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Berlim-1936

Havelange e duas delegações

A delegação que competiu na Alemanha tinha um integrante que, nas décadas seguintes, se tornaria uma das personalidades mais importantes do mundo no cenário político do esporte: Jean Marie Faustin Godefroi d Havelange ou, simplesmente, João Havelange. O futuro presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) nadou a prova dos 1.500m livre.

A preparação da delegação nacional para os Jogos de 1936 foi marcada por uma disputa interna entre as duas principais entidades esportivas da época: o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Sem acordo, cada uma formou seu time e duas delegações foram enviadas para competir na Alemanha. Obviamente, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não gostou nada da história e decidiu intervir: todos os atletas brasileiros tiveram que se unir em uma só delegação.

Perto do pódio
Apesar de constar nas modalidades em disputa nos Jogos de St. Louis-1904, foi apenas em Berlim que o basquete retornou às Olimpíadas e passou a valer medalhas. O Brasil enviou seu time, que terminou em nono lugar. O torneio teve os Estados Unidos como vencedor, seguido de Canadá e México.

Em Berlim, o Brasil não conquistou medalhas, mas alguns de seus atletas se destacaram, terminando em quinto lugar: Sylvio de Magalhães Padilha, no atletismo (400m com barreira); José Salvador Trindade, no tiro (carabina individual 50m); e Piedade Coutinho, na natação (400m nado livre). O resultado de Piedade foi tão expressivo para a natação feminina brasileira que só seria repetido 68 anos depois, com Joanna Maranhão, nos Jogos de Atenas-2004, nos 400m medley. As companheiras de Piedade Coutinho em Berlim foram Maria Lenk, sua irmã Sieglind Lenk, Scylla Venâncio, Helena de Moraes Salles e Hilda von Puttkammer.

Classificação por total de medalhas

* Nenhum atleta da delegação brasileira subiu ao pódio nesta edição