Geral
Investimento
Das 19 medalhas já garantidas pelo Brasil em modalidades individuais ou em duplas, 18 (94,5%) têm digital do Bolsa Atleta
Atualizada em 07.08.2021, às 23h10
O Bolsa Atleta está diretamente presente em 94,5% das medalhas confirmadas pelo Brasil em Tóquio nas modalidades individuais ou em duplas. Em 18 dos 19 pódios garantidos pelo Brasil, num recorte que exclui o vôlei de quadra feminino e o ouro no futebol masculino, a conquista veio amparada pelo programa de patrocínio direto do Governo Federal Brasileiro.
No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, esse grupo de medalhistas recebeu de forma direta, via Bolsa Atleta, um aporte somado de R$ 8,3 milhões. Quando se leva em conta a relação histórica dos esportistas com o programa, desde 2005, o montante investido de forma direta sobe para R$ 12,7 milhões.
“Eu era um moleque muito novo e consegui com o Bolsa Atleta desenvolver a minha carreira e levar a sério o boxe. Quando eu era mais novo bebia escondido dos meus pais. Depois que comecei no boxe, parei de beber e foi incrível. Com 15 anos comecei a receber o Bolsa Atleta e era a minha única e principal fonte de renda. Eu passei a conseguir focar só nos treinamentos. O programa apoia, mata a fome e alimenta o sonho de muitos jovens brasileiros e isso é importante”
Hebert Conceição, ouro no peso médio do boxe
A única das medalhas de esporte individual que não teve a parceria do Bolsa Atleta é a prata de Rayssa Leal no skate street, porque a jovem atleta ainda não tem os 14 anos exigidos para fazer parte do programa executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
As mais recentes conquistas vieram na canoagem velocidade, com Isaquias Queiroz no C1 1.000m, e no boxe, com Hebert Conceição. O canoísta baiano de 26 anos é integrante da categoria Pódio, a principal do programa, com repasses mensais de R$ 5 mil a R$ 15 mil para aos esportistas que se colocam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades.
"Quando comecei a ganhar o Bolsa Atleta eu estava no Rio de Janeiro, com uns 15 anos de idade. Sem nenhum centavo no bolso. O Bolsa Atleta me deu a força para continuar. Eu tinha família e irmãos e precisava ajudá-los. Foi um auxílio para estabilizar minha parte financeira e para eu ficar mais tranquilo nos treinamentos", afirmou o campeão olímpico.
Assim como Isaquias, outros 14 atletas que conquistaram medalhas integram a categoria Pódio, incluindo outros cinco campeões olímpicos em Tóquio: Martine Grael e Kahena Kunze (vela), Ítalo Ferreira (surfe), Ana Marcela Cunha (maratonas aquáticas) e Rebeca Andrade (ginástica artística). Hebert Conceição, ouro na categoria dos médios do boxe, integra a categoria Internacional.
“Eu não sei explicar o sentimento que tive na hora que conquistei o ouro. É uma sensação de que valeu a pena todo esforço. Passou um filme desde que iniciei no boxe, desde que fui campeão brasileiro, na primeira vez que comecei a receber meu Bolsa Atleta, que fiquei muito feliz. Eu me senti um atleta de verdade”, contou Hebert. “Eu era um moleque muito novo e consegui ali desenvolver a minha carreira e levar a sério o boxe. Quando eu era mais novo bebia escondido dos meus pais. Depois que comecei no boxe parei de beber e foi incrível. Com 15 anos comecei a receber o Bolsa Atleta e era a minha única e principal fonte de renda. Eu passei a conseguir focar só nos treinamentos. O programa apoia, mata a fome e alimenta o sonho de muitos jovens brasileiros e isso é importante”, completou.
Confira no quadro abaixo todos os bolsistas e a categoria do programa a que pertencem atualmente.
“A gente sabe o quanto é difícil no Brasil a gente ter apoio, patrocínio. Eu tenho aí quase dez anos com apoio do Bolsa Atleta, então é algo que realmente para mim fez e continua fazendo toda a diferença”, afirmou Ana Marcela, que se consolidou como o principal nome internacional da natação em águas abertas, com o título olímpico indo se juntar a mais de dez medalhas em mundiais obtidas em 14 provas nos últimos sete anos, com quatro ouros.
O Brasil ainda disputa em Tóquio neste domingo a final individual no boxe, com Bia Ferreira, e a decisão do vôlei feminino, contra os Estados Unidos. Mesmo sem saber a cor dessas duas medalhas, o país já faz a melhor campanha de sua história, com 21 medalhas garantidas, sendo sete de ouro. Até então, a melhor campanha tinha sido a registrada nos Jogos Rio 2016, com 19 medalhas, sendo sete ouros, seis pratas e seis bronzes.
MEDALHISTAS E INTEGRANTES DO BOLSA ATLETA
Categoria Pódio
Alison dos Santos, bronze 400m com barreiras
Ana Marcela Cunha, ouro na maratona aquática
Bia Ferreira, finalista no boxe
Bruno Fratus, bronze nos 50m livre da natação
Daniel Cargnin, bronze na categoria -66kg do judô
Fernando Scheffer, bronze nos 200m livre da natação
Isaquias Queiroz, ouro no C1 1.000m da canoagem velocidade
Ítalo Ferreira, ouro no surfe
Kahena Kunze, ouro na categoria 49er FX da vela
Kelvin Hoefler, prata na categoria street do skate
Mayra Aguiar, bronze na categoria -78kg do judô
Martine Grael, ouro na categoria 49er FX da vela
Pedro Barros, prata na categoria park do skate
Rebeca Andrade, ouro no salto e prata no individual geral da ginástica artística
Thiago Braz, bronze no salto com vara
Categoria Internacional
Abner Teixeira, bronze no boxe
Hebert Conceição, ouro na categoira dos médios do boxe
Luisa Stefani, medalhista de bronze nas duplas do tênis. Laura Pigossi, parceira de Luisa Stefani em Tóquio. Já integrou o programa, mas atualmente não faz parte.
Do tamanho de uma nação
A delegação brasileira como um todo em Tóquio conta com 302 titulares, inscritos em 35 modalidades. Desses 302, 242 são atualmente integrantes do Bolsa Atleta, 80% da delegação. Se o futebol masculino, que não integra o programa, for retirado da conta, o percentual sobe para 86%. Em 19 das 35 modalidades com representantes nacionais em Tóquio, 100% dos atletas pertencem ao Bolsa Atleta.
"A cada pódio com brasileiros em Tóquio fica ainda mais evidente o valor do Bolsa Atleta como um parceiro estratégico e de longa data do esporte de alto rendimento brasileiro”
Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania
Isadora Pacheco, que representou o país no skate park, é a mais nova da Nação Bolsa Atleta em Tóquio, com 16 anos. Jaqueline Mourão, do ciclismo mountain bike, a mais experiente, com 45. Gustavo Tsuboi, do tênis de mesa, o atleta com a relação mais longeva: desde 2005 o nome dele apareceu na lista do Bolsa Atleta em 15 editais por suas performances.
Na abertura dos Jogos, dez campeões olímpicos estavam na lista, como Alison e Bruno Schmidt, do vôlei de praia, Arthur Zanetti, da ginástica artística, e a dupla de velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze. A relação foi ampliada, em Tóquio, com Rebeca Andrade (ginástica artística), Ítalo Ferreira (surfe), Ana Marcela Cunha (maratonas aquáticas), Hebert Conceição (boxe), Isaquias Queiroz (canoagem), além do bicampeonato conquistado por Martine e Kahena.
Em 2021, a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania divulgou uma lista recorde de contemplados pelo Bolsa Atleta. São 7.197 nomes, com 5.560 de representantes de modalidades olímpicas e outros 1.637 de modalidades paralímpicas, com um investimento previsto de R$ 97,6 milhões.
"A cada pódio com brasileiros em Tóquio fica ainda mais evidente o valor do Bolsa Atleta como um parceiro estratégico e de longa data do esporte de alto rendimento brasileiro. É o maior programa de patrocínio direto do mundo”, afirmou o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães, que está em Tóquio para acompanhar o esforço e os resultados dos atletas nacionais.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania