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Tenis de mesa

08/02/2021 10h58

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Hugo Calderano acerta com equipe russa para a Champions League 21/22

Brasileiro de 24 anos entra para time de estrelas da elite mundial do tênis de mesa em busca de um título inédito em sua carreira e de mais tempo para se dedicar ao circuito internacional

Hugo Calderano já tem uma nova casa para a próxima temporada: o mesatenista de 24 anos acertou com o Fakel Gazprom Orenburg, da Rússia, para a disputa da Champions League 2021/22. O brasileiro terá a missão de ajudar o clube a conquistar seu sexto título europeu. O time russo é repleto de estrelas do cenário internacional, como o alemão Dimitrij Ovtcharov, campeão europeu, medalhista olímpico e atual número 12 do mundo, além do número sete do mundo, Lin Jun Yu, de China Taipei. Ambos deram as boas vindas a Hugo nas redes sociais do atleta brasileiro assim que ele anunciou o acerto.

Foto: ITTF

O Orenburg é o principal clube do continente nos últimos dez anos: foram oito finais de Champions League disputadas, com cinco troféus levantados (2012, 2013, 2015, 2017 e 2019). Em sua história, a equipe soma ainda nove títulos da Liga Russa (2005, 2006, 2008, 2011, 2012, 2014, 2015, 2018 e 2020), uma Copa da Europa (2010) e uma Supercopa da Europa (2012).

"Essa mudança vai permitir que eu mantenha um calendário mais livre para me dedicar aos treinamentos e a torneios do circuito internacional. Ao mesmo tempo, vai me dar a chance de participar de uma competição de alto nível, como a Champions League, com uma equipe super competitiva"
Hugo Calderano

"Estou muito feliz por me juntar ao Fakel Gazprom Orenburg. Essa mudança vai permitir que eu mantenha um calendário mais livre para me dedicar aos treinamentos e a torneios do circuito internacional. Ao mesmo tempo, vai me dar a chance de participar de uma competição de alto nível, como a Champions League, com uma equipe super competitiva", afirmou o brasileiro.

Hugo havia anunciado que deixaria o Liebherr Ochsenhausen ao fim da atual temporada, a sua sétima pelo clube alemão. Sexto colocado do ranking mundial, o carioca seguirá com a equipe até o fim da Bundesliga, título que levou em 2019 - no mesmo ano, também conquistou a Copa da Alemanha.

O principal fator que motivou a saída de Hugo foi o desejo de dedicar mais tempo ao novo circuito mundial de tênis de mesa, rebatizado de WTT. A partir deste ano, os eventos internacionais terão ainda mais relevância em pontuação e em premiação. Além disso, em função da pandemia do novo coronavírus, os torneios serão agrupados em curtas temporadas de sedes únicas, limitando a disponibilidade do brasileiro para disputas por clubes.

Em Orenburg, Hugo conseguirá conciliar os calendários, já que reforçará a equipe somente nos confrontos da Champions League. A competição está prevista para começar no segundo semestre deste ano, mas ainda não teve as datas anunciadas.

Para Jean-René Mounié, consultor técnico da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa e técnico de Calderano, a escolha do atleta veio no momento correto. “O Hugo aproveitou bastante a Bundesliga para “se construir” como atleta. O Ochsenhausen contribuiu muito na evolução dele e o Hugo retribuiu do melhor jeito possível, com dois títulos importantes. Ele mostrou que teve a capacidade de vencer os melhores. Conseguiu repetir os desempenhos. E precisa de algo diferente agora. Imagino também que ele tem a vontade de adicionar a Champions League ao currículo”.

De acordo com Jean-René, as mudanças realizadas no calendário internacional acabaram por impor novas escolhas e a saída do Ochsenhausen seria a melhor solução de acordo com o cenário apresentado.

“Ele sempre foi claro com as metas dele: representar da melhor maneira possível o Brasil. E acho que a escolha corresponde ao que ele precisa. Imagino que o formato da Bundesliga deve evoluir no futuro, mas hoje são 23 jogos da Liga e mais uma Copa com quatro ou cinco jogos. São muitas partidas, há muita exigência. O WTT vai impor um ritmo maior ainda se comparamos com o sistema dos Abertos Internacionais que conhecemos. O Hugo é jovem ainda, tem 24 anos, e precisa ter períodos longos para treinar, com o objetivo de continuar sua evolução. Isso é fundamental para subir os últimos degraus do ranking e ter capacidade de jogar para alcançar os pódios mundiais”, analisou Mounié.

Fontes: Time Calderano e Confederação Brasileira de Tênis de Mesa