Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Quarteto da seleção paralímpica embarca para treino em altitude com foco em Tóquio

Atletismo

16/11/2020 10h04

Atletismo

Quarteto da seleção paralímpica embarca para treino em altitude com foco em Tóquio

Edilene Boaventura, Júlio César Agripino, Yagonny Sousa e Yeltsin Jacques viajaram para a cidade mineira de Senador Amaral ao lado de quatro atletas-guias

Quatro corredores que disputam provas de média e longa distância do atletismo paralímpico vão para Senador Amaral, no sul de Minas Gerais, para um treinamento em altitude como parte da preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. A equipe brasileira embarcou neste domingo, 15.11, e permanecerá por lá por 30 dias. Os quatro atletas são Edilene Boaventura (classe T11, para cegos), Júlio César Agripino (T11), Yagonny Sousa (T46, para amputados de braço) e Yeltsin Jacques (T12, para baixa visão). Além deles, quatro atletas-guias acompanharão o grupo para auxiliar os corredores com deficiência visual. 

Yagonny Sousa é um dos integrantes da equipe: Foto: Daniel Zappe/CPB/Exemplus

O objetivo da experiência é melhorar a performance para a competição no Japão em 2021. Isso porque, ao correr em locais com maior altitude, os atletas sentem mais dificuldades em executar as atividades físicas, pois seu corpo não está adaptado a uma menor concentração de oxigênio no ar. A cidade mineira está a 1.560m acima do nível do mar, cerca de 800 metros mais alto do que São Paulo, onde está localizado o Centro de Treinamento Paralímpico.

“Quando um atleta fica exposto a condições de hipóxia, ou seja, com a pressão parcial de oxigênio reduzida, ocorrem alterações fisiológicas, como aumento da concentração de hemácias e hemoglobina no sangue. Isso provoca uma maior eficiência no transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos e músculos, o que favorece principalmente atletas que participam de provas longas, com maior exigência da capacidade aeróbia na produção de energia”, explicou Fábio Breda, técnico de provas de fundo da Seleção Brasileira de atletismo.

Geralmente, esse tipo de treino ocorria na Colômbia, a mais de 2.600m de altitude. Porém, em função da pandemia de Covid-19 neste ano, a comissão técnica optou por escolher uma cidade em que os atletas pudessem realizar os treinos em altitude e seguir o protocolo de segurança para preservar a saúde de todos envolvidos.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)