Sinuosa, a ladeira de calçamento de pedra serpenteia, até virar um beco estreito e, por fim, desemboca em uma pracinha. Por onde a vista alcança, as igrejas exibem seus campanários e, quando a noite cai, o casario de portas e janelas coloridas reflete a meia-luz dos postes de antigamente. Assim é Diamantina, pitoresca cidade mineira que, acostumada ao título de relíquia do tempo, viu passar, nesta terça-feira (10.05), por suas ruas seculares, um símbolo ainda mais antigo: a chama olímpica acesa na Grécia, em 21 de abril. Depois de percorrer Bocaiúva e Couto de Magalhães de Minas – e antes de chegar a Curvelo –, a tocha dos Jogos Rio 2016 e a cidade se cruzaram, em um encontro emocionante na terra de Chica da Silva e Juscelino Kubitscheck.
E se tem uma característica que mineiro se orgulha é a hospitalidade. Em Diamantina, isso era ainda mais latente com a presença das pessoas nas ruelas estreitas e calçadas de pedras irregulares. Ao receber a chama como visitante na própria casa, a cidade lembrou um dos seus dias de Carnaval ou de suas festas religiosas, onde a presença de gente circulando e festejando por todo o centro histórico é maciça. "Se você vai receber uma visita, tem que receber bem. E é assim que a gente tem que acolher essa passagem da tocha, de forma hospitaleira", já avisava a professora aposentada Salete Maria Souza Azevedo.
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