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Geral

04/08/2018 11h59

BUENOS AIRES 2018

Vanderlei Cordeiro de Lima destaca a importância da chama olímpica e relembra a abertura do Rio 2016

Medalhista olímpico brasileiro foi o responsável por acender a pira no Maracanã, momento considerado o de maior glória em sua carreira

"O fogo simboliza esse espírito vivo dos Jogos Olímpicos. É algo que marca as pessoas, que mobiliza em torno de um único sentimento: o do Olimpismo. É um momento que marcará a vida das pessoas que tenham a oportunidade de vivê-lo", disse Vanderlei Cordeiro de Lima, na prévia do início do tour da tocha dos Jogos Olímpicos da Juventude, que percorrerá 17 cidades da Argentina.

Diante da proximidade da terceira edição dos Jogos da Juventude, entre os dias 6 e 18 de outubro, Vanderlei afirmou que a chama sagrada deixará uma marca gravada em todo o povo argentino. "Os argentinos terão a grande oportunidade de vivenciar o espírito olímpico e de sentir em seus corações aquela intensa vibração", afirmou o brasileiro, que completará 49 anos no próximo dia 11.

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Vanderlei sobe com a chama em direção à pira olímpica, no Maracanã. Foto: COI/Divulgação

Em Atenas 2004, Vanderlei liderava a prova da maratona, e estava se encaminhando para a medalha de ouro. A seis quilômetros do final, algo inesperado aconteceu. Um ex-padre irlandês, Cornelius Horan, pulou as cercas e o atacou, interrompendo seu ritmo e o puxando para fora da corrida por um minuto.

"Não tenho muitas lembranças nem detalhes. O que eu me lembro é de sair dessa situação e voltar à corrida acreditando que ainda era possível alcançar um grande resultado. Quando cheguei ao estádio e tinha ganhado a medalha de bronze, o episódio que tinha acontecido já não passava pela minha cabeça. A conquista da medalha foi tão intensa que eliminou da minha memória o que aconteceu", contou.

Apesar de ter continuado na prova, Vanderlei foi superado pelo italiano Stefano Baldini e pelo norte-americano Mebrahtom Keflezighi. Mesmo assim, seu espírito olímpico o impulsionou a cruzar a linha de chegada em terceiro lugar, em uma das imagens mais emocionantes da história dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.

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O brasileiro comemorou a conquista da medalha de bronze. Foto: COI/Divulgação

"A grande lembrança que tenho de Atenas é a entrada no estádio sendo aplaudido, ovacionado. O momento mais feliz da minha vida e da minha carreira", relembrou. O campeão pan-americano dos Jogos de Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003 ganhou a medalha Pierre de Coubertain, a maior honra que um atleta olímpico pode receber.

Doze anos depois, Vanderlei Cordeiro de Lima teve um novo reconhecimento ao ser escolhido para acender a pira olímpica dos Jogos do Rio 2016, no Estádio Maracanã. "Participar da abertura dos Jogos foi um momento que marcou a minha vida e a minha carreira. Acender a pira olímpica, no seu país, e ainda mais do jeito que aconteceu... eu não esperava por isso", disse.

"Foi uma grande honra, a maior glória que tive. Foi algo que realmente me impactou e que traz muitas lembranças do passado, da minha carreira, e de saber quanto valeu a pena batalhar, persistir e alimentar esse sonho por tanto tempo, por tantos anos, para um dia concretizá-lo. A consequência de tudo isso foi acender a pira olímpica", contou.

Fonte: Comitê Organizador Buenos Aires 2018