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Atletismo paralímpico

10/08/2021 15h45

TÓQUIO 2021

Os Jogos Paralímpicos vão começar: saiba mais sobre a delegação brasileira

No Japão, o Brasil pode chegar à centésima medalha de ouro. Contando todas as edições do evento, o país já subiu 87 vezes no lugar mais alto do pódio

Depois de uma espera de cinco anos, os Jogos Paralímpicos de Tóquio, finalmente, vão começar. No próximo dia 24 de agosto, a cerimônia de abertura será realizada no Estádio Nacional do Japão, às 8h (horário de Brasília). Já no dia seguinte, começam as primeiras disputas do evento.

A natação, segunda modalidade com o maior número de representantes, estreia no primeiro dia com grandes nomes da natação nacional e mundial na piscina do Centro Aquático de Tóquio, como o multimedalhista Daniel Dias (classe S5), Carol Santiago (S12) e Phelipe Rodrigues (S10).

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Foto: Alê Cabral/CPB

No dia 24, a seleção masculina de goalball enfrenta a Lituânia, a partir das 21h, pela primeira fase do Grupo A, enquanto a feminina encara os EUA, às 5h30, pelo Grupo D. Todos os horários são de Brasília. Vale destacar que a seleção masculina é a atual bicampeã mundial da modalidade, sendo que a Lituânia é a sua maior rival. A classificação da equipe brasileira para os Jogos Paralímpicos se deu pelos resultados obtidos no Mundial de 2018 em Malmö, na Suécia. O Brasil também enfrentará na fase inicial da competição os Estados Unidos, prata na última edição dos Jogos, o anfitrião Japão, além da campeã africana, a Argélia.

No feminino, o Brasil busca sua primeira medalha paralímpica. Além dos EUA, bronze nos Jogos Rio 2016, a seleção vai ter pela frente a poderosa Turquia, ouro nos Jogos Rio 2016 e vice-campeã mundial, o Japão e o Egito, que foi convidado para o lugar da Argélia, após as campeãs africanas renunciarem à vaga.

A seleção brasileira de futebol de 5 busca o pentacampeonato paralímpico. O Brasil está no grupo A, junto com os donos da casa. A estreia brasileira será no dia 29 de agosto contra a China, atual campeã asiática e uma tradicional adversária do Brasil em Jogos. A França completa o grupo A. No dia 4 de setembro ocorrerá a grande final.

Delegação

A delegação brasileira será composta por 257 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 161 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 432 pessoas. Jamais uma missão brasileira em Jogos Paralímpicos no exterior teve tamanha proporção. Na última edição fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior. O número para a capital japonesa só é superado pela participação nos Jogos Rio 2016, já que o Brasil garantiu vagas em todas as modalidades por ser país-sede e contou com 286 atletas no total, ficando em 8º lugar no ranking de medalhas.

A modalidade com o maior número de atletas será o atletismo, com 65 representantes e 18 atletas-guia. Na última edição do Mundial da modalidade, em 2019, o Brasil alcançou o inédito e histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas.

Em seu Planejamento Estratégico, o CPB estabeleceu como meta se manter entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. Além disso, também foi estabelecida uma meta de participação feminina: 38%. Em Tóquio, a delegação terá 95 atletas mulheres com deficiência, o que representa 40% da equipe nacional, ou seja, nesse quesito, o objetivo foi até superado.

Os Jogos de Tóquio ainda reservam a possibilidade da conquista da centésima medalha dourada paralímpica brasileira. Contando todas as edições, o país já subiu 87 vezes no lugar mais alto do pódio.

Serão atletas de 22 estados e do Distrito Federal em disputas de 20 modalidades. O Brasil só não possui representantes no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas. Atletas nascidos no estado de São Paulo são maioria, com 60 representantes. Os naturais do estado do Rio de Janeiro vêm em seguida, com 25. Não há representantes provenientes de Amapá, Sergipe, Roraima e Tocantins.

Os Jogos de Tóquio também marcam a estreia de duas modalidades, o parabadminton e parataekwondo. Ambas começam na segunda metade dos Jogos. No último dia de competições, 5 de setembro, o Brasil brigará por medalhas nas tradicionais maratonas masculina e feminina.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)