Atletismo
Cochabamba 2018
Em prova acirrada, Mateus Daniel garante prata no salto triplo
Emocionante e a palavra mais precisa para descrever a prova de salto triplo dos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba. Mesmo com o principal nome brasileiro fora da prova, já que Almir Júnior sentiu dores na parte inferior do pé durante treinamento na Bolívia, a disputa no Estádio de Atletismo foi de tirar o fôlego. A cada salto, um novo recorde do evento era quebrado. A briga foi definida na última tentativa, entre o brasileiro Mateus Daniel e Miquel Van Assen, do Suriname. Van Assen garantiu o título com 16,81m. O brasileiro saltou 16,76m e ficou com a prata.
Mateus Daniel esteve bem na prova desde o início. Dos seis saltos regulamentares, o paulista pontuou em cinco. Queimou o último. Até esta quinta-feira, a melhor marca nos Jogos era de 16,51m. No segundo salto, o brasileiro já tinha quebrado o recorde da prova, com 16,60m. Marca que superou novamente no quinto pulo, quando fez 16,76m. Foi quando Miquel Van Assen, na última tentativa, voou 16,81m para agarrar o ouro e o recorde para o Suriname. o bronze ficou com o venezuelano Leodan Ramos, 16,23m.
"Fiquei com o gostinho de quero mais. Senti que poderia ter saltado ainda melhor. São detalhes técnicos que fizeram a diferença e que custaram a medalha de ouro. Estou vendo uma progressão. Não comecei o ano muito bem, mas estou melhorando as minhas marcas. Estou satisfeito, pois percebi que tenho como evoluir", disse.
Mateus tem 22 anos e 1,82m. A paixão pelo atletismo veio de família. Filho de João Felício, ele cresceu vendo o pai disputando provas de atletismo. "Estou caminhando e aprendendo bastante. Espero garantir alegrias para minha família e para o Brasil", conta.
A experiência em Cochabamba foi a primeira de Mateus em Jogos Sul-Americanos. Ele, que defende o clube Pinheiros, avaliou o nível técnico da competição como alto. "Gostei muito de competir aqui. A torcida está de parabéns. É gratificante encarar uma prova com uma torcida como essa daqui da Bolívia", disse.
Breno Barros, de Cochabamba, na Bolívia – Rededoesporte.gov.br