Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Primeira medalhista paralímpica brasileira em maratonas treina com foco em Tóquio 2020

Atletismo paralímpico

24/01/2020 12h09

Atletismo

Primeira medalhista paralímpica brasileira em maratonas treina com foco em Tóquio 2020

Medalhista de bronze na Rio 2016, Edneusa Dorta foi vice-campeã mundial em 2019 e conquistou o índice paralímpico em prova disputada em Buenos Aires

O Brasil já garantiu 36 vagas pelo atletismo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. A primeira vaga da modalidade foi conquistada em abril de 2019, no Mundial de Maratonas de Londres. A responsável foi a baiana Edneusa Dorta, vice-campeã na prova. No Mundial de Atletismo de Dubai, em novembro, o país assegurou as outras 35 vagas.

Edneusa Dorta após conquistar o bronze nos Jogos Rio 2016. Meta é subir degraus em Tóquio. Foto: Marcelo Regua/MPIX/CPB

"Foi uma surpresa. Eu e meu técnico não imaginávamos que conseguiria a vaga para o Brasil. Não sei explicar a sensação, foi algo bonito. Fiquei contente por abrir vaga em Tóquio, apesar de não ter atingido meu resultado pessoal, que era a meta", relatou a atleta, que concluiu os 42km em 3h13min17, atrás apenas da japonesa Misato Michisita (3h06min18).

"Como já consegui o índice, estou mais tranquila. Vou me dedicar só para Tóquio. Vou fazer algumas corridas de rua para manter o ritmo"
Edneusa Dorta

A maratonista treinou mais e na prova de Buenos Aires, Argentina, em setembro, atingiu o índice classificatório para os Jogos de Tóquio. Ela terminou em 3h00min48s, nove minutos a menos que a marca qualificatória. Os índices são estabelecidos pelo Departamento Técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) como critério de convocação. Dessa forma, os atletas que fizerem as marcas podem ser selecionados para compor a delegação nacional no Japão.

O volume de treino dos maratonistas é maior. Chegam a correr 170km por semana. "Como já consegui o índice, estou mais tranquila. Vou me dedicar só para Tóquio. Vou fazer algumas corridas de rua para manter o ritmo", comentou Edneusa, natural de Salvador, na Bahia.

A atleta da classe T12 nasceu com baixa visão em função de uma rubéola que adquiriu da mãe ainda na gestação. Começou no atletismo convencional e, em 2012, passou para o esporte paralímpico. Na Rio 2016, durante sua estreia em Jogos Paralímpicos, Edneusa faturou o bronze e tornou-se a primeira medalhista paralímpica brasileira em maratonas.

Além da baiana, Alex Pires (T46) também fez o índice classificatório ao completar a maratona de Málaga, na Espanha, em 2h27min36s. Em fevereiro, mais três brasileiros buscarão índices para Tóquio na maratona de Sevilha, na Espanha. Serão eles: Yeltsin Jacques (T12), Leonardo Amorim (T12) e Edilene Boaventura (T11).

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)