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Canoagem

17/10/2016 10h02

Legado

Canoagem Slalom une profissionais e população em Deodoro

Canal olímpico sedia Sul-Americano e Pan-Americano e propicia contato da população com a modalidade

Estádio Olímpico de Canoagem Slalom uniu competição de alto rendimento com lazer no último fim de semana em Deodoro. Fotos: Andre Motta/Brasil2016.gov.br

Em seu primeiro fim de semana de competição oficial após os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, parte do Complexo Esportivo de Deodoro, mostrou por que será importante tanto como legado esportivo como social na região. Além de receber mais de 50 atletas para os campeonatos Sul-Americano e Pan-Americano da modalidade, a instalação foi aberta ao público, que pôde aproveitar a área para se divertir e ter contato direto com o esporte.

"Para a gente é um orgulho praticar esporte no lugar em que ocorreram as Olimpíadas”
Rodrigo Camargo, 13 anos

Os jovens moradores do Rio de Janeiro tiveram a oportunidade não só de nadar em uma área determinada do canal, mas também de assistir aos profissionais competindo e ter contato direto com a modalidade. Após as provas, uma equipe de profissionais ofereceu descidas gratuitas de rafting no canal.

“Adorei. Fiquei um pouco ansioso na descida e pensei que a canoa ia virar, mas depois gostei bastante. Para a gente é um orgulho praticar esporte no lugar em que ocorreram as Olimpíadas”, destacou Rodrigo Camargo, de 13 anos. “Foi muito legal. Hoje vou chegar em casa e falar para a galera vir aqui. É muito bom”, elogiou Carlos Eduardo de Souza, morador da região de 17 anos.

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Jovens praticam rafting no canal olímpico de Deodoro após as provas. Foto: Andre Motta/Brasil2016.gov.br

Elogios de fora

“É vital para Brasil, Chile, Venezuela, Peru e Paraguai manter aberta uma pista de nível olímpico. Com certeza vamos estar aqui para treinar”
Adrián Rossi, técnico da seleção argentina

Além de servir como centro de treinamento para o alto rendimento e de desenvolvimento de jovens talentos, o canal chamou a atenção também das delegações estrangeiras que estiveram em Deodoro. Para eles, o Estádio Olímpico representa uma instalação moderna e mais próxima de casa, com oportunidade de gastar e viajar menos para treinar.

“É vital para Brasil, Chile, Venezuela, Peru e Paraguai manter aberta uma pista deste nível, uma pista de nível olímpico. Com certeza vamos estar aqui para treinar”, afirmou Adrián Rossi, técnico da seleção argentina de canoagem slalom.

“Nossa parceria com o Ministério do Esporte e a Prefeitura do Rio irá transformar esse local numa grande fonte de futuros talentos para o esporte, além de se tornar uma ótima alternativa para equipes do mundo todo que encontram aqui no Rio condições favoráveis de treinamento”, acrescentou João Tomasini, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).

Domínio brasileiro

Na competição, o Brasil demonstrou toda sua força no continente, conquistando 11 ouros nas 12 finais disputadas. Representantes do Brasil no Rio 2016 e acostumados a treinar no canal de Deodoro, Pedro Henrique Gonçalves, o Pepe, e Ana Sátila confirmaram seus favoritismos no K1 masculino e feminino.

Depois de conquistar um inédito sexto lugar na final olímpica do K1 masculino, Pepe voltou a elogiar o canal. “Deodoro é minha casa, é onde quero estar. Aqui me sinto bem e vamos brigar com unhas e dentes para garantir os títulos para o Brasil. Quero levar a canoagem brasileira ao topo mundial e inspirar novos atletas, como essa criançada que está vindo para o piscinão assistir a gente”, disse o canoísta, vencedor da prova com o tempo de 92s30. A prata ficou com o argentino Lucas Rossi, com 98s89, e Guilherme Mapelli, do Brasil, foi bronze com 100s61.

Pan-Americano e Sul-Americano de Canoagem - 16.10.2016

No K1 feminino, Ana Sátila conseguiu superar a frustração após a penalidade que a eliminou dos Jogos Rio 2016 e venceu a prova em 107s27, bem à frente de Maria Luz Cassini, da Argentina, que foi prata com 128s28. Marina Costa completou o pódio com o tempo de 144s14.

“Depois (do Rio 2016), tentei erguer a cabeça e continuar treinando, por que a gente ainda tem várias competições até o fim da temporada. Estou feliz por voltar aqui e conquistar um ouro”, comemorou a brasileira, ouro também no C1 feminino, categoria que estará no programa olímpico em Tóquio 2020. No C2 masculino, os campeões foram Charles Corrêa e Anderson Oliveira.

A única prova não vencida por um brasileiro foi o C1 masculino. O responsável por quebrar a invencibilidade foi o argentino Sebastian Rossi, 16º colocado nos Jogos Rio 2016. Ele aproveitou o conhecimento do canal e superou Charles Corrêa e Felipe Borges, prata e bronze, respectivamente.

Nas demais provas, todas na categoria júnior, o Brasil saiu da água campeão. No C1 Masculino, Denis Quellis levou o primeiro lugar. Omira Estacia, irmã de Ana Sátila, foi a melhor no K1 Feminino. Em 2016 ela ficou em 11o no Mundial Júnior, na Polônia. Já no masculino, Guilherme Rodrigues teve uma descida sem penalidades e ficou em primeiro com folga. Os irmãos Bruno e Arthur Cruz conquistaram a primeira medalha internacional da carreira pelo C2 masculino. Fechando a competição, Beatriz da Motta também garantiu uma medalha dourada no C1 feminino.

Pan-Americano e Sul-Americano de Canoagem - 14.10.2016

Brasil2016.gov.br, com informações da CBCa