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Para colecionadores
Rio 2016 lança o álbum de figurinhas oficial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Com 60 páginas e 374 figurinhas, o álbum oficial dos Jogos Rio 2016 foi lançado nesta quarta-feira (25.05), na capital fluminense. O produto estará nas bancas a partir de 3 de junho e custará R$ 6,90. O pacote com cinco cromos será vendido a R$ 1,25. O álbum apresenta o histórico dos Jogos em infográfico, aborda os principais símbolos olímpicos, dá informações dos locais de competição e contempla todos os esportes olímpicos e paralímpicos.
“Foi um trabalho envolvendo o Rio 2016, a Panini (editora), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB). Queríamos algo didático e ao mesmo tempo divertido, então nos preocupamos com a qualidade da informação, das curiosidades. Foi um trabalho que começou há 18 meses”, explicou Sylmara Multini, diretora de Licenciamento, Varejo e Concessões do Rio 2016.
“A ideia é aprender sobre cada atleta, sobre cada modalidade. O objetivo é trazer engajamento. A gente espera que, com o lançamento do álbum, os Jogos Olímpicos comecem de verdade. As crianças vão levar para as escolas, vão começar a falar dos atletas, das modalidades, esse é o objetivo”, completou o presidente da Panini Brasil, José Eduardo Martins. O álbum será vendido só no Brasil e as figurinhas são exclusivas de atletas brasileiros, ainda que ícones internacionais do esporte estejam representados no livro ilustrado.
O ginasta Diego Hypolito disse que fazer parte do álbum é uma honra e que vai achar tempo, entre os treinos, para colecionar as figurinhas. “Eu sou um colecionador, na Copa do Mundo eu tinha dois álbuns. Fazer parte disso me deixa honrado. A criançada vai entender um pouco mais das modalidades, querer achar as que faltam. E virei figurinha repetida!”, brincou Diego Hypolito.
O atleta considera o livro ilustrado uma ferramenta importante para trazer a atenção do público para os Jogos em um contexto de crise político-econômica. “A gente vive um momento complicado. A importância que o esporte tem, a inclusão social, o envolvimento das crianças, tudo isso é o que a gente quer, e acho que o álbum vai ajudar a resgatar o amor aos Jogos Olímpicos”, acrescentou.
O que Diego deseja já está acontecendo com Helena, de 8 anos. Presente na cerimônia de lançamento, ela estava na disputa do “bafo” com outras crianças, quando faturou a figurinha de Natália Gaudio, atleta da ginástica rítmica. Ela não sabia quem era a jovem, mas se encanta com as roupas e os movimentos do esporte. “Adoro natação e ginástica. Não sei o nome dos atletas, mas adoro”, contou. Acostumada a colecionar cromos de princesas da Disney, o próximo álbum será dos Jogos Rio 2016. “Agora vou poder conhecer mais”, acrescentou.
Dividindo espaço
O fato de incluir esportes paralímpicos é considerado uma vitória para Wanderson de Oliveira, meia do futebol de 7, duas vezes eleito o melhor jogador do mundo (2009 e 2013.) “É um momento especial para o esporte paralímpico, poder dividir espaço com o esporte olímpico. As pessoas vão conhecer um pouco mais dos atletas. É gratificante. Antigamente colecionávamos figurinhas dos campeonatos nacionais, e hoje ver a nossa figurinha é maravilhoso. E acho que traz mais torcedores pra gente, que com certeza vamos precisar nos Jogos Paralímpicos”, afirmou.
Ausências
Alguns atletas de destaque em suas modalidades ficaram de fora do álbum, como a nadadora Etiene Medeiros, medalhista de ouro no Pan de Toronto e de prata no Mundial de Kazan, no ano passado, entre outros atletas, como Isaquias Queiroz (canoagem), Ana Marcela Cunha e Allan do Carmo (Maratonas Aquáticas) e Hugo Calderano (tênis de mesa). O presidente da Panini explicou que há limitação de espaço e que nem todos os atletas procurados aceitaram participar do livro ilustrado.
“Temos um limite de quantidade de figurinhas no álbum e nós decidimos retratar todos os esportes. Uma vez definida a quantidade total de figurinhas, tivemos que estabelecer a quantidade por esporte, e depois quais os atletas. Escolhemos com base nas competições, no potencial dos atletas, e fomos conversar com eles. Claro que alguns ficaram de fora. Podemos ter cometido alguma injustiça. Alguns também não aceitaram os valores oferecidos no contrato para ceder a imagem”, disse José Eduardo Martins.
Carol Delmazo,brasil2016.gov.br