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No mesmo estádio do penta, Brasil conquista o bi olímpico e país chega a sua melhor campanha na história dos Jogos
O Brasil gosta mesmo de Yokohama. Depois de ganhar o pentacampeonato da Copa do Mundo em 2002, a Seleção voltou ao mesmo estádio para conquistar o bi olímpico. A medalha dourada veio com uma boa dose de sofrimento, mas no fim a festa foi verde e amarela no palco dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Com a conquista, o Brasil chega a sete ouros no quadro de medalhas e iguala o recorde estabelecido em 2016. Além disso, o Time Brasil já garantiu a melhor campanha de todos os tempos. Por enquanto são 4 pratas e 8 bronzes, num total de 19 medalhas. Mas, no último dia dos Jogos, o Brasil já tem mais dois pódios garantidos: Bia Ferreira luta a final do boxe e a seleção feminina de vôlei disputa o ouro contra os Estados Unidos. Nos Jogos Rio 2016, foram sete ouros, seis pratas e seis bronzes. Assim, mesmo que o Brasil perca as duas finais, ficaria com sete ouros, seis pratas e oito bronzes, superando o total de medalhas da última edição.
A Seleção abriu o placar no final do primeiro tempo, com Matheus Cunha, mas a Espanha empatou no início da segunda etapa, com Oyarzabal. Antes de partir ir para a prorrogação, o time espanhol acertou duas bolas no travessão do gol defendido pelo brasileiro Santos, dois sustos que por pouco não tiraram o bicampeonato do time do técnico André Jardine.
Logo no início da prorrogação, o treinador apostou em Malcom, que entrou no lugar de Matheus Cunha. E, após um primeiro tempo sem gols, foi justamente Malcom que ganhou na corrida do defensor espanhol e bateu cruzado para fazer o segundo gol brasileiro. A Espanha ainda tinha mais de dez minutos para tentar um novo empate, mas não teve mais forças. Festa dos jogadores brasileiros no gramado do Estádio de Yokohama.
O jogo
A partida começou truncada, com mais faltas que chances de gol. O time espanhol tentava tirar os espaços do Brasil e encaixar um ataque, enquanto o time brasileiro buscava impor seu jogo. Aos 15, a Espanha quase abriu o placar. Oyazarbal escorou de cabeça e Diego Carlos precisou tirar a bola quase em cima da linha. Aos 18, Matheus Cunha chutou com perigo, mas a bola saiu mascada e o goleiro espanhol Unai Simon fez a defesa.
Aos 24, Claudinho abriu para Arana na esquerda. O lateral cruzou para Richarlison, que bateu forte, mas na rede pelo lado de fora. Aos 34, após cobrança de falta, o goleiro espanhol saiu mal e acertou Matheus Cunha na área. O juiz não marcou nada, mas, alertado pelo VAR, reviu o lance e assinalou pênalti. O camisa 10 Richarlison foi para a cobrança, mas isolou a bola por cima do gol.
Aos 45, Daniel Alves acreditou numa bola quase morta e tocou para trás na grande área da Espanha. Matheus Cunha dominou tirando dos zagueiros e bateu forte no canto direito, sem chances para o goleiro. Logo depois, o juiz acabou o primeiro tempo: 1 x 0 Brasil.
Segundo tempo
Antes mesmo da primeira volta no relógio, o Brasil teve boa chance, mas Richarlison não conseguiu acertar o chute. Aos três minutos, a Espanha chegou bem pela esquerda e cruzou, mas a defesa brasileira conseguiu cortar. Logo depois, o Brasil fez ótima jogada, mas o chute de Richarlison acabou batendo no travessão.
Aos 15, a Espanha fez boa jogada pela direita: Soler cruzou e achou Oyazarbal, que mandou de primeira para as redes do Brasil: 1 x 1. No fim do segundo tempo, a Espanha ensaiou uma pressão. Aos 39, Soler fez cruzamento da direita, a bola passou por Santos e bateu no travessão. Quatro minutos depois, mais um susto: Bryan acertou belo chute no travessão. Mas a partida seguiu empatada e foi para a prorrogação.
Tempo extra
Foi só na prorrogação que o técnico Jardine mexeu no time brasileiro pela primeira vez. Ele colocou Malcom no lugar de Matheus Cunha. A substituição surtiu efeito, com o Brasil passando a jogar mais no ataque. O primeiro tempo acabou sem gols e, para a segunda etapa, Jardine tirou Claudinho e colocou Reinier.
Logo aos dois minutos do segundo tempo, Antony fez belo lançamento para Malcom, que ganhou na corrida, dominou e chutou cruzado, de esquerda. A bola ainda bateu no pé do goleiro Unai, mas seguiu mansa para as redes: 2 x 1. Jardine ainda colocou Gabriel Menino e Paulinho no lugar de Antony e Richarlison. O Brasil segurou o placar até o final e terminou fazendo mais uma festa em Yokohama.
Mateus Baeta, de Tóquio, no Japão – rededoesporte.gov.br