Festa de cores, música e emoção encerra, no Maracanã, os Jogos Olímpicos do Rio

Dezesseis dias. Um período que parece tão curto, mas capaz de abarcar competições de 42 modalidades, disputadas por atletas de 207 delegações. Entre elas, pela primeira vez na história, um time formado exclusivamente por refugiados. Os 16 dias foram suficientes para ouros, pratas, bronzes, lágrimas e alegria, tudo embalado pelo melhor estilo brasileiro. Dezesseis dias dos primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul. Dezesseis dias para colocar em ação todos os sonhos esportivos da cidade eleita há sete anos. Neste domingo (21.08), a chama que iluminou o Rio de Janeiro desde o último dia 5 foi, enfim, apagada no Maracanã.

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Antes de ganhar o merecido descanso, contudo, o fogo olímpico que percorreu todo o Brasil ainda veria muito mais. No mesmo palco em que a seleção masculina de futebol conquistou o inédito ouro nos Jogos, o gramado cedeu espaço à atuação de centenas de pessoas, em desfiles, danças e músicas ao longo da cerimônia de encerramento.

Mais uma vez, o que se viu foi, assim como durante os dias de competição, ingredientes para lá de brasileiros: artes de Tarsila do Amaral e Burle Marx, marcos rupestres da Serra da Capivara, homenagens à fauna, à flora e a ícones do Rio de Janeiro, como Calçadão de Copacabana, Pão de Açúcar, Corcovado e Arcos da Lapa. Todos os convidados marcaram presença na festa final. Entre eles, cantores como Martinho da Vila, Roberta Sá, Lenine e Mariene de Castro.

A música brasileira foi uma das grandes homenageadas da noite de celebração. Mesmo debaixo de uma chuva persistente, frevo, baião e o forró de Luiz Gonzaga abriram alas para a chegada do samba. A festa recordou ainda os melhores momentos dos Jogos Olímpicos e promoveu a tradicional premiação da maratona masculina, sempre disputada no último dia de competição.

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“O Rio fez história, mostrou sua beleza e capacidade de sediar o maior evento do mundo. Foram sete anos de muita luta e trabalho, mas valeu a pena cada segundo. Fazer os Jogos no Rio foi um grande desafio, mas realizado com sucesso”, discursou Carlos Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos.

Cumprida a missão brasileira, a bandeira olímpica foi passada a Tóquio, sede dos Jogos de 2020. O símbolo das próximas Olimpíadas foi exibido e, para conectar o Japão ao Brasil, Mário Bros, personagem dos jogos de videogame, e interpretado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, usou um cano para atravessar o planeta Terra. Ao término da apresentação japonesa, as luzes mostraram a frase “See you in Tokyo” (Nos vemos em Tóquio).

“Muito obrigado por sua calorosa hospitalidade. Vocês demonstraram a diversidade que enriquece o mundo”, agradeceu Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). “Foram Jogos Olímpicos maravilhosos na Cidade Maravilhosa”, acrescentou. A noite de arte, música, dança e magia foi encerrada com confetes e um show pirotécnico. Mais do que fogos, a explosão foi de cores, sorrisos e, desde já, muitas saudades dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br