Legado de alto rendimento
Novos equipamentos, novos profissionais e mais estrutura para o esporte brasileiro
Um dos legados mais importantes dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos de 2016 diz respeito aos reflexos que esses eventos terão no desenvolvimento do esporte no Brasil. Desde 2010, por meio de convênios firmados com confederações, clubes e outras entidades esportivas, o Ministério do Esporte tem repassado recursos significativos, que são aplicados na compra de equipamentos de primeira linha, na contratação de equipes multidisciplinares, na reforma de instalações esportivas e em projetos que beneficiam jovens atletas que sonham com um futuro promissor. Os convênios do Ministério do Esporte já somam cerca de R$ 300 milhões, valor que aumentará consideravelmente até os Jogos de 2016.
Os recursos, que vão contemplar 26 instituições, fazem parte de planejamento mais focado para os esportes olímpicos, instituído em 2010, ano posterior ao da eleição do Rio de Janeiro para sede dos Jogos de 2016.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por exemplo, fechou um convênio de R$ 39 milhões para a preparação de suas seleções permanentes de 16 modalidades. O basquete e o vôlei vêm a seguir, com R$ 24 milhões cada um.
A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e a Liga Nacional de Basquete (LNB) apresentaram propostas relacionadas à preparação de seleções principais e de atletas sub-19. Também está incluída a compra de equipamentos para ginásios de 19 clubes de 16 municípios que recebem jogos do campeonato nacional (Novo Basquete Brasil – NBB), e para outros dez espalhados pelo país: dois na Região Sul, dois na Sudeste, dois na Centro-Oeste, um na Norte e três na Nordeste.
No caso da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), os recursos aprovados também serão aplicados na preparação de seleções, da categoria infantil à principal, assim como na realização de campeonatos brasileiros, em suas duas modalidades – quadra e praia.
O judô, de muita tradição na conquista de medalhas olímpicas para o país, terá mais de R$ 10 milhões, propostos basicamente para uma segunda fase de desenvolvimento do esporte nos estados, formação de equipes de base e preparação de categorias juvenis, além de contratação de técnicos para a seleção principal.
Confederações que, ao contrário, farão sua estreia no programa olímpico do Rio 2016, caso do golfe e do rúgbi, também tiveram projetos aprovados. O golfe terá cerca de R$ 3,1 milhões e o rúgbi, R$ 8,4 milhões, para contratação de equipes técnicas, formação de seleções com apoio a atletas e compra de materiais.
Em relação aos clubes formadores de atletas, o Pinheiros, de São Paulo, terá cerca de R$ 6,5 milhões para modernização de ginásio poliesportivo e da piscina olímpica, para atletas de alta performance, e também em formação de natação, vôlei, basquete e handebol, além da compra de equipamentos para 15 modalidades olímpicas. O Grêmio Náutico União, do Rio Grande do Sul, outro exemplo importante, terá em torno de R$ 4 milhões para serem aplicados em judô, remo, ginástica e esgrima.
Mas há também quantias para projetos menores, como o proposto pela Federação de Tênis de Mesa do Rio de Janeiro, para compra de equipamentos e benefício a atletas olímpicos e paraolímpicos, de cerca de R$ 150 mil.
As 26 instituições com projetos aprovados são: Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Liga Nacional de Basquete (LNB), Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDN), Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), Confederação Brasileira de Esgrima (CBE), Confederação Brasileira de Ginástica (CBGin), Confederação Brasileira de Golfe (CBG), Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu), Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM), Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), Confeder ação Brasileira de Tiro com Arco (CBTA), Federação de Tênis de Mesa do Rio de Janeiro (FTMRJ), Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Esporte Clube Pinheiros (SP), Tijuca Tênis Clube (RJ), Minas Tênis Clube (MG), Sogipa (RS), Grêmio Náutico União (RS), UniLaSale (RS) e Sesi-SC.