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21/08/2016 20h10

RIO 2016

Phelps, Bolt, Biles, Ledecky, Farah, Murray... Estrelas fazem história nos Jogos Olímpicos do Brasil

Relembre seis superatletas que brilharam intensamente no Rio 2016 e encantaram o mundo

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 não foram históricos apenas por terem marcado a primeira edição do evento na América do Sul ou pelos 19 recordes mundiais e 65 recordes olímpicos quebrados. Na cidade maravilhosa, seis atletas brilharam intensamente e atingiram patamares de excelência impressionantes. Eles levaram o público brasileiro ao delírio, encantaram o mundo com performances superlativas e deixaram o país levando muitos ouros na bagagem, após escreverem seus nomes na galeria dos grandes heróis do olimpismo.

Todos chegaram ao país consagrados. Mas, agora, passados os Jogos Olímpicos, seus currículos estão ainda mais gloriosos. O brasil2016.gov.br acompanhou de perto a trilha das estrelas no megaevento brasileiro e relembra aqui grandes momentos que eles viveram no Rio de Janeiro.

Michael Phelps – Natação

Foto: Getty Images

Quando anunciou sua aposentadoria após os Jogos de Londres 2012, o nadador norte-americano Michael Phelps deixou os fãs do esporte no Brasil tristes. Afinal, o Rio não teria a honra de contar com a maior lenda de todos os tempos nas Olimpíadas.

Foi então que, em 2014, o nadador, que ali já detinha o recorde de medalhas olímpicas dentre todos os esportes, repensou a vida e anunciou os planos de disputar o Rio 2016. Depois de dois anos de treinos intensos e de  expectativa em torno do que ele seria capaz no Brasil, Phelps desembarcou na capital fluminense na madrugada de 2 de agosto. E ao fazer isso, a história passou a ser reescrita.

No dia 7, o norte-americano conquistou o revezamento 4 x 100m livre, seu primeiro ouro no Rio. A partir daí, brilharia muitas vezes. Em 9 de agosto, venceu os 200m borboleta e o revezamento 4 x 200m livre. Dois dias depois, foi o mais rápido nos 200m medley e, no dia 12, ficou com a prata nos 100m borboleta. No dia 13, ele arrebatou a última medalha no Rio, com o ouro no revezamento 4 x 100m medley.

Quem viu Phelps no Brasil testemunhou o fim da carreira olímpica de um superatleta, que deixa os Jogos com 28 medalhas no currículo. Foram 23 ouros, três pratas e dois bronzes, o que faz dele, disparado, o atleta que mais brilhou em todos os esportes e em todos os tempos em Olimpíadas.

Para se ter uma ideia de como Phelps é genial nas piscinas, basta dizer que ele tem mais medalhas douradas do que todas as outras somadas daquela que, depois dele, detém mais pódios olímpicos: a ex-ginasta russa Larisa Latynina, dona de 9 ouros, 5 pratas e 4 bronzes.

Usail Bolt – Atletismo

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Foto: Danilo Borges/brasil2016.gov.br

Seu nome, como o de Phelps, é mais do que um registro de batismo. É uma marca, uma grife internacional de excelência.

O jamaicano Usain Bolt é outra personalidade dourada que marcou o Rio 2016 e que deixará saudades, uma vez que o megaevento no Brasil foi sua última participação olímpica.

Recordista mundial nos 100m, nos 200m e no revezamento 4 x 100m, Bolt protagonizou, na agora histórica pista do Estádio Olímpico (Engenhão), três momentos gloriosos: as vitórias nas três provas citadas acima. Com isso, chegou à sonhada “tríplice coroa” nas provas de velocidade e se tornou o primeiro corredor a conquistar ouro nas três disputas em três edições olímpicas. Por ter feito isso em Jogos consecutivos (Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016), o feito torna-se ainda mais impactante.

Bolt se despede das Olimpíadas sem jamais ter perdido uma prova. Foram nove ouros. No Rio, o raio, que neste domingo completa 30 anos, obteve seu “registro de sócio” para o hall dos maiores nomes do atletismo olímpico, ao lado do meio-fundista finlandês Paavo Nurmi, dono de nove ouros e 3 pratas, e do norte-americano Carl Lewis, com 9 ouros e uma prata.

Simone Biles – Ginástica

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Foto: Getty Images

Aos 19 anos e do alto de seus 1,45m, a norte-americana Simone Biles é uma gigante. No Rio de Janeiro, a ginasta encantou o mundo e reinou absoluta ao conquistar cinco medalhas, quatro delas douradas.

Antes de desembarcar no Brasil para sua primeira experiência olímpica, Biles já era uma veterana em conquistas em Mundiais, com 14 medalhas, 10 delas de ouro. Esse retrospecto a concedia, na chegada, o status de grande estrela da modalidade ao pisar no Rio de Janeiro. Restava à atleta, então, provar a que veio. E ela não decepcionou. A ginasta, que não pôde competir em Londres 2012 por não ter a idade mínima de 16 anos, conquistou o ouro no individual geral, no solo, no salto e na competição por equipes. E ainda levou o bronze na trave.

Queridinha do Brasil, Biles ganhou ainda mais o respeito da torcida nacional ao afirmar que o terceiro lugar na trave foi, na opinião dela própria, injusto e que a medalha deveria ter ido para a brasileira Flávia Saraiva. “Honestamente, pensei que a medalha iria para Flávia. Ela foi tão bem na trave. Achei que ela merecia. A série dela pareceu melhor do que a que eu fiz. Então, esperava ela ganhando a medalha e não eu. Eu vi a série dela e achei ótima”, declarou Simone Biles. A expectativa, agora, é para o que ela pode fazer em Tóquio 2020. Será que ela, ao final da carreira olímpica, conseguirá ameaçar o reinado da maior ginasta olímpica da história e superar os 9 ouros, 5 pratas e 4 bronzes da russa Larisa Latynina? 

Katie Ledecky – Natação

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Foto: Getty Images

Aos 19 anos, mesma idade de Simone Biles, a norte-americana Katie Ledecky vai se lembrar com muito carinho do Rio de Janeiro. Afinal, foi nos Jogos do Brasil que ela chegou (até aqui) ao seu ápice nas piscinas.

Ledecky já havia disputado as Olimpíadas de Londres 2012, onde, aos 15 anos, tornara-se campeã olímpica dos 800m. No ciclo de preparação para o Rio, a nadadora dominou os Campeonatos Mundiais de Barcelona 2013 e Kazan 2015, quando se tornou campeã nos 200m livre (em Zakan) e bicampeã mundial nos 400m livre, 800m livre, 1.500m livre e no revezamento 4 x 100m livre.

Com essas credenciais, Ledecky chegou embalada ao Brasil. E no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, ela se tornou a rainha da piscina. Foram quatro ouros – 200m livre, 400m livre, 800m livre e revezamento 4 x 200m livre – e uma prata, no revezamento 4 x 100m livre.

No Rio, a nadadora fez mais do que arrebatar medalhas douradas. Ela estabeleceu dois recordes mundiais (e por tabela olímpicos), nos 400m livre e nos 800m livre, consagrando-se definitivamente e deixando o planeta à espera do que ela fará nos Jogos de Tóquio, em 2020.

Mo Farah – Atletismo

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Foto: Getty Images

A fama do britânico Mohamed Farah não tem comparação com a de Usain Bolt. A maioria do grande público nem sabe quem ele é. Mas quando seu currículo é apresentado, impossível não respeitá-lo para valer, principalmente depois do que protagonizou no Rio.

Antes dos Jogos no Brasil, Mo Farah, como é mais conhecido, já era campeão olímpico dos 5.000m e 10.000m, ouros conquistados em Londres 2012, além de ser tricampeão mundial nos 5.000m (em Daegu 2011, Moscou 2013 e Pequim 2015) e bicampeão mundial nos 10.000m (foi vice-campeão em 2011 e venceu em 2013 e 2015).

Correndo no Rio, no dia 13 de agosto, no Estádio Olímpico, Farah chegou ao bicampeonato olímpico nos 10.000m de forma impressionante. No meio da prova, ele caiu, sendo ultrapassado pelos rivais. Sem se abater, o britânico voltou à luta, superou um a um os oponentes e cruzou a linha de chegada para conquistar seu primeiro ouro no Brasil.

“Só pensava em ir tão rápido quanto possível e não entrar em pânico. Tinha que ir além e cada vez mais. Eu pensava: ‘não, eu trabalhei muito forte, eu prometi essa medalha à minha filha’, eu ficava pensando que não podia desistir, não podia entrar em pânico. Nunca desisti, apenas tinha que me recuperar”, disse Mo Farah ao fim dos 10.000m. Uma semana depois da queda e do ouro, no dia 20 de agosto, ele voltou ao Engenhão para brilhar nos 5.000m.

Andy Murray – Tênis

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Foto: Getty Images

Se comparado ao suíço Roger Federer, ao espanhol Rafael Nadal e ao sérvio Novak Djokovic, três gênios que dominaram as quadras na última década, o britânico Andy Murray é o tenista que menos vezes brilhou nos Grand Slams. Mas quando assunto são Jogos Olímpicos, ele reina absoluto.

Há quatro anos, na edição de Londres 2012, Andy Murray conquistou o ouro em casa ao derrotar Federer, para delírio dos ingleses. Quatro anos depois, ele chegou ao Rio eclipsado pelo número 1 do mundo Novak Djokovic, apontado como o favorito a ocupar o topo do pódio.

O sérvio, entretanto, foi surpreendido logo na estreia pelo argentino Juan Martin Del Potro, o mesmo que, em Londres 2012, o derrotou na disputa do bronze. Depois disso, Murray e Del Potro trataram de trilhar seus caminhos até a final, com direito ao argentino derrotar mais um concorrente ao ouro na trajetória: Rafael Nadal, que foi campeão olímpico nas duplas no Rio, mas viu o sonho do bicampeonato nos Jogos em simples (ele foi campeão em Pequim 2008) se desfazer diante dos potentes golpes de direita do rival.

Na decisão, jogando na quadra Maria Esther Bueno, Murray venceu Del Potro após quatro horas de partida e chegou ao segundo ouro olímpico. Ao fazer isso, ele escreveu seu nome na história da modalidade ao se tornar o primeiro tenista (no masculino) campeão em duas edições olímpicas.