Você está aqui: Página Inicial / Notícias / WTT de Macau tem premiação milionária, regras novas e dois brasileiros na disputa

Tenis de mesa

23/11/2020 14h25

Tênis de mesa

WTT de Macau tem premiação milionária, regras novas e dois brasileiros na disputa

Hugo Calderano e Gustavo Tsuboi disputam torneio que experimenta novidades que serão aposta da Federação Internacional para próximas temporadas

Em uma temporada atípica, chegou a hora do último desafio internacional. Na noite desta terça-feira (24.11), no horário de Brasília (manhã de quarta-feira no horário local), terá início o WTT de Macau, na Região Autônoma da China. Com a presença dos brasileiros Hugo Calderano, sexto do ranking mundial, e Gustavo Tsuboi, 44° da lista, será o evento derradeiro do Restart, a “bolha” do tênis de mesa que marcou a retomada das competições internacionais. Mais do que isso, é uma aposta da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) para os próximos anos. Os jogos terão transmissão ao vivo pela ITTF TV (tv.ittf.com). Os horários ainda não foram divulgados.

Nesse novo torneio em Macau, Calderano passará por disputa entre os quatro principais cabeças de chave para ver qual o posicionamento de cada um deles nas quartas de final do torneio. Foto: ITTF

“A competição é disputada logo depois da Copa do Mundo e do ITTF Finals, sem tempo para adaptar-se ao novo formato. De qualquer jeito, nesse momento, temos que aceitar que as referências usuais não existem mais"
Jean-René Mounie, técnico de Hugo Calderano

O torneio tem como grande atrativo a premiação. Somente para participar, os atletas já recebem uma bolsa de 15 mil dólares (mais de R$ 80 mil reais no câmbio atual). Um atleta pode acumular até 90 mil dólares em prêmios se for o campeão, o que significa R$ 482 mil no câmbio atual.

Para chegar ao título, os 16 atletas terão trajetórias diferentes. Os quatro primeiros cabeças de chave vão se enfrentar em um grupo separado. Hugo Calderano, número 4 nesta lista, encara o chinês Xu Xin, número 1 do grupo e segundo do ranking mundial. A colocação neste grupo de quatro atletas definirá o posicionamento desses mesa-tenistas já nas quartas de final.

Enquanto isso, oito atletas – entre eles, Tsuboi – se enfrentam num outro grupo, em jogos eliminatórios, que serão definidos por sorteio. Os vencedores passam desta fase e encaram os ranqueados entre as posições 5 a 8, nas oitavas de final. Os novos ganhadores, finalmente, passam para as quartas de final, contra os quatro cabeças de chave. A partir daí o torneio segue as regras normais de chaveamento, com vencedores passando para a semifinal e, em caso de novo triunfo, decidindo o título.

Regras inovadoras

Mudanças também serão vistas no formato dos confrontos. O grupo dos cabeças de chave terá cinco sets e o vencedor será o atleta que fizer oito pontos primeiro. Não há necessidade de um atleta abrir dois pontos de vantagem em caso de empate em 7 a 7, sendo vencedor aquele que fizer o oitavo ponto, em "morte súbita".

No grupo que define os classificados para as oitavas e nas duas fases seguintes, a regra será diferente. Os jogos terão cinco sets de 11 pontos, com o mesa-tenista que fizer o 11° ponto primeiro vencendo automaticamente nos quatro primeiros sets. Caso a partida vá para quinto set, desempate, é preciso que um dos dois atletas abra dois pontos.

Já nas semifinais, serão sete sets de 11 pontos cada, com o atleta que fizer o 11° ponto primeiro vencendo automaticamente nos seis primeiros sets e necessidade de abrir dois pontos em caso de set desempate. Na final, nova mudança. A partida terá nove sets de 11 pontos. Novamente, o mesa-tenista que fizer 11 vence nos oito primeiros sets e há a necessidade de abrir dois pontos em caso de set desempate.

Diante de tantas mudanças, o técnico do brasileiro e consultor técnico da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Jean-René Mounié, acredita que o torneio serve muito mais como uma possibilidade de enfrentar alguns dos melhores atletas do mundo, já que o torneio não conta pontos no ranking:

“A competição é disputada logo depois da Copa do Mundo e do ITTF Finals, sem tempo para adaptar-se. De qualquer jeito, nesse momento, temos que aceitar que as referências usuais não existem mais. Sobre o Hugo, foi muito bom ver o nível dele no ITTF Finals. Ele chegou na China e jogou a Copa do Mundo sem possibilidade de treinar o suficiente. Conseguir propor esse nível foi ótimo e espero que ele tenha a capacidade de adaptar-se a essas novas condições aqui em Macau. De qualquer forma, é bem positivo ter pelo menos dois ou três jogos contra top 5 do mundo nesta semana”.

Fonte: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa