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Geral

28/03/2016 16h33

Aviação Civil

Aeroporto Santos Dumont vai operar nas madrugadas durante as Olimpíadas

Aviação comercial vai operar das 6h às 23h59. Aviação executiva e táxis-aéreos poderão operar também das 22h30 às 5h59. Medida permite fluxo extra de 70 mil passageiros em 21 dias

Atualizada às 23h58

O Aeroporto Santos Dumont vai funcionar em horário estendido no período de maior movimentação aérea no Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos, de 3 a 23 de agosto: a aviação comercial vai operar das 6h às 23h59 e a a aviação executiva e os táxis-aéreos poderão operar também na madrugada, das 22h30 até as 5h59. Terminado este período, o aeroporto voltará a funcionar em seu horário normal, das 6h às 23h, com os últimos voos marcados para 22h30.

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Com a ampliação do horário, a estimativa é de que haja 214 movimentos a mais de chegadas e partidas de aeronaves. Foto: SAC/Divulgação

Com a ampliação do horário, o Santos Dumont poderá movimentar 70 mil passageiros a mais. São 214 movimentos diários (chegadas e partidas) a mais de aeronaves. Em 21 dias de operação, a estimativa é que um total de 4,5 mil pousos e decolagens extras sejam realizados no terminal.

Além de reduzir possíveis impactos meteorológicos nas operações, a ampliação do horário vai proporcionar maior capacidade operacional para atender à grande movimentação aérea que a Olimpíada trará ao Rio, e facilitará a mobilidade urbana dos passageiros, uma vez que o terminal se localiza no centro da cidade. A medida também ajuda a compensar a suspensão dos voos durante as competições de vela na Baía de Guanabara, de 8 a 18 de agosto, entre 12h40 e 17h10.

A ampliação diminuirá ainda o impacto sobre o Galeão, o aeroporto internacional de referência dos Jogos, permitindo que as chegadas e partidas dos passageiros sejam mais equilibradas, o que reduz o risco de atrasos, especialmente devido à alta demanda de passageiros como se prevê durante um evento de grande atração.

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As informações foram divulgadas na tarde desta segunda-feira (28.03) pelo secretário-executivo da Secretaria de Aviação, Guilherme Ramalho, no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro. Além de anunciar a ampliação do funcionamento do Santos Dumont, ele detalhou a operação aérea dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Secretário Executivo da SAC, Guilherme Ramalho detalhou a operação aérea nos Jogos Olímpicos. Foto: SAC/Divulgação

Logística superlativa

Mais de 1 milhão de atletas, delegações e turistas circularão pelos aeroportos cariocas e 4,7 milhões de volumes de bagagem serão processados ao longo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O megaevento vai trazer ao Brasil delegações de 206 países e mais de 100 chefes de Estado. Trinta e nove aeroportos estarão envolvidos na operação especial do setor, todos nas cidades-sede ou a até 200 km delas.

A Secretaria de Aviação estima que 4 mil são atletas paralímpicos, reforçando o desafio da acessibilidade nos aeroportos. Em torno de 2.200 controladores de voo já receberam treinamento específico para o evento e mais de 1 mil vagas extras serão criadas nos pátios dos terminais para estacionamento de aeronaves no período.

Cerca de mil voluntários participam do atendimento ao público nos aeroportos. A estimativa é que somente no dia da abertura do evento (5 de agosto), os aeroportos do Rio registrem entre 900 e 1.000 movimentos de aeronaves executivas.

Infográfico - Operação Aérea

 

Trabalho integrado

A conversa com os jornalistas foi realizada na Sala Máster do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, local-chave na execução do planejamento do setor aéreo, segundo o secretário. A sala funcionou durante a Copa do Mundo e será ativada 24h por dia de 20 de julho a 24 de setembro de 2016, para atender o período dos Jogos. Nela trabalham em conjunto representantes de 20 órgãos e empresas aéreas, incluindo a Polícia Federal, a Receita Federal e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea),organização da Aeronáutica que está em contato direto com as autoridades aeroportuárias.

"A experiência que o Brasil e nossas instituições ganharam realizando grandes eventos não pode ser desprezada. Isso deriva de um planejamento integrado dos órgãos do setor na Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero). A troca rápida de informações entre os órgãos é o segredo para o sucesso", avaliou Ramalho.



Entrega marcada

Na manhã desta segunda, Guilherme Ramalho visitou as obras de expansão do Galeão, que têm investimentos da ordem de R$ 2 bilhões. Operado desde 2014 pela concessionária RIOGaleão, o aeroporto ganhará novo píer, com mais de 100 mil m² de área e 26 novas pontes de embarque. O terminal 2 foi totalmente modernizado e o pátio de aeronaves teve ampliação de 50 para 97 posições de estacionamento. Sessenta e oito balcões de check in se somarão aos atuais 227, assim como 2.700 novas vagas de estacionamento elevarão o total para sete mil. Além disso, a área comercial passou de 4.000 m² para 21.500 m², e a imigração contará com 12 novos balcões. Com tudo isso, a capacidade será ampliada de 17,3  para 37,5 milhões de passageiros/ano. Ramalho informou que a conclusão dos trabalhos já tem data.

“Saio muito encorajado e muito feliz com o que vi.  A entrega da obra está marcada para o dia 10 de maio. É um novo aeroporto, com condições excelentes de infraestrutura, e não só para as Olimpíadas. O Rio de Janeiro vai se consolidar ainda mais como um dos principais destinos turísticos internacionais”, disse.

"Revolução silenciosa"

Na sequência, o secretário executivo da Aviação visitou o Aeroporto Santos Dumont, que também passou por intervenções. Como parte do investimento da Infraero de R$ 81 milhões, foi feita a demolição e reconstrução dos 75,3 mil metros quadrados do pátio de aeronaves, incluindo um novo sistema de drenagem e a aplicação de um pavimento mais resistente. O Santos Dumont agora tem 22 posições de embarque: oito assistidas por pontes e 14 remotas. O terminal ganhou também uma nova área para restaurantes e lojas.

O "novo aeroporto" vai além do terminal. O Prodigy Hotel e o Bossa Nova Mall  funcionam como uma extensão do Santos Dumont. O hotel conta com 290 apartamentos, além de lobby bar, restaurantes, piscina, centro de convenções e estacionamento.Para Guilherme Ramalho, o local sofreu uma "revolução silenciosa" e reforça a capacidade do Rio de Janeiro para receber bem turistas e delegados nos Jogos Rio 2016.

"Do ponto de vista dos aeroportos, os preparativos estão praticamente finalizados. As obras no Santos Dumont estão concluídas, e no Galeão estão na fase final. As salas de controle estão operacionais, os órgãos trabalham integrados, vários simulados foram feitos. Na Aviação, estamos tranquilos e preparados para os Jogos". afirmou Ramalho.

Check-in e despacho na Vila

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) analisa a concessão de autorização excepcional para realização dos procedimentos de check-in e despacho remotos, diretamente da Vila Olímpica. A experiência foi bem-sucedida na Olimpíada de Londres, em 2012. A proposta do Comitê Rio2016 é estabelecer estações de check-in e despacho de bagagem antecipado na vila. Ainda será necessária a validação e formalização de acordos entre comitê e empresas aéreas, além da análise da Resolução 116 da Anac, que impõe restrições.

brasil2016.gov.br, com informações da Secretaria de Aviação