidade, em seu segundo e último dia, foi mais uma das atrações da casa, levando aos visitantes parte das nossas cores e sabores.
A pedagoga Eluiza Barreto ressaltou que a Casa Brasil está perfeita em termos de representatividade do país. "A parte do folclore está muito interessante porque conta a historia do nosso povo. A casa está tão bonita, tão interessante que não tem ponto negativo", exaltou. No entanto, Eluiza ressalta que a história e cultura ainda podem ser acessadas pela internet, o que não é possível em relação aos produtos e a feira veio suprir esse contato mais direto com os sabores do país. "Na feira, já comprei geléia de mangaba, amendoim com melado, café, estou começando agora, com certeza a bolsa vai encher até o final", complementou animada.
A geléia de mangaba, um dos produtos encontrados na bolsa da Eluiza, atravessou parte do país para chegar ao Rio de Janeiro. Está exposta no estande da Associação das Catadoras de Mangaba do Povoado Manuel Dias, do estado de Sergipe. A presidente da associação, Karina Alves, destacou outros produtos que estão sendo comercializados. "Estamos apresentando aqui, biscoito, geléia, bala, trufas e compotas, tudo de mangaba, uma fruta típica do cerrado e que se parece com o cajá, é azedinha", indicou. Ela ressaltou ainda que a associação reúne cerca de 50 mulheres do povoado em torno dos produtos fabricados a partir da mangaba.
Outro estande disputado na feira é o da Associação dos Produtores Agroindustriais do Estado do Rio de Janeiro (Aprorio). O apicultor Dalton Gripp, que comercializa mel e pão de mel, ressaltou a importância da feira para os produtores. "É uma oportunidade de demonstrar nosso trabalho e conversar diretamente com o consumidor e isso é fantástico", comemorou. Ele falou ainda sobre negócios fechados a partir das feiras. "Várias vendas que temos hoje foram constituídas dentro de algumas feiras onde temos possibilidade de mostrar o produto. Às vezes os comerciantes ficam observando como os consumidores veem o nosso produto e depois chegam até nós e fazem suas propostas, muitas vezes fechamos boas vendas", destacou.
Por fim, demonstrando a diversidade do nosso país e dos nossos produtos, o indígena Kaingang, Zico Ribeiro, apontou os diversos produtos produzidos pela sua comunidade na Terra Indígena Guarita no Rio Grande do Sul. Ele apresentou um produto muito específico de sua comunidade. "O pixé é um milho tradicional crioulo, que é cultivado há gerações por nossas famílias indígenas e que é usado como uma comida energética usada pelos guerreiros Kaingang, para suas atividades de caça e de luta", indicou. O pixé tem aparência de uma farinha e, segundo Zico é utilizada para produzir bolos, comer com carne, doces. "É um suplemento energético mesmo", finalizou.
Equipe Casa Brasil